Modelo de Ação de Obrigação de Fazer com Pedido de Tutela Antecipada para Restabelecimento de Plano de Saúde Cancelado Indevidamente por Falha da Operadora

Publicado em: 10/04/2025 CivelProcesso CivilConsumidor
Petição inicial proposta por idoso contra operadora de plano de saúde que cancelou indevidamente seu contrato sob alegação de inadimplência, causada, na verdade, por falha da própria operadora no envio dos boletos de cobrança. A ação visa o imediato restabelecimento do plano, sem imposição de novas carências, com base no Código de Defesa do Consumidor, na Lei dos Planos de Saúde (Lei 9.656/1998) e nos princípios da boa-fé objetiva e dignidade da pessoa humana. O autor requer tutela de urgência para garantir acesso à saúde, além de justiça gratuita e audiência de conciliação.

PETIÇÃO INICIAL – AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito do Juizado Especial Cível da Comarca de [inserir cidade/UF]

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

A. J. dos S., brasileiro, idoso, aposentado, nascido em [data de nascimento], portador do CPF nº [xxx.xxx.xxx-xx], RG nº [xxxxxxxxx], residente e domiciliado na [endereço completo], endereço eletrônico: [[email protected]], por seu advogado infra-assinado (instrumento de mandato anexo), com escritório profissional situado na [endereço do escritório], onde recebe intimações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA

em face de SEMEDIL – SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÉDICO – MEDSENIOR, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [xx.xxx.xxx/0001-xx], com sede na [endereço completo], endereço eletrônico: [[email protected]], pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos.

3. DOS FATOS

O Autor, atualmente com 75 (setenta e cinco) anos de idade, firmou contrato de prestação de serviços médicos com a Ré, plano de saúde da operadora SEMEDIL – MEDSENIOR, tendo cumprido integralmente todas as carências contratuais exigidas.

Ocorre que, por falha exclusiva da Ré, os boletos mensais para pagamento das mensalidades deixaram de ser enviados ao Autor, o que ocasionou a inadimplência involuntária. Ressalte-se que o Autor jamais teve a intenção de inadimplir, sendo pessoa idosa, zelosa e cumpridora de suas obrigações.

Diante da ausência dos boletos, o Autor entrou em contato com a Ré por telefone, tendo registrado diversos protocolos de atendimento, além de ter formalizado reclamação na plataforma “Reclame Aqui”. Em resposta, a própria Ré reconheceu a falha e se desculpou, mas não providenciou o reenvio dos boletos nem regularizou a situação contratual.

Em razão da inadimplência involuntária, a Ré cancelou o plano de saúde do Autor, exigindo novo contrato com reinício das carências, o que é absolutamente injusto e abusivo, especialmente considerando que o Autor não utilizou os serviços médicos durante o período de inadimplência e que a falha foi da própria operadora.

O Autor, idoso e vulnerável, não pode ser penalizado por erro da Ré, tampouco ser compelido a iniciar novo contrato com carências, o que compromete sua saúde e dignidade.

4. DO DIREITO

A presente demanda encontra amparo no CPC/2015, art. 300, que autoriza a concessão de tutela de urgência quando presentes a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo.

No caso em tela, a probabilidade do direito decorre da comprovação de que a inadimplência foi causada exclusivamente pela Ré, que deixou de enviar os boletos de pagamento, reconhecendo expressamente a falha. O perigo de dano irreparável é evidente, pois o Autor, idoso, encontra-se atualmente sem cobertura médica, em situação de extrema vulnerabilidade.

A conduta da Ré viola o princípio da boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422), bem como os princípios da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e da proteção do consumidor (CF/88, art. 5º, XXXII e art. 170, V), além de contrariar o disposto no CDC, art. 6º, I e VI

Ademais, a Lei 9.656/1998, art. 13, parágrafo único, II, pre"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Trata-se de Ação de Obrigação de Fazer c/c Pedido de Tutela Antecipada proposta por A. J. dos S. em face da SEMEDIL – Serviço de Atendimento Médico – MedSenior, cujo objeto principal consiste no restabelecimento do plano de saúde anteriormente contratado pelo Autor, idoso de 75 anos, cujo contrato foi rescindido unilateralmente pela Ré sob alegação de inadimplência.

