Modelo de Impugnação à Contestação em Ação de Reconhecimento de União Estável Post Mortem
Publicado em: 10/02/2025 CivelProcesso Civil FamiliaIMPUGNAÇÃO À CONTESTAÇÃO
PREÂMBULO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara de Família da Comarca de __________.
Processo nº: __________
Nome da Parte Autora: M. F. de S. L., brasileira, solteira, profissão, portadora do CPF nº __________, residente e domiciliada na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, endereço eletrônico __________.
Nome da Parte Ré: C. E. da S., brasileiro, estado civil, profissão, portador do CPF nº __________, residente e domiciliado na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, endereço eletrônico __________.
Por intermédio de seu advogado, com endereço profissional na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar a presente IMPUGNAÇÃO À CONTESTAÇÃO, nos termos do CPC/2015, art. 350, em face da contestação apresentada pela parte ré, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
A parte autora ajuizou ação de reconhecimento de união estável post mortem, alegando que manteve relacionamento público, contínuo e duradouro com o falecido, com objetivo de constituição de família. A relação perdurou por mais de 10 anos, período em que ambos compartilharam responsabilidades financeiras e emocionais, residindo no mesmo imóvel.
Em contestação, a parte ré negou a existência da união estável, sustentando que o relacionamento entre a autora e o falecido era meramente de amizade e que não havia convivência pública ou intenção de constituir família. Além disso, a parte ré apresentou documentos que, supostamente, comprovariam a ausência de vínculo afetivo entre a autora e o falecido.
Entretanto, os argumentos e provas apresentados pela parte ré não se sustentam, conforme será demonstrado a seguir.
DO DIREITO
Nos termos do CCB/2002, art. 1.723, caracteriza-se a união estável como a convivência pública, contínua e duradoura entre duas pessoas, com objetivo de constituição de família. A jurisprudência e a doutrina têm reiteradamente reconhecido que a comprovação da união estável não exige formalidades específicas, bastando a demonstração de elementos objetivos e subjetivos que evidenciem o vínculo afetivo e a comunhão de vida.
O princípio da dignidade da pessoa humana, previsto na CF/88, art. 1º, III, reforça a necessidade de reconhecimento jurídico das relações familiares, independentemente de formalização prévia, garantindo proteção integral aos direitos dos conviventes.
Ademais, a contestação apresentada pela parte ré carece de elementos probatórios concretos que possam afastar a presunção de convivência pública e duradoura entre a autora e o falecido. Os documentos apresentados são insuficientes para descaracterizar a união estável, sendo necessário o reconhecimento judicial da relação.