Modelo de Impugnação à Contestação em Ação de Indenização por Fraude Bancária Contra Banco Bradesco S.A.
Publicado em: 16/12/2024 CivelProcesso CivilConsumidorEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________
Processo nº: __________
IMPUGNAÇÃO À CONTESTAÇÃO
Midori Urabe e outros, já qualificados nos autos do processo em epígrafe, por meio de seu advogado infra-assinado, vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar IMPUGNAÇÃO À CONTESTAÇÃO apresentada pelo Banco Bradesco S.A., pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
PREÂMBULO
Em contestação, o Banco Bradesco S.A. alegou, em síntese, (i) a sua ilegitimidade passiva, (ii) a necessidade de litisconsórcio passivo com a inclusão da beneficiária dos valores transferidos, e (iii) a inépcia da petição inicial. No entanto, tais argumentos não merecem prosperar, conforme será demonstrado a seguir.
DOS FATOS
Os autores foram vítimas de um golpe envolvendo a contratação de um serviço de aluguel de caçamba, que resultou na transferência de valores para terceiros. A responsabilidade do banco réu decorre de sua falha na prestação de serviços, ao permitir que a operação fraudulenta fosse realizada sem os devidos mecanismos de segurança.
O banco, em sua contestação, busca eximir-se de sua responsabilidade, alegando que apenas processou a transferência financeira. Contudo, é evidente que a instituição financeira, como fornecedora de serviços bancários, possui o dever de garantir a segurança das transações realizadas por seus clientes.
DO DIREITO
Inicialmente, destaca-se que a responsabilidade das instituições financeiras é objetiva, nos termos do CDC, art. 14. Conforme a Súmula 479 do STJ, "as instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias".
Quanto à alegação de ilegitimidade passiva, é evidente que o banco réu possui legitimidade para figurar no polo passivo da demanda, uma vez que foi a instituição responsável por viabilizar a transferência dos valores indevidamente subtraídos dos autores. A jurisprudência é pacífica ao reconhecer a responsabilidade do banco em casos de fraudes ocorridas no âmbito de suas operações.
Ademais, a tentativa de incluir a beneficiária dos valores transferidos como litisconsorte passiva é descabida, pois a responsabilidade do banco é independente da conduta"'>...