Modelo de Impugnação à Contestação em Ação de Obrigação de Fazer com Pedido de Tutela Antecipada contra Prefeitura Municipal de Águas de Lindóia

Publicado em: 25/08/2024 Administrativo
Documento jurídico de impugnação à contestação apresentada pela Prefeitura Municipal de Águas de Lindóia em ação de obrigação de fazer com pedido de tutela antecipada, que pleiteia o fornecimento de órtese craniana para tratamento de braquicefalia posterior assimétrica em menor. A peça aborda a legitimidade passiva do município à luz do artigo 196 da Constituição Federal e a condenação em honorários advocatícios sucumbenciais, conforme art. 85 do CPC/2015, além de apresentar jurisprudências relevantes e pedidos específicos.

IMPUGNAÇÃO À CONTESTAÇÃO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ÁGUAS DE LINDÓIA – SP

Processo nº: [inserir número do processo]

Requerente: M. M. de L., representado por seu pai, M. A. de L.

Requerido: Prefeitura Municipal de Águas de Lindóia

O Requerente, M. M. de L., representado por seu pai, M. A. de L., já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado, com fundamento no CPC/2015, art. 350, apresentar a presente:

IMPUGNAÇÃO À CONTESTAÇÃO

Em face da CONTESTAÇÃO apresentada pela Prefeitura Municipal de Águas de Lindóia, nos termos que seguem:

PREÂMBULO

A presente impugnação visa refutar os argumentos apresentados pela Requerida em sua contestação, especialmente no que tange à alegação de ilegitimidade passiva e à contestação dos honorários advocatícios sucumbenciais.

DOS FATOS

O Requerente ajuizou a presente ação de Obrigação de Fazer com Pedido de Tutela Antecipada de Urgência, pleiteando o fornecimento de órtese craniana necessária ao tratamento de braquicefalia posterior assimétrica, condição que afeta a forma do crânio do menor. O tratamento, avaliado em R$ 17.500,00, é imprescindível e deve ser iniciado antes de o menor completar 1 ano de idade para ser eficaz.

Em sua contestação, a Requerida alegou ilegitimidade passiva, sustentando que o Estado seria o ente responsável pelo fornecimento do tratamento, além de contestar a condenação ao pagamento de honorários advocatícios sucumbenciais.

DO DIREITO

1. DA LEGITIMIDADE PASSIVA DA PREFEITURA MUNICIPAL

Conforme entendimento consolidado nos tribunais superiores, os entes federativos (União, Estados, Municípios e Distrito Federal) possuem responsabilidade solidária no que tange à prestação de serviços de saúde, nos termos do CF/88, art. 196, que dispõe:

"A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação."

Portanto, a alegação de ilegitimidade passiva não merece prosperar, uma vez que o Município de Águas de Lindóia, como integrante do Sistema Único de Saúde (SUS), possui o dever de garantir o fornecimento do tratamento pleiteado.

2. DA CONDENAÇÃO EM HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS SUCUMBENCIAIS

Quanto à contestação dos honorários advocatícios sucumbenciais, é importante destacar que a condenação ao pagamento de tais verbas está prevista no CPC/2015, art. 85, §1º, sendo devida à parte"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de impugnação à contestação apresentada nos autos do processo nº [inserir número do processo], em que figura como Requerente M. M. de L., representado por seu pai, M. A. de L., e como Requerida a Prefeitura Municipal de Águas de Lindóia.

A presente demanda versa sobre obrigação de fazer, com pedido de tutela antecipada de urgência, para o fornecimento de órtese craniana destinada ao tratamento de braquicefalia posterior assimétrica, condição que acomete o menor.

Em contestação, a Requerida alegou ilegitimidade passiva e contestou a condenação ao pagamento de honorários advocatícios sucumbenciais.

Fundamentação

1. Dos Fatos

Conforme os autos, é incontroverso que o menor necessita de órtese craniana avaliada em R$ 17.500,00 para tratar condição de saúde grave. Ressalta-se que o tratamento deve ser iniciado antes de o menor completar 1 ano de idade, sob pena de perda de eficácia.

A Requerida, entretanto, sustenta que não possui legitimidade passiva para responder pela demanda, alegando que o Estado seria o ente responsável pelo fornecimento do tratamento.

2. Do Direito

2.1. Da Legitimidade Passiva

Nos termos do art. 196 da Constituição Federal de 1988, a saúde é direito de todos e dever do Estado, sendo os entes federativos solidariamente responsáveis pela sua garantia. Nesse sentido, os Municípios, como integrantes do Sistema Único de Saúde (SUS), possuem competência para assegurar os tratamentos necessários à saúde da população.

"A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação." (CF/88, art. 196)

Portanto, a alegação de ilegitimidade passiva não encontra respaldo, considerando a responsabilidade solidária dos entes federativos.

2.2. Da Condenação em Honorários Advocatícios Sucumbenciais

O art. 85 do Código de Processo Civil de 2015 estabelece que os honorários advocatícios sucumbenciais são devidos à parte vencedora como forma de ressarcimento pelas despesas com a contratação de advogado. A condição de ente público não exime o Município de tal obrigação, conforme jurisprudência consolidada.

"A condição de beneficiário da assistência judiciária gratuita não isenta a parte vencida da responsabilidade pelas despesas processuais e pelos honorários advocatícios decorrentes da sua sucumbência, porém, a exigibilidade destas verbas estará suspensa, na forma prevista no § 3º do CPC, art. 98." (TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP)

Assim, a condenação ao pagamento dos honorários advocatícios sucumbenciais deve ser mantida.

3. Da Jurisprudência

O entendimento jurisprudencial reforça a aplicação do art. 196 da CF/88 e do art. 85 do CPC/2015:

"Os entes federativos possuem responsabilidade solidária no tocante à garantia da saúde pública, cabendo ao Município, integrante do SUS, a obrigação de fornecer tratamento prescrito." (STF, RE 855178)

Conclusão

Diante do exposto, voto no sentido de dar procedência ao pedido formulado pelo Requerente, para:

  1. Rejeitar a alegação de ilegitimidade passiva da Requerida;
  2. Determinar o fornecimento da órtese craniana no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de multa diária de R$ 500,00 (quinhentos reais);
  3. Manter a condenação da Requerida ao pagamento dos honorários advocatícios sucumbenciais, fixados em 10% sobre o valor da causa, nos termos do art. 85 do CPC/2015;
  4. Condenar a Requerida ao pagamento das custas processuais.

É como voto.

Dispositivo

Nos termos do art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, apresento as razões de minha decisão de forma clara e fundamentada, garantindo o direito constitucional ao devido processo legal.

Intimem-se as partes. Cumpra-se.

Local e Data: [Local], [Data]

Magistrado: [Nome do Magistrado]


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