Modelo de Réplica à Contestação: Pedido de Declaração de Inexistência de Débito, Devolução em Dobro e Indenização por Danos Morais Contra Concessionária de Energia Elétrica
Publicado em: 25/02/2025 CivelProcesso CivilConsumidorPetição de Réplica à Contestação
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de __________
Processo nº: __________
Autor: L. C. L. R.
Réu: Light Serviços de Eletricidade S/A
Preâmbulo
O Autor, L. C. L. R., já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, por meio de seu advogado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos termos do CPC/2015, art. 350, apresentar a presente Réplica à Contestação, nos seguintes termos:
Dos Fatos
O Autor ajuizou a presente ação em face da Ré, Light Serviços de Eletricidade S/A, pleiteando a declaração de inexistência de débito referente à recuperação de consumo de energia elétrica não faturado, supostamente apurado por meio do Termo de Ocorrência e Inspeção (TOI) nº 10633342. Além disso, o Autor requer a devolução em dobro do valor pago, indenização por danos morais no valor de R$ 30.000,00, inversão do ônus da prova, custas processuais e honorários advocatícios.
Em sua contestação, a Ré defende a legalidade do TOI, alegando que sua atuação está amparada pela Resolução ANEEL nº 1.000/2021 e que, como concessionária de serviço público, possui prerrogativas legais para coibir o uso irregular de energia elétrica. Contudo, a contestação apresentada não refuta de forma suficiente os argumentos do Autor, tampouco comprova a regularidade do débito imputado.
Do Direito
A cobrança realizada pela Ré, com base no TOI nº 10633342, é manifestamente abusiva e desprovida de comprovação concreta das irregularidades alegadas. O CDC, art. 6º, VIII, assegura ao consumidor a inversão do ônus da prova quando sua hipossuficiência for evidente, como no presente caso.
Ademais, a energia elétrica é um bem essencial e indispensável à dignidade da pessoa humana, conforme preconiza a CF/88, art. 1º, III. A interrupção ou ameaça de interrupção do fornecimento de energia elétrica em razão de cobrança indevida configura afronta direta a esse princípio constitucional.
O CPC/2015, art. 300, prevê a concessão de tutela de urgência quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. No caso em tela, a manutenção da cobrança indevida e a possibilidade de interrupção do fornecimento de energia elétrica justificam a reapreciação do pedido de tutela antecipatória.
Jurisprudências
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