Modelo de Réplica à Contestação: Pedido de Declaração de Inexistência de Débito, Devolução em Dobro e Indenização por Danos Morais Contra Concessionária de Energia Elétrica

Publicado em: 25/02/2025 CivelProcesso CivilConsumidor
Petição apresentada pelo autor em réplica à contestação da concessionária Light Serviços de Eletricidade S/A, solicitando a declaração de inexistência de débito referente à recuperação de consumo de energia elétrica não faturado, devolução em dobro de valores pagos indevidamente, indenização por danos morais no valor de R$ 30.000,00 e tutela antecipatória para suspensão de cobrança e garantia do fornecimento de energia. Fundamentada no Código de Defesa do Consumidor (art. 6º, VIII; art. 42, parágrafo único) e na Constituição Federal (art. 1º, III), a petição refuta a legalidade do Termo de Ocorrência e Inspeção (TOI) nº 10633342 e destaca a ausência de comprovação pela ré quanto às irregularidades alegadas.

Petição de Réplica à Contestação

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de __________

Processo nº: __________

Autor: L. C. L. R.

Réu: Light Serviços de Eletricidade S/A

Preâmbulo

O Autor, L. C. L. R., já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, por meio de seu advogado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos termos do CPC/2015, art. 350, apresentar a presente Réplica à Contestação, nos seguintes termos:

Dos Fatos

O Autor ajuizou a presente ação em face da Ré, Light Serviços de Eletricidade S/A, pleiteando a declaração de inexistência de débito referente à recuperação de consumo de energia elétrica não faturado, supostamente apurado por meio do Termo de Ocorrência e Inspeção (TOI) nº 10633342. Além disso, o Autor requer a devolução em dobro do valor pago, indenização por danos morais no valor de R$ 30.000,00, inversão do ônus da prova, custas processuais e honorários advocatícios.

Em sua contestação, a Ré defende a legalidade do TOI, alegando que sua atuação está amparada pela Resolução ANEEL nº 1.000/2021 e que, como concessionária de serviço público, possui prerrogativas legais para coibir o uso irregular de energia elétrica. Contudo, a contestação apresentada não refuta de forma suficiente os argumentos do Autor, tampouco comprova a regularidade do débito imputado.

Do Direito

A cobrança realizada pela Ré, com base no TOI nº 10633342, é manifestamente abusiva e desprovida de comprovação concreta das irregularidades alegadas. O CDC, art. 6º, VIII, assegura ao consumidor a inversão do ônus da prova quando sua hipossuficiência for evidente, como no presente caso.

Ademais, a energia elétrica é um bem essencial e indispensável à dignidade da pessoa humana, conforme preconiza a CF/88, art. 1º, III. A interrupção ou ameaça de interrupção do fornecimento de energia elétrica em razão de cobrança indevida configura afronta direta a esse princípio constitucional.

O CPC/2015, art. 300, prevê a concessão de tutela de urgência quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. No caso em tela, a manutenção da cobrança indevida e a possibilidade de interrupção do fornecimento de energia elétrica justificam a reapreciação do pedido de tutela antecipatória.

Jurisprudências

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de ação ajuizada por L. C. L. R. em face de Light Serviços de Eletricidade S/A, pleiteando, em síntese, a declaração de inexistência de débito relativo ao Termo de Ocorrência e Inspeção (TOI) nº 10633342, a devolução em dobro do valor pago, indenização por danos morais no valor de R$ 30.000,00, bem como a inversão do ônus da prova e outras providências.

Em contestação, a Ré sustentou a regularidade de sua conduta com base na Resolução ANEEL nº 1.000/2021, argumentando a legalidade do TOI e sua prerrogativa como concessionária de serviço público para coibir irregularidades. Contudo, não trouxe aos autos elementos probatórios que afastem os argumentos apresentados pelo Autor.

II. Fundamentação

1. Dos Fatos e do Direito

A análise dos autos revela que a cobrança realizada pela Ré, fundamentada no TOI nº 10633342, carece de comprovação concreta das irregularidades supostamente apuradas. O Código de Defesa do Consumidor (CDC), no art. 6º, inciso VIII, assegura a inversão do ônus da prova em favor do consumidor quando presentes a hipossuficiência ou a verossimilhança das alegações, requisitos preenchidos no presente caso.

Ademais, a energia elétrica, serviço essencial à dignidade da pessoa humana, encontra proteção constitucional no art. 1º, inciso III, da Constituição Federal de 1988. A interrupção do fornecimento de tal serviço em decorrência de cobrança indevida representa afronta direta ao princípio da dignidade da pessoa humana.

2. Da Tutela de Urgência

Nos termos do art. 300 do Código de Processo Civil de 2015, a concessão de tutela de urgência exige a demonstração da probabilidade do direito e do perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. No caso em análise, a manutenção da cobrança indevida e a possibilidade de interrupção do fornecimento de energia elétrica impõem a concessão da tutela antecipatória para a suspensão da cobrança e a continuidade do fornecimento de energia elétrica ao Autor.

3. Da Jurisprudência

Em reforço, destacam-se precedentes judiciais que corroboram a tese do Autor:

  • PROCESSUAL CIVIL - PRELIMINAR CONTIDA NAS CONTRARRAZÕES: O princípio da dialeticidade exige que a contestação rebata os argumentos apresentados pela parte contrária. A ausência de refutação suficiente pela Ré reforça a procedência do pedido do Autor. (TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP, Rel. Des. Paulo Ayrosa).
  • DIREITO DO CONSUMIDOR - FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA: Cobranças realizadas sem a devida comprovação são inexigíveis, conforme entendimento consolidado. (TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP, Rel. Des. Adilson de Araujo).
  • PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS - RESPONSABILIDADE OBJETIVA: A concessionária tem o ônus de comprovar a regularidade da cobrança, do qual a Ré não se desincumbiu. (TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP, Rel. Des. Paulo Ayrosa).

III. Dispositivo

Diante do exposto, em observância ao art. 93, inciso IX, da Constituição Federal de 1988, que exige a fundamentação das decisões judiciais, voto no sentido de:

  1. Conceder a tutela antecipatória pleiteada, determinando a suspensão da cobrança impugnada e garantindo o fornecimento ininterrupto de energia elétrica ao Autor;
  2. Declarar a inexistência do débito imputado ao Autor;
  3. Condenar a Ré à devolução em dobro dos valores pagos indevidamente, com base no art. 42, parágrafo único, do Código de Defesa do Consumidor;
  4. Condenar a Ré ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 30.000,00;
  5. Determinar a inversão do ônus da prova, nos termos do art. 6º, inciso VIII, do Código de Defesa do Consumidor;
  6. Condenar a Ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios.

É como voto.

IV. Termos Finais

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Local e data: __________

Magistrado: __________


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