Modelo de Memoriais em Ação de Cobrança de Comissão de Corretagem com Fundamentação na Ausência de Resultado Útil

Publicado em: 10/06/2024 Direito Imobiliário
Documento jurídico com memoriais apresentados no contexto de uma ação de cobrança de comissão de corretagem. O Requerido, representado por seu advogado, argumenta pela improcedência do pedido da Requerente, corretora de imóveis, com base na ausência do resultado útil necessário para justificar a cobrança. O texto fundamenta-se nos artigos 725 e 722 do Código Civil de 2002, além de jurisprudências pertinentes, destacando que a aproximação inicial promovida pela corretora não resultou na concretização do negócio. O pedido final requer a improcedência da ação, com condenação da Requerente ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios.

MEMORIAIS

COBRANÇA DE COMISSÃO DE CORRETAGEM

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________

Processo nº: __________

Requerente: __________

Requerido: __________

PREÂMBULO

Nos autos da ação de cobrança de comissão de corretagem, movida por __________ (Requerente), vem __________ (Requerido), por intermédio de seu advogado, apresentar os presentes MEMORIAIS, nos termos do artigo 364 do CPC/2015, expondo os fatos e fundamentos jurídicos que demonstram a improcedência do pedido da parte autora.

DOS FATOS

A Requerente, corretora de imóveis, alega ter direito à comissão de corretagem pela venda do imóvel localizado no endereço __________, sob a justificativa de que teria realizado a aproximação inicial entre as partes interessadas na compra e venda do bem.

Contudo, os fatos demonstram que a Requerente não obteve o resultado útil necessário para fazer jus à comissão de corretagem. Após a apresentação inicial do imóvel aos compradores, houve desistência inequívoca por parte destes, que, inclusive, não realizaram qualquer proposta formal ou pré-contrato.

Cerca de um ano após a desistência, os compradores retornaram ao imóvel por iniciativa própria, sem qualquer intervenção da Requerente, e concretizaram a compra diretamente com o vendedor, ora Requerido. A aproximação inicial promovida pela corretora não resultou na conclusão do negócio, sendo, portanto, insuficiente para justificar a cobrança da comissão.

DO DIREITO

Nos termos do art. 725 do CC/2002, o corretor somente faz jus à comissão de corretagem se o negócio for concluído em razão direta de sua atuação. A doutrina e a jurisprudência são uníssonas ao afirmar que a atividade do corretor deve resultar no resultado útil, ou seja, na efetiva conclusão do negócio jurídico.

Conforme destacado nos autos, a Requerente não obteve o resultado útil, pois:

  • A desistência inicial dos compradores demonstra que a aproximação promovida pela corretora foi infrutífera.
  • Não houve qualquer proposta formal ou pré-contrato intermediado pela Requerente.
  • A concretização do negócio ocorreu por iniciativa exclusiva dos compradores, sem qualquer interferência da corretora.

Ademais, a ausência de cláusula de exclusividade na relação entre as p"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

VOTO DO MAGISTRADO

Processo nº: __________

Requerente: __________

Requerido: __________

I - RELATÓRIO

Trata-se de Ação de Cobrança de Comissão de Corretagem movida por __________ (Requerente) em face de __________ (Requerido). A parte autora alega que teria direito à comissão de corretagem pela venda de imóvel, sob a justificativa de que realizou a aproximação inicial entre as partes interessadas na negociação.

Contudo, conforme relatado pela parte ré, a aproximação inicial promovida pela corretora foi infrutífera, uma vez que os compradores desistiram do negócio e, posteriormente, concretizaram a compra diretamente com o vendedor, sem qualquer interferência da Requerente.

Passo à análise dos fatos e fundamentos legais.

II - FUNDAMENTAÇÃO

Este julgamento deve cumprir o dever constitucional de fundamentação, nos termos do artigo 93, IX, da Constituição Federal de 1988, que exige que todas as decisões sejam devidamente motivadas para garantir a transparência e a segurança jurídica.

1. Dos Fatos

A análise dos autos demonstra que a atividade desenvolvida pela Requerente não obteve o resultado útil necessário para justificar a cobrança da comissão de corretagem. Isso porque:

  • A desistência inequívoca dos compradores após a aproximação inicial demonstra que a atuação da corretora foi infrutífera.
  • Não houve proposta formal ou pré-contrato intermediado pela Requerente.
  • O negócio foi concretizado posteriormente por iniciativa exclusiva das partes, sem qualquer interferência da corretora.

2. Do Direito

Nos termos do art. 725 do Código Civil de 2002, o corretor somente faz jus à comissão de corretagem caso o negócio seja concluído em razão direta de sua mediação. A jurisprudência e a doutrina são uníssonas ao afirmar que é necessário o resultado útil, ou seja, o consenso entre as partes acerca dos elementos essenciais do negócio jurídico.

Ademais, a inexistência de cláusula de exclusividade entre as partes reforça a ausência de obrigação de pagamento da comissão à Requerente, conforme o disposto no art. 722 do Código Civil de 2002.

A jurisprudência do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo também confirma o entendimento de que a ausência de resultado útil inviabiliza a cobrança da comissão de corretagem:

  • TJSP; Apelação Cível 1004382-12.2020.8.26.0004: "Para que o corretor faça jus à comissão pelos serviços de intermediação, é necessária a conjugação de três requisitos: autorização para mediar, aproximação das partes e resultado útil. Não comprovado o resultado útil, a improcedência da ação é de rigor."
  • TJSP; Apelação Cível Acórdão/TJSP: "A comissão de corretagem é devida somente se os trabalhos de aproximação realizados pelo corretor resultarem no resultado útil pretendido."

III - DISPOSITIVO

Diante do exposto, com base nos fatos e fundamentos jurídicos apresentados, julgo IMPROCEDENTE o pedido formulado pela Requerente na Ação de Cobrança de Comissão de Corretagem.

Reconheço que a Requerente não obteve o resultado útil necessário para justificar a cobrança da comissão, nos termos do art. 725 do Código Civil e da jurisprudência consolidada.

Condeno a Requerente ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da causa, nos termos do art. 85 do Código de Processo Civil de 2015.

Decisão: Conheço o recurso interposto, mas NEGUEI PROVIMENTO, mantendo a sentença de improcedência.

IV - CONCLUSÃO

Em respeito aos princípios constitucionais da boa-fé, da segurança jurídica e da legalidade, voto pela improcedência do pedido da Requerente.

É como voto.

Local e data: __________
Magistrado: ____________________________


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