Modelo de Impugnação à Contestação em Ação de Reconhecimento de União Estável Post Mortem

Publicado em: 10/02/2025 CivelProcesso Civil Familia
Petição judicial apresentada pela autora em resposta à contestação da parte ré em ação de reconhecimento de união estável post mortem. O documento argumenta que a convivência pública, contínua e duradoura com o falecido, com objetivo de constituição de família, caracteriza a existência de união estável. Fundamenta-se no Código Civil de 2002 (art. 1.723) e na Constituição Federal de 1988 (art. 1º, III e art. 226, §3º), além de jurisprudências que reforçam o direito da autora. Requer o acolhimento da impugnação, o reconhecimento da união estável e a condenação da parte ré ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios.

IMPUGNAÇÃO À CONTESTAÇÃO

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara de Família da Comarca de __________.

Processo nº: __________

Nome da Parte Autora: M. F. de S. L., brasileira, solteira, profissão, portadora do CPF nº __________, residente e domiciliada na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, endereço eletrônico __________.

Nome da Parte Ré: C. E. da S., brasileiro, estado civil, profissão, portador do CPF nº __________, residente e domiciliado na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, endereço eletrônico __________.

Por intermédio de seu advogado, com endereço profissional na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar a presente IMPUGNAÇÃO À CONTESTAÇÃO, nos termos do CPC/2015, art. 350, em face da contestação apresentada pela parte ré, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

A parte autora ajuizou ação de reconhecimento de união estável post mortem, alegando que manteve relacionamento público, contínuo e duradouro com o falecido, com objetivo de constituição de família. A relação perdurou por mais de 10 anos, período em que ambos compartilharam responsabilidades financeiras e emocionais, residindo no mesmo imóvel.

Em contestação, a parte ré negou a existência da união estável, sustentando que o relacionamento entre a autora e o falecido era meramente de amizade e que não havia convivência pública ou intenção de constituir família. Além disso, a parte ré apresentou documentos que, supostamente, comprovariam a ausência de vínculo afetivo entre a autora e o falecido.

Entretanto, os argumentos e provas apresentados pela parte ré não se sustentam, conforme será demonstrado a seguir.

DO DIREITO

Nos termos do CCB/2002, art. 1.723, caracteriza-se a união estável como a convivência pública, contínua e duradoura entre duas pessoas, com objetivo de constituição de família. A jurisprudência e a doutrina têm reiteradamente reconhecido que a comprovação da união estável não exige formalidades específicas, bastando a demonstração de elementos objetivos e subjetivos que evidenciem o vínculo afetivo e a comunhão de vida.

O princípio da dignidade da pessoa humana, previsto na CF/88, art. 1º, III, reforça a necessidade de reconhecimento jurídico das relações familiares, independentemente de formalização prévia, garantindo proteção integral aos direitos dos conviventes.

Ademais, a contestação apresentada pela parte ré carece de elementos probatórios concretos que possam afastar a presunção de convivência pública e duradoura entre a autora e o falecido. Os documentos apresentados são insuficientes para descaracterizar a união estável, sendo necessário o reconhecimento judicial da relação.

...


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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de ação proposta por M. F. de S. L., em face de C. E. da S., por meio da qual se pleiteia o reconhecimento de união estável post mortem entre a parte autora e o falecido, com fundamento no art. 1.723 do Código Civil. A parte ré, em contestação, nega a existência da referida união, alegando ausência de convivência pública, contínua e com objetivo de constituição de família, e apresenta documentos para embasar sua tese defensiva.

Após regular tramitação, os autos foram conclusos para julgamento, cabendo-me, na qualidade de magistrado, proferir voto fundamentado com base nos fatos, na Constituição Federal e na legislação infraconstitucional aplicável.

Fundamentação

Nos termos do art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, toda decisão judicial deve ser devidamente fundamentada, sob pena de nulidade. Neste caso, analisando os autos, verifica-se que a parte autora sustentou a existência de união estável com o falecido, apresentando provas consistentes, como depoimentos de testemunhas e documentos que indicam convivência pública e duradoura, em conformidade com o art. 1.723 do Código Civil.

Por outro lado, a parte ré não trouxe aos autos elementos probatórios suficientes para desconstituir os argumentos apresentados pela parte autora. Os documentos apresentados pela ré carecem de força probatória para afastar a presunção de convivência duradoura e pública alegada pela autora.

O princípio da dignidade da pessoa humana, consagrado no art. 1º, III, da Constituição Federal, reforça a necessidade de reconhecimento das relações familiares, independentemente de formalidades. Ademais, o art. 226, § 3º, da Constituição Federal, equipara a união estável ao casamento, assegurando proteção jurídica às relações familiares.

A jurisprudência também é favorável ao reconhecimento de uniões estáveis post mortem quando demonstrados os elementos caracterizadores da relação, conforme decidido pelo Superior Tribunal de Justiça e tribunais estaduais, com base no entendimento de que se deve priorizar a verdade real e os direitos fundamentais das partes envolvidas.

Conclusão

Diante do exposto, entendo que estão presentes os requisitos para o reconhecimento da união estável post mortem entre a parte autora e o falecido. A contestação apresentada pela parte ré não se sustenta diante das provas constantes nos autos.

Dispositivo

Ante o exposto, voto no sentido de dar procedência ao pedido formulado pela parte autora, reconhecendo a união estável post mortem entre M. F. de S. L. e o falecido, para que sejam assegurados os seus direitos patrimoniais e sucessórios.

Condeno a parte ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, os quais arbitro em 10% sobre o valor atualizado da causa, nos termos do art. 85, § 2º, do Código de Processo Civil de 2015.

É como voto.

Termos Finais

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Cidade, data.

________________________________________

Magistrado(a)


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