Modelo de Impugnação Administrativa de Auto de Infração por Suposta Insuficiência de Declaração de IRPJ com Pedido de Anulação ou Redução de Multa

Publicado em: 19/02/2025 Administrativo Tributário
Este documento apresenta uma impugnação administrativa ao Auto de Infração nº 0710300.2024.8025199, lavrado pela Receita Federal do Brasil, em razão de suposta insuficiência de declaração do IRPJ. A empresa envolvida argumenta que os tributos foram devidamente recolhidos na fonte e declarados na DCTF, sendo o erro originado por falha técnica no preenchimento da Escrituração Contábil Fiscal (ECF). Com base nos princípios da legalidade, da ampla defesa e da vedação ao confisco, o documento requer a anulação do auto de infração ou, subsidiariamente, a redução da multa aplicada, além da análise detalhada dos documentos anexos. Fundamentado no CTN, no Decreto nº 70.235/72 e em jurisprudências pertinentes, o pedido ressalta a inexistência de má-fé ou dolo e busca garantir a justiça fiscal.

IMPUGNAÇÃO ADMINISTRATIVA DE AUTO DE INFRAÇÃO

PREÂMBULO

Ao Ilustríssimo Senhor Chefe da Delegacia da Receita Federal do Brasil em [localidade],

Processo Administrativo nº 17227.734.712/2024-50
Auto de Infração nº 0710300.2024.8025199

A empresa [NOME DA EMPRESA], inscrita no CNPJ sob o nº [CNPJ DA EMPRESA], com sede à [ENDEREÇO COMPLETO], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Senhoria, por meio de seu representante legal, apresentar a presente IMPUGNAÇÃO ADMINISTRATIVA ao Auto de Infração supracitado, com fundamento no Decreto nº 70.235/72, art. 142 do CTN e demais dispositivos aplicáveis, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O presente Auto de Infração foi lavrado em decorrência de alegada insuficiência de declaração do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) devido, apurada pelo cotejo entre os dados declarados na Escrituração Contábil Fiscal (ECF) e nas Declarações de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) e Declarações de Compensações (DCOMP). Segundo a fiscalização, a ausência ou insuficiência de declaração ensejou o lançamento de ofício do IRPJ nos valores e períodos discriminados.

Contudo, a empresa declara que os tributos foram devidamente declarados na DCTF, especificamente na aba de "Imposto Retido na Fonte", pois foram efetivamente pagos nessa modalidade. Ocorre que, devido a um erro técnico no preenchimento do campo P300 da ECF, os valores não foram corretamente gerados, o que levou à equivocada cobrança de tributos já quitados.

DO DIREITO

A atividade administrativa de lançamento tributário deve observar os princípios da legalidade, da verdade material e da ampla defesa, conforme disposto no art. 142 do CTN e no Decreto nº 70.235/72. No presente caso, a fiscalização desconsiderou que os valores do IRPJ já haviam sido devidamente recolhidos na fonte e declarados na DCTF, conforme demonstrado nos documentos anexos.

O erro no preenchimento do campo P300 da ECF não pode ser imputado ao contribuinte como infração tributária, uma vez que não houve omissão ou má-fé, mas sim um equívoco técnico que não gerou prejuízo ao Fisco. Assim, a cobrança do tributo já pago configura bis in idem, vedado pelo ordenamento ju"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de recurso interposto pela empresa [NOME DA EMPRESA], inscrita no CNPJ sob o nº [CNPJ DA EMPRESA], em face do Auto de Infração nº 0710300.2024.8025199, lavrado pela Receita Federal do Brasil, em razão de alegada insuficiência de declaração do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) devido. A autuação decorre de inconsistências apuradas entre a Escrituração Contábil Fiscal (ECF) e as Declarações de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF).

A empresa alega que os tributos foram corretamente declarados na DCTF e pagos por meio de retenção na fonte, sendo que o erro decorreu do preenchimento incorreto do campo P300 da ECF, o que levou à equivocada cobrança de tributos já quitados.

Voto

Nos termos do artigo 93, IX, da Constituição Federal de 1988, o presente voto é fundamentado e apresenta a interpretação hermenêutica entre os fatos narrados e o Direito aplicável, observando os princípios constitucionais e legais.

Análise dos Fatos

A fiscalização apurou inconsistências nos valores declarados, entendendo haver ausência de recolhimento do IRPJ. Contudo, os documentos apresentados pela recorrente demonstram que os tributos foram efetivamente pagos por retenção na fonte e devidamente declarados na DCTF. O erro técnico no preenchimento do campo P300 da ECF, embora relevante no processo administrativo, não caracteriza dolo ou má-fé.

Fundamentos Legais

Nos termos do artigo 142 do Código Tributário Nacional (CTN), a atividade administrativa de lançamento tributário deve observar os princípios da legalidade e da verdade material. A cobrança de tributo já quitado configura bis in idem, vedado pelo ordenamento jurídico.

Ademais, a multa aplicada no percentual de 75% sobre os valores cobrados viola o princípio da vedação ao confisco, previsto no artigo 150, IV, da Constituição Federal. A proporcionalidade deve ser observada, especialmente nos casos em que não se verifica dolo ou fraude.

Jurisprudências Aplicáveis

  • TJSP (3ª Câmara de Direito Público) - Apelação Acórdão/TJSP: Acolhimento de cerceamento de defesa por ausência de análise adequada de documentos apresentados. Situação análoga ao presente caso.
  • TJSP (5ª Câmara de Direito Público) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: Reconhecimento da vedação ao confisco em multas tributárias, com redução do percentual aplicado.
  • TJSP (1ª Câmara de Direito Público) - Apelação Acórdão/TJSP: Necessidade de observância do princípio da proporcionalidade e da vedação ao confisco na aplicação de multas tributárias.

Decisão

Diante do exposto, voto por conhecer o recurso interposto e dar-lhe provimento, nos seguintes termos:

  1. Declarar a nulidade do Auto de Infração nº 0710300.2024.8025199, em razão da inexistência de débito tributário;
  2. Determinar que a fiscalização realize diligências adicionais, caso necessário, para análise detalhada dos documentos apresentados;
  3. Subsidiariamente, caso mantida a cobrança, reduzir a multa aplicada ao patamar de 20%, considerando a ausência de dolo e a vedação ao confisco.

É como voto.

Conclusão

Decisão fundamentada nos princípios constitucionais da legalidade, proporcionalidade e vedação ao confisco, aplicados ao caso concreto. O recurso é conhecido e provido nos termos do voto.

[Localidade], [Data].

___________________________
[NOME DO MAGISTRADO]
Juiz de Direito


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