Inicialmente, cumpre destacar que o presente julgamento observa o disposto na CF/88, art. 93, IX, que exige a fundamentação de todas as decisões judiciais, sob pena de nulidade.

Da Admissibilidade

Verifico que a demanda está regularmente instruída, presentes os pressupostos processuais e condições da ação. Assim, conheço do pedido.

Dos Fatos e do Direito

O Autor, pessoa idosa, firmou contrato de plano de saúde com a Ré, cumprindo todas as exigências contratuais, inclusive carências. Contudo, por falha da própria operadora, os boletos de cobrança não foram enviados, gerando inadimplência involuntária.

Apesar de o Autor ter buscado, por diversos canais, regularizar a situação, inclusive com registros de protocolos e reclamações, a Ré não apresentou solução efetiva. Ao contrário, cancelou unilateralmente o contrato, exigindo novo pacto com reinício de carências, atitude que contraria a boa-fé contratual e coloca em risco a saúde e a dignidade do Autor.

A jurisprudência dos Tribunais Pátrios tem se posicionado no sentido de coibir práticas abusivas de operadoras de saúde, especialmente quando envolvem pessoas idosas e falhas imputáveis exclusivamente à empresa prestadora. Destaco, por oportuno, o julgamento do TJRJ – AI Acórdão/TJRJ, que reconheceu a urgência e abusividade do cancelamento em contexto semelhante.

A conduta da Ré viola o princípio da boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422), o direito à saúde e à dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III), bem como os princípios de proteção do consumidor (CF/88, art. 5º, XXXII e CF/88, art. 170, V), além de contrariar o CDC, art. 6º, I e VI e a Lei 9.656/1998, art. 13, parágrafo único, II, que exige notificação prévia com antecedência mínima de 60 dias para cancelamento de plano por inadimplência.

Da Tutela de Urgência

O CPC/2015, art. 300 autoriza a concessão da tutela de urgência quando presentes a probabilidade do direito e o perigo de dano. No caso concreto, ambos os requisitos estão presentes:

  • Probabilidade do direito: evidenciada pela comprovação de que a inadimplência foi causada por falha exclusiva da Ré;
  • Perigo de dano: o Autor, idoso, encontra-se sem cobertura médica, em situação de vulnerabilidade, o que pode acarretar riscos à sua saúde física e psíquica.

Assim, ratifico a decisão liminar que concedeu a tutela antecipada e determino que a Ré restabeleça o plano de saúde do Autor nas mesmas condições anteriores, sem reinício de carências e sem cobrança de valores referentes às mensalidades que não foram cobradas por sua própria falha.

Dispositivo

Ante o exposto, com fundamento na CF/88, art. 93, IX, no CPC/2015, art. 300, na Lei 9.656/1998, art. 13, parágrafo único, II, no CDC, art. 6º, I e VI e nos princípios da dignidade da pessoa humana e da boa-fé objetiva, JULGO PROCEDENTE o pedido para:

  1. Tornar definitiva a tutela de urgência concedida;
  2. Determinar que a Ré restabeleça o plano de saúde do Autor, sem imposição de novas carências e nas mesmas condições anteriores ao cancelamento;
  3. Isentar o Autor do pagamento das mensalidades vencidas durante o período em que não recebeu os boletos por culpa da Ré;
  4. Condenar a Ré ao pagamento das custas processuais e, se houver contestação, ao pagamento de honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da causa.

Justiça Gratuita

Defiro os benefícios da justiça gratuita, nos termos do CPC/2015, art. 98, dada a hipossuficiência do Autor, comprovada nos autos.

Conclusão

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

[Cidade], [Data do Julgamento].

_______________________________________
Juiz de Direito


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Trata-se de uma ação judicial movida por um beneficiário idoso e cardiopata contra uma operadora de plano de saúde que cancelou unilateralmente o contrato, sem justificativa ou notificação prévia. A petição fundamenta-se no Código de Defesa do Consumidor (art. 51, IV), na Resolução Normativa nº 455/2020 da ANS e no Tema 1082 do STJ, visando à concessão de tutela de urgência para o restabelecimento imediato do plano de saúde, sob pena de multa diária. A ação destaca a gravidade do risco à saúde do autor e invoca princípios constitucionais como a dignidade da pessoa humana e a proteção ao consumidor.

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