Modelo de Impugnação à Contestação em Caso de Fraude Bancária com Fundamentação no CDC e Jurisprudência
Publicado em: 03/12/2024 CivelProcesso CivilConsumidorEXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________
Processo nº: __________
Requerente: __________
Requerido: __________
IMPUGNAÇÃO À CONTESTAÇÃO
__________, já qualificado nos autos em epígrafe, por seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPC/2015, art. 350, apresentar a presente IMPUGNAÇÃO À CONTESTAÇÃO, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
O presente caso trata de uma fraude bancária ocorrida na conta do Requerente, que resultou em prejuízos materiais e morais. O Requerido, instituição financeira, alegou em sua contestação que a responsabilidade pelo ocorrido seria do próprio consumidor, em razão de culpa concorrente, ou de terceiros, configurando culpa exclusiva destes.
Contudo, tais alegações não se sustentam, visto que a fraude decorreu de falha na prestação do serviço bancário, caracterizando a responsabilidade objetiva da instituição financeira, conforme será demonstrado a seguir.
DO DIREITO
A relação entre o Requerente e o Requerido é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), conforme entendimento consolidado pelo STF (ADI 2.591) e pelo STJ (Súmula 297). Nos termos do CDC, art. 14, §1º, o fornecedor de serviços responde objetivamente pelos danos causados aos consumidores, independentemente de culpa, desde que demonstrada a falha na prestação do serviço.
No caso em apreço, a falha do Requerido é evidente, uma vez que permitiu a realização de transações fraudulentas que destoavam do padrão de consumo do Requerente, violando o dever de segurança previsto no CDC, art. 6º, VI. A teoria do risco profissional, prevista no CC/2002, art. 927, parágrafo único, também impõe ao Requerido a responsabilidade pelos danos causados pelo risco inerente à sua atividade.
Ademais, a alegação de culpa concorrente ou exclusiva de terceiros não afasta a responsabilidade objetiva da instituição financeira, conforme entendimento consolidado na Súmula 479/STJ, que dispõe que "as instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias".
Doutrina Aplicável
Segundo Cláudia Lima Marques, em sua obra "Contratos no Código de Defesa do Consumidor", a responsabilidade objetiva do fornecedor de serviços visa proteger o consumidor diante da vulnerabilidade técnica e jurídica em relação ao fornecedor. Assim, ca"'>...