Modelo de Réplica à Contestação em Ação Declaratória de Inexistência de Débito com Pedido de Danos Morais e Restituição de Valores Contra Banco Banrisul

Publicado em: 26/11/2024 Consumidor
Trata-se de uma réplica à contestação apresentada pelo Banco Banrisul em ação declaratória de inexistência de débito, movida por Givaldo Santan. O autor busca a declaração de inexistência de contrato de empréstimo consignado supostamente não contratado, a devolução em dobro dos valores descontados indevidamente, e indenização por danos morais. São apresentados argumentos de fato e de direito, baseados no CPC, CDC, e na Constituição Federal, além de jurisprudências pertinentes.

AO JUÍZO DA 11ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE ARACAJU/SE

PROCESSO Nº: 0054050-63.2024.8.25.0001

AUTOR: GIVALDO SANTAN

RÉU: BANCO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL S/A – BANRISUL

GIVALDO SANTAN, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, por meio de seu advogado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPC/2015, art. 350, apresentar a presente:

RÉPLICA À CONTESTAÇÃO

Em face do BANCO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL S/A – BANRISUL, também qualificado nos autos, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:

DOS FATOS

O autor ajuizou a presente ação com o objetivo de declarar a inexistência de débito oriundo de contrato de empréstimo consignado que afirma não ter contratado, bem como pleitear a devolução em dobro dos valores descontados indevidamente e a condenação do réu ao pagamento de indenização por danos morais.

Em sua contestação, o réu sustenta, em síntese, a validade do contrato, alegando que este foi firmado de forma legítima e que o autor teria usufruído dos valores contratados. Além disso, o réu argumenta a ausência de interesse de agir do autor, sob a justificativa de que não houve tentativa de solução administrativa prévia.

O autor, no entanto, reitera que jamais contratou o referido empréstimo e que os descontos realizados em seu benefício previdenciário são indevidos, configurando ato ilícito por parte do réu.

DO DIREITO

Inicialmente, cumpre destacar que o ônus de comprovar a regularidade da contratação recai sobre o réu, conforme disposto no CPC/2015, art. 373, II, e no CDC, art. 14, §3º. No caso em tela, o réu não apresentou provas robustas que demonstrem a anuência do autor ao contrato questionado.

Ademais, a responsabilidade objetiva das instituições financeiras, prevista no CDC, art. 14, impõe o dever de segurança na prestação de serviços, o que não foi observado pelo réu, uma vez que permitiu a realização de descontos indevidos no benefício previdenciário do autor, verba de natureza alimentar protegida pela CF/88, art. 7º, X.

Quanto à alegação de ausência de interesse de agir, esta não merece prosperar, pois o direito de ação é garantido constitucionalmente (CF/88, art. 5º, XXXV), sendo desnecessário o esgotamento das vias administrativas para o ajuizamento da presente demanda.

Por fim, no que tange aos danos morais, é evidente o abalo psicológico sofrido pelo autor, que teve sua subsistência comp"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de ação declaratória de inexistência de débito cumulada com repetição de indébito e indenização por danos morais proposta por Givaldo Santan em face do Banco do Estado do Rio Grande do Sul S/A – Banrisul.

O autor alega que jamais contratou o empréstimo consignado objeto da presente demanda, sendo os descontos realizados em seu benefício previdenciário indevidos. Requereu, além da declaração de inexistência do débito, a devolução em dobro dos valores descontados, bem como a condenação do réu ao pagamento de indenização por danos morais.

O réu, em contestação, sustenta a regularidade do contrato, afirmando que este foi celebrado legitimamente e que o autor usufruiu dos valores contratados. Alega ainda a ausência de interesse de agir do autor, sob o fundamento de não ter sido esgotada a via administrativa.

É o relatório. Passo ao voto.

Voto do Magistrado

Da Admissibilidade

Inicialmente, cumpre analisar os pressupostos de admissibilidade da presente ação. Em relação à alegação de ausência de interesse de agir, entendo que esta não merece prosperar, uma vez que o direito de ação é garantido constitucionalmente pelo art. 5º, XXXV da Constituição Federal de 1988 (CF/88). O esgotamento das vias administrativas não é condição obrigatória para o ajuizamento da demanda judicial.

Dessa forma, conheço da ação e passo à análise de mérito.

Do Mérito

Dos Fatos e Fundamentos

Em análise aos autos, verifico que o autor nega a contratação do empréstimo consignado e que o réu não conseguiu comprovar de forma robusta a regularidade da contratação. Nos termos do art. 373, II do Código de Processo Civil de 2015 (CPC/2015), o ônus da prova recai sobre a parte que alega fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, sendo, portanto, responsabilidade do réu demonstrar a validade do contrato.

Ademais, a aplicação do Código de Defesa do Consumidor (CDC) ao caso concreto é inquestionável, cabendo destacar o art. 14, §3º, que estabelece a responsabilidade objetiva dos prestadores de serviço, como as instituições financeiras, pelo defeito na prestação de serviços. No caso em análise, a ausência de comprovação da regularidade do contrato configura falha na prestação de serviço.

Também é importante ressaltar que os descontos realizados no benefício previdenciário do autor comprometem sua subsistência, tratando-se de verba de natureza alimentar, protegida constitucionalmente pelo art. 7º, X da CF/88.

Dos Danos Morais

Quanto ao pedido de indenização por danos morais, entendo ser procedente. O ato ilícito praticado pelo réu, ao realizar descontos indevidos no benefício previdenciário do autor, gerou abalo psicológico significativo, violando a dignidade da pessoa humana, princípio fundamental consagrado no art. 1º, III da CF/88. Assim, é cabível a condenação do réu ao pagamento de indenização por danos morais.

Da Devolução em Dobro

No que se refere à devolução dos valores descontados, nos termos do art. 42, parágrafo único do CDC, os valores cobrados indevidamente devem ser restituídos em dobro, salvo hipótese de engano justificável, o que não foi comprovado pelo réu. Assim, determino a devolução em dobro dos valores descontados.

Conclusão

Diante do exposto, com fulcro no art. 93, IX da CF/88 e demais fundamentos legais aplicáveis, voto pela procedência total da ação para:

  1. Declarar a inexistência do débito e do contrato de empréstimo consignado objeto da presente demanda;
  2. Condenar o réu à devolução em dobro dos valores descontados indevidamente, nos termos do art. 42, parágrafo único do CDC;
  3. Condenar o réu ao pagamento de indenização por danos morais, em valor a ser arbitrado por este Juízo;
  4. Condenar o réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, estes fixados em 15% sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85, §2º do CPC/2015.

É como voto.

Aracaju/SE, ___ de __________ de 2024.

Magistrado: ____________________________


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