Modelo de Impugnação de Notificação de Lançamento de ITR com Fundamentação Jurídica e Pedidos de Reconhecimento de Isenção para Áreas de Preservação Ambiental

Publicado em: 16/09/2024 Meio Ambiente Tributário
Petição de impugnação à notificação de lançamento de ITR apresentada por proprietário rural com o objetivo de anular a tributação indevida sobre áreas de preservação permanente e de interesse ecológico, fundamentada na ausência do Ato Declaratório Ambiental (ADA). O documento destaca a violação aos princípios constitucionais, como a razoabilidade e proporcionalidade, e apresenta provas documentais e jurisprudências que corroboram o pedido de isenção, além de requerer a condenação da União Federal ao pagamento de honorários advocatícios.

IMPUGNAÇÃO DE NOTIFICAÇÃO DE LANÇAMENTO DE ITR

Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) de Direito da ___ Vara Federal da Subseção Judiciária de [Localidade]

Processo nº: [inserir número do processo]

Impugnante: [Nome do Cliente, qualificação completa, CPF/CNPJ, endereço eletrônico, domicílio e residência]

Impugnado: União Federal

PREÂMBULO

[Nome do Cliente], já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional indicado no rodapé desta petição, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPC/2015, art. 319, apresentar IMPUGNAÇÃO À NOTIFICAÇÃO DE LANÇAMENTO DE ITR, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Impugnante foi notificado pelo órgão competente acerca da glosa de todas as isenções de ITR referentes às áreas de preservação permanente e áreas de interesse ecológico de sua propriedade rural. A referida tributação foi fundamentada na ausência de apresentação do Ato Declaratório Ambiental (ADA), documento exigido pela legislação para a concessão das isenções.

Contudo, a notificação de lançamento desconsiderou a realidade fática e jurídica, uma vez que as áreas em questão são efetivamente destinadas à preservação ambiental, conforme demonstrado por laudos técnicos e documentos apresentados anteriormente ao órgão competente. A ausência do ADA não pode, por si só, justificar a tributação, especialmente quando há comprovação de que as áreas possuem destinação ambiental específica.

DO DIREITO

A exigência do Ato Declaratório Ambiental (ADA) como condição para a concessão da isenção de ITR encontra fundamento no Decreto nº 6.514/2008 e na Instrução Normativa RFB nº 1.877/2019. Contudo, a ausência do ADA não pode ser interpretada como fato impeditivo absoluto para o reconhecimento da isenção, especialmente quando há provas robustas de que as áreas são efetivamente destinadas à preservação ambiental.

O princípio da razoabilidade, consagrado no CF/88, art. 5º, LIV, e o princípio da proporcionalidade devem ser observados na análise da situação. A tributação de áreas de preservação permanente ou de interesse ecológico, sem considerar a realidade fática e documental, configura violação ao direito do contribuinte e afronta aos princípios constitucionais.

Além disso, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) é clara ao estabelecer que a isenção de ITR para áreas de reserva legal depende de formalidades específicas, mas reconhece que a ausência de um documento não pode ser utilizada como único fundamento para a glosa da isenção, quando há outros elementos que comprovem a destinação ambiental da área.

JURISPRUDÊNCIAS...


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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Cuida-se de impugnação à notificação de lançamento de ITR apresentada pelo contribuinte, [Nome do Cliente], em face da União Federal, na qual se discute a validade da exigência do Ato Declaratório Ambiental (ADA) como requisito indispensável para a concessão de isenção de ITR às áreas de preservação permanente e de interesse ecológico. Alega o impugnante que a ausência do ADA, no caso concreto, não pode ser causa suficiente para glosa de isenção, uma vez que há provas robustas da destinação ambiental das áreas.

Fundamentação

1. Dos Fatos

Consta nos autos que o Impugnante foi notificado pelo órgão competente acerca da glosa de isenções de ITR em razão da ausência do Ato Declaratório Ambiental (ADA). Contudo, documentos e laudos técnicos apresentados comprovam que as áreas em questão possuem destinação ambiental específica, sendo utilizadas para preservação permanente e de interesse ecológico.

2. Do Direito

A análise jurídica do caso requer a aplicação dos princípios constitucionais da razoabilidade e da proporcionalidade, ambos consagrados no art. 5º, LIV, da Constituição Federal de 1988. Embora o Decreto nº 6.514/2008 e a Instrução Normativa RFB nº 1.877/2019 exijam o ADA para a concessão da isenção, tal exigência não pode ser interpretada de forma absoluta, desconsiderando a realidade fática demonstrada nos autos.

A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reforça o entendimento de que a ausência de formalidades específicas, como o ADA, não pode ser utilizada como único fundamento para negar a isenção de ITR, desde que existam outros elementos probatórios que atestem a destinação ambiental das áreas.

Além disso, a notificação de lançamento questionada não observou os requisitos indispensáveis de fundamentação exigidos pelo art. 93, IX, da Constituição Federal, que dispõe sobre a obrigatoriedade de motivação dos atos administrativos. A ausência de uma análise minuciosa das provas apresentadas pelo contribuinte configura violação ao devido processo legal.

3. Jurisprudência Aplicável

Destaco os seguintes precedentes:

  • STJ (1ª T.) - AgInt no REsp 1.469.929: Reconhecimento de que a ausência de registro formal não impede, por si só, a concessão de isenção tributária quando há comprovação da destinação ambiental.
  • TJRJ (Apelação Acórdão/TJRJ): A notificação de lançamento tributário deve observar requisitos formais e substanciais, sendo nula quando ausentes elementos essenciais como a análise das provas apresentadas pelo contribuinte.

Conclusão

Ante o exposto, voto pela procedência do pedido formulado pelo Impugnante, para reconhecer a nulidade da notificação de lançamento de ITR em relação às áreas de preservação permanente e de interesse ecológico. Reconheço, ainda, o direito à isenção de ITR, com base nos laudos técnicos e documentos apresentados, que comprovam a destinação ambiental das áreas.

Por fim, condeno a União Federal ao pagamento de honorários advocatícios nos termos do art. 85 do CPC/2015, fixados em [percentual ou valor], considerando o trabalho técnico do patrono do impugnante e a ausência de razoabilidade na glosa das isenções.

Decisão

Pelo exposto, julgo procedente a impugnação e determino:

  • A anulação da notificação de lançamento de ITR em relação às áreas de preservação permanente e de interesse ecológico;
  • O reconhecimento da isenção de ITR para tais áreas, com base nos documentos e provas apresentados;
  • A condenação da União Federal ao pagamento de honorários advocatícios ao patrono do Impugnante.

É como voto.

[Localidade], [Data]

Magistrado: [Nome do Magistrado]


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