Modelo de Mandado de Segurança com Pedido de Tutela Antecipatória para Suspensão de Penalidade Profissional Aplicada pela OAB-MT

Publicado em: 27/12/2024 AdvogadoAdministrativoÉtica
Mandado de Segurança impetrado por advogado de 42 anos de exercício profissional contra decisão do Conselho Seccional da OAB-MT que suspendeu o exercício de sua profissão antes da conclusão de Processo Administrativo Disciplinar (PAD). O documento fundamenta-se na violação do devido processo legal, ampla defesa, e na natureza personalíssima da representação, considerando o falecimento do denunciante. O pedido inclui a concessão de medida liminar para suspensão imediata da penalidade, anulação do PAD e condenação da Autoridade Coatora ao pagamento das custas processuais.

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPATÓRIA

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de ____________.

Impetrante: A. J. dos S., advogado inscrito na OAB-MT sob o nº 2.909, residente e domiciliado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, e-mail __________.

Autoridade Coatora: Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil - Mato Grosso (OAB-MT), com sede na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________.

O Impetrante, por seu advogado infra-assinado, com fundamento no art. 5º, LXIX, da Constituição Federal de 1988 e na Lei 12.016/09, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, impetrar o presente MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPATÓRIA, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Impetrante, advogado com 42 anos de exercício profissional e atualmente com 69 anos de idade, encontra-se inscrito na OAB-MT sob o nº 2.909. Em razão de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) instaurado pela OAB-MT, teve seu direito de advogar suspenso, mesmo antes da conclusão do referido processo.

É importante destacar que a representação que deu origem ao PAD foi realizada por um denunciante que já faleceu. Tal fato foi devidamente informado na defesa apresentada pelo Impetrante. Contudo, a OAB-MT deu continuidade ao processo, ignorando a natureza personalíssima da representação, que, por lei, não pode ser transferida a terceiros, nem mesmo a familiares do denunciante falecido.

Assim, a continuidade do PAD e a suspensão antecipada do exercício profissional do Impetrante configuram flagrante ilegalidade e abuso de poder, violando direitos fundamentais e princípios basilares do devido processo legal.

DO DIREITO

A Constituição Federal de 1988 assegura, em seu art. 5º, LIV e LV, o direito ao devido processo legal, à ampla defesa e ao contraditório. No caso em tela, a suspensão do exercício profissional do Impetrante antes da conclusão do PAD viola tais garantias constitucionais.

Ademais, o art. 10, §1º, da CF/88, estabelece que a representação é personalíssima e não pode ser transferida a terceiros. Com o falecimento do denunciante, a representação perde sua validade, devendo o PAD ser extinto.

O Código de Ética e Disciplina da OAB também reforça a necessidade de observância do devido processo legal e do respeito aos direitos do advogado. A suspensão antecipada do exercício profis"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de Mandado de Segurança impetrado por A. J. dos S., advogado inscrito na OAB-MT sob o nº 2.909, contra ato do Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil - Mato Grosso (OAB-MT), que suspendeu o direito de advogar do Impetrante antes da conclusão de Processo Administrativo Disciplinar (PAD). Alega-se que a representação que originou o PAD perdeu validade em virtude do falecimento do denunciante, configurando-se ilegalidade e abuso de poder.

Fundamentação

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, LIV e LV, assegura o direito ao devido processo legal, à ampla defesa e ao contraditório. É incontroverso que a suspensão do exercício profissional do Impetrante antes da conclusão do PAD viola tais garantias constitucionais.

Ademais, o art. 10, §1º, da Constituição Federal, estabelece que a representação é personalíssima e não pode ser transferida a terceiros. Com o falecimento do denunciante, a representação perde sua validade, devendo o PAD ser extinto. A continuidade do processo disciplinar, portanto, configura abuso de poder e afronta ao princípio da legalidade.

O Código de Ética e Disciplina da OAB reforça que a aplicação de penalidades deve observar estritamente o devido processo legal, respeitando os direitos fundamentais do acusado. A suspensão antecipada, sem a conclusão do PAD, viola os princípios constitucionais da proporcionalidade e razoabilidade.

Por fim, a Lei 12.016/09, em seu art. 7º, §1º, autoriza a concessão de medida liminar em mandado de segurança quando houver risco de dano irreparável ou de difícil reparação, como ocorre no presente caso. A suspensão do exercício profissional compromete a subsistência e a dignidade do Impetrante, configurando o periculum in mora.

Decisão

Diante do exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, julgo procedente o pedido e concedo a segurança em favor do Impetrante para:

  1. Suspender os efeitos da decisão que impôs a suspensão do exercício profissional do Impetrante, permitindo seu imediato retorno às atividades advocatícias;
  2. Declarar a nulidade do Processo Administrativo Disciplinar instaurado contra o Impetrante, em razão da natureza personalíssima da representação e do falecimento do denunciante;
  3. Condenar a Autoridade Coatora ao pagamento das custas processuais.

Determino, ainda, a notificação da Autoridade Coatora para ciência da presente decisão e a intimação do Ministério Público para manifestação, nos termos do art. 12 da Lei 12.016/09.

Conclusão

Ante o exposto, conheço do recurso e dou-lhe provimento para conceder a segurança pleiteada. É como voto.

Juiz de Direito
____________


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