Modelo de Ação de Obrigação de Fazer com Pedido de Tutela Antecipada para Restabelecimento de Plano de Saúde Cancelado Indevidamente por Falha da Operadora
Publicado em: 10/04/2025 CivelProcesso CivilConsumidorPETIÇÃO INICIAL – AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA
1. ENDEREÇAMENTO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito do Juizado Especial Cível da Comarca de [inserir cidade/UF]
2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES
A. J. dos S., brasileiro, idoso, aposentado, nascido em [data de nascimento], portador do CPF nº [xxx.xxx.xxx-xx], RG nº [xxxxxxxxx], residente e domiciliado na [endereço completo], endereço eletrônico: [[email protected]], por seu advogado infra-assinado (instrumento de mandato anexo), com escritório profissional situado na [endereço do escritório], onde recebe intimações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA
em face de SEMEDIL – SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÉDICO – MEDSENIOR, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [xx.xxx.xxx/0001-xx], com sede na [endereço completo], endereço eletrônico: [[email protected]], pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos.
3. DOS FATOS
O Autor, atualmente com 75 (setenta e cinco) anos de idade, firmou contrato de prestação de serviços médicos com a Ré, plano de saúde da operadora SEMEDIL – MEDSENIOR, tendo cumprido integralmente todas as carências contratuais exigidas.
Ocorre que, por falha exclusiva da Ré, os boletos mensais para pagamento das mensalidades deixaram de ser enviados ao Autor, o que ocasionou a inadimplência involuntária. Ressalte-se que o Autor jamais teve a intenção de inadimplir, sendo pessoa idosa, zelosa e cumpridora de suas obrigações.
Diante da ausência dos boletos, o Autor entrou em contato com a Ré por telefone, tendo registrado diversos protocolos de atendimento, além de ter formalizado reclamação na plataforma “Reclame Aqui”. Em resposta, a própria Ré reconheceu a falha e se desculpou, mas não providenciou o reenvio dos boletos nem regularizou a situação contratual.
Em razão da inadimplência involuntária, a Ré cancelou o plano de saúde do Autor, exigindo novo contrato com reinício das carências, o que é absolutamente injusto e abusivo, especialmente considerando que o Autor não utilizou os serviços médicos durante o período de inadimplência e que a falha foi da própria operadora.
O Autor, idoso e vulnerável, não pode ser penalizado por erro da Ré, tampouco ser compelido a iniciar novo contrato com carências, o que compromete sua saúde e dignidade.
4. DO DIREITO
A presente demanda encontra amparo no CPC/2015, art. 300, que autoriza a concessão de tutela de urgência quando presentes a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo.
No caso em tela, a probabilidade do direito decorre da comprovação de que a inadimplência foi causada exclusivamente pela Ré, que deixou de enviar os boletos de pagamento, reconhecendo expressamente a falha. O perigo de dano irreparável é evidente, pois o Autor, idoso, encontra-se atualmente sem cobertura médica, em situação de extrema vulnerabilidade.
A conduta da Ré viola o princípio da boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422), bem como os princípios da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e da proteção do consumidor (CF/88, art. 5º, XXXII e art. 170, V), além de contrariar o disposto no CDC, art. 6º, I e VI
Ademais, a Lei 9.656/1998, art. 13, parágrafo único, II, pre"'>...