Modelo de Impugnação à Liquidação de Sentença: Exclusão de Valores Bloqueados em Conta Bancária Não Partilháveis e Pedido de Desbloqueio para Continuidade de Atividades Empresariais

Publicado em: 28/11/2024 Processo Civil
Modelo de peça processual atualizado com a inclusão de jurisprudências, referente à impugnação à liquidação de sentença em ação de dissolução de união estável e partilha de bens. O documento fundamenta o pedido de exclusão de valores bloqueados em conta bancária, que não integram o esforço comum do casal, com base no regime da comunhão parcial de bens e no princípio da impenhorabilidade de valores indispensáveis. Inclui jurisprudências relevantes e apresenta os pedidos de desbloqueio dos valores, exclusão da partilha e condenação à parte contrária por honorários e custas processuais.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DA 1ª VARA JUDICIAL DA COMARCA DE NERÓPOLIS – GOIÁS

Processo nº: 5561447-67.2023.8.09.0112

Joslei Rodrigues de Souza, já qualificado nos autos em epígrafe, vem, por intermédio de seu advogado abaixo assinado, à presença de Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 509 e 510 do Código de Processo Civil, oferecer a presente

IMPUGNAÇÃO À LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA

em face de J. K. do N., também já qualificada nos autos, pelos fatos e fundamentos a seguir aduzidos:

I. DOS FATOS

Trata-se de fase de liquidação de sentença decorrente de ação de reconhecimento e dissolução de união estável, cumulada com partilha de bens, onde foi determinada a divisão dos bens adquiridos durante o período da convivência conjugal.

Contudo, valores bloqueados em conta bancária de titularidade do impugnante vêm inviabilizando suas atividades comerciais, uma vez que são provenientes de sua empresa, a JSR Manutenção Industrial Ltda., e não se enquadram como bens partilháveis, conforme delimitado na sentença transitada em julgado.

O impugnante foi intimado a apresentar quesitos e nomear perito para avaliação dos bens, mas reitera que os recursos bloqueados não fazem parte do esforço comum do casal, sendo fruto de trabalho anterior à união estável. Assim, a presente impugnação visa demonstrar a impossibilidade de incluir tais valores na partilha.

II. DO DIREITO

O artigo 1.725 do Código Civil delimita que, na união estável, salvo contrato escrito entre os conviventes, aplica-se o regime da comunhão parcial de bens, que abrange apenas aqueles adquiridos onerosamente durante a convivência.

No caso em tela, os valores bloqueados em conta bancária não foram adquiridos durante a união estável, mas sim oriundos do trabalho individual do impugnante em sua atividade empresarial anterior à relação conjugal. Tais recursos não se enquadram no conceito de esforço comum e não podem ser partilhados, conforme já delimitado na sentença transitada em julgado.

Além disso, o artigo 833, inciso X, do Código de Processo Civil, estabelece a impenhorabilidade de valores destinados ao sustento do devedor, o que reforça a necessidade de desbloqueio dos ativos financeiros, uma vez que são indispensáveis para a contin"'>...

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Informações complementares

Fatos

O caso em questão trata de uma fase de liquidação de sentença originada de ação de reconhecimento e dissolução de união estável, cumulada com partilha de bens. Na sentença transitada em julgado, determinou-se a divisão dos bens adquiridos onerosamente durante a convivência conjugal.

O impugnante, Joslei Rodrigues de Souza, alega que valores bloqueados em sua conta bancária, que pertencem à empresa JSR Manutenção Industrial Ltda., não podem ser incluídos na partilha, pois não se enquadram como bens adquiridos durante a união estável. Segundo ele, tais valores são frutos de seu trabalho individual antes do relacionamento conjugal e são essenciais para a continuidade de suas atividades empresariais.

Mesmo com a intimação para apresentar quesitos e nomear perito para avaliação dos bens, o impugnante reitera que os valores bloqueados não fazem parte do esforço comum do casal e, portanto, devem ser excluídos da partilha.

Fundamentos Legais

O principal fundamento jurídico apresentado pelo impugnante encontra respaldo no artigo 1.725 do Código Civil, que estabelece que, na ausência de contrato escrito entre os conviventes, aplica-se o regime de comunhão parcial de bens à união estável. Esse regime abrange apenas os bens adquiridos onerosamente durante a convivência conjugal.

Ademais, o artigo 833, inciso X, do Código de Processo Civil, define que valores necessários ao sustento do devedor são impenhoráveis. O impugnante argumenta que os valores bloqueados são indispensáveis para a continuidade de suas atividades empresariais, reforçando a necessidade de desbloqueio.

Por fim, jurisprudências recentes corroboram a tese de que valores não adquiridos durante a união estável ou que não integram o esforço comum do casal não devem ser partilhados.

Jurisprudências

Para fundamentar sua posição, o impugnante destacou decisões judiciais que reforçam a análise criteriosa sobre a origem e a natureza de valores bloqueados para evitar sua inclusão indevida na partilha:

  • TJSP (12ª Câmara de Direito Privado) - Agravo de Instrumento Acórdão/TJSP - São Paulo: A decisão enfatiza que valores bloqueados devem ter sua indispensabilidade comprovada para serem considerados impenhoráveis.
  • TJSP (2ª Câmara de Direito Público) - Agravo de Instrumento Acórdão/TJSP - Araras: Ressalta-se a necessidade de comprovação de que os valores são essenciais ao sustento do devedor para que sejam considerados impenhoráveis.

Pedidos

Diante dos fatos e fundamentos apresentados, o impugnante requer:

  1. A exclusão dos valores bloqueados em conta bancária da liquidação de sentença, por não se tratarem de bens partilháveis;
  2. O desbloqueio imediato dos valores retidos, garantindo a continuidade das atividades empresariais do impugnante;
  3. A condenação da parte recorrida ao pagamento de honorários advocatícios e custas processuais.

Conclusão

O impugnante busca demonstrar que os valores bloqueados não foram adquiridos durante a união estável e são indispensáveis para o funcionamento de sua empresa, o que justifica sua exclusão da partilha e o desbloqueio imediato. O pedido baseia-se em fundamentos legais sólidos e precedentes jurisprudenciais que reforçam a tese apresentada.


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