Modelo de Impugnação ao Bloqueio de Numerário em Conta Corrente em Ação de Execução de Dívida Fiscal
Publicado em: 26/11/2024 TributárioEXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________
Processo nº: _____________
PREÂMBULO
A empresa **[NOME DA EMPRESA]**, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº __________, com sede na __________, vem, por meio de seu advogado devidamente constituído (procuração anexa), com endereço profissional na __________, onde receberá intimações, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, propor a presente IMPUGNAÇÃO AO BLOQUEIO DE NUMERÁRIO EM CONTA CORRENTE, nos autos da Ação de Execução de Dívida Fiscal, que lhe move a Fazenda Pública do Estado de __________, pelos fundamentos de fato e de direito que passa a expor.
DOS FATOS
A empresa ora impugnante aderiu, em [DATA], ao programa de transação tributária instituído pela Lei nº __________, que permitiu o parcelamento de seus débitos fiscais em 145 parcelas mensais. A adesão foi devidamente homologada pela Fazenda Pública, conforme documento anexo.
Contudo, em [DATA], foi realizado o bloqueio judicial de numerário mantido na conta corrente da empresa, no valor de R$ __________, por meio do sistema BacenJud, sob o fundamento de inadimplemento de obrigações fiscais.
Ocorre que o bloqueio em questão compromete a continuidade das atividades empresariais da impugnante, que depende dos recursos bloqueados para honrar compromissos trabalhistas, operacionais e o próprio parcelamento fiscal em curso.
DO DIREITO
A legislação brasileira assegura a proteção de valores essenciais à manutenção da atividade empresarial, especialmente quando há adesão a programas de parcelamento fiscal. O bloqueio de numerário em conta corrente, nesses casos, viola os princípios da função social da empresa e da menor onerosidade da execução, previstos no CPC/2015, art. 805.
O Código de Processo Civil, em seu art. 833, X, estabelece a impenhorabilidade de valores depositados em conta corrente ou poupança que sejam destinados à subsistência do devedor ou à manutenção de sua atividade empresarial. No caso em tela, os valores bloqueados são imprescindíveis para a continuidade das operações da empresa, configurando-se, portanto, como impenhoráveis.
Ademais, a adesão ao parcelamento fiscal demonstra a boa-fé da impugnante em regularizar sua situação tributária, sendo incompatível com a medida extrema de bloqueio de ativos financeiros, que inviabiliza o cumprimento do próprio parcelamento.
DO PRINCÍPIO DA MENOR ONEROSIDADE
O princípio da menor onerosidade da execução, consagrado no CPC/2015, art. 805, determina que a execução deve ser realizada pelo meio menos gravoso ao devedor. No presente caso, o bloqueio de numerário essencial à atividade empresarial da impugnante contraria tal princípio, pois impede a continuidade de suas operações e o cumprimento de suas obrigações fiscais e trabalhistas.
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