Modelo de Memorial de Apelação para Reformar Sentença que Condenou ao Pagamento de Comissão de Corretagem

Publicado em: 11/06/2024 Civel
Documento jurídico elaborado para apresentar apelação contra sentença de primeiro grau que condenou o apelante ao pagamento de comissão de corretagem. Fundamentado no art. 1.010 do CPC/2015 e no art. 725 do Código Civil, o recurso argumenta pela inexistência de resultado útil decorrente da atuação da corretora, que não concretizou a intermediação do contrato de compra e venda do imóvel. O texto detalha os fatos, fundamentos jurídicos e jurisprudências que reforçam a tese de que a comissão de corretagem não é devida. Inclui pedidos de reforma integral da sentença, improcedência da cobrança e condenação da parte apelada ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios.

MEMORIAL PARA APELAÇÃO

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de __________/UF

Processo nº: __________

Apelante: __________

Apelado: __________

__________, já qualificado nos autos em epígrafe, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar o presente MEMORIAL PARA APELAÇÃO, com fundamento no artigo 1.010 do CPC/2015, em face da sentença que o condenou ao pagamento de comissão de corretagem, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Apelante foi condenado ao pagamento de comissão de corretagem em favor da corretora __________, sob o argumento de que esta teria aproximado as partes para a realização de um contrato de compra e venda de imóvel.

Contudo, a corretora limitou-se a apresentar o imóvel aos compradores, que, à época, desistiram do negócio. Posteriormente, os mesmos compradores procuraram diretamente o Apelante, sem qualquer intermediação da corretora, e adquiriram o imóvel cerca de um ano após a desistência inicial.

Ademais, a corretora, ao ser questionada pelos compradores sobre a disponibilidade do imóvel, informou equivocadamente que este não estava mais disponível, demonstrando total ausência de diligência e de efetiva contribuição para a concretização do negócio.

DO DIREITO

O contrato de corretagem é regido pelo art. 725 do CCB/2002, que dispõe que a remuneração do corretor é devida apenas quando este alcançar resultado útil, ou seja, a efetiva conclusão do negócio entre as partes.

No presente caso, não houve qualquer resultado útil decorrente da atuação da corretora. A aproximação inicial das partes não resultou na concretização do negócio, que somente foi realizado posteriormente, por iniciativa direta dos compradores, sem qualquer participação ou ingerência da corretora.

Além disso, a jurisprudência é pacífica ao afirmar que a comissão de corretagem não é devida quando o negócio não se concretiza por arrependimento ou desistência das partes, como ocorreu no caso em tela. A desistência inicial dos compradores demonstra que não houve qualquer resultado útil da atuação da corretora, sendo indevida a cobrança da comissão.

...

Para ter acesso a íntegra dessa peça processual Adquira um dos planos de acesso do site, ou caso você já esteja cadastrado ou já adquiriu seu plano clique em entrar no topo da pagina:


Copyright LEGJUR
Todos os modelos de documentos do site Legjur são de uso exclusivo do assinante. É expressamente proibida a reprodução, distribuição ou comercialização destes modelos sem a autorização prévia e por escrito da Legjur.
Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Dos Fatos

Em análise ao processo, verifica-se que o Apelante foi condenado ao pagamento de comissão de corretagem em favor da corretora, sob a justificativa de que esta teria aproximado as partes para a realização de um contrato de compra e venda de imóvel. Entretanto, restou evidenciado que a corretora limitou-se a apresentar o imóvel aos compradores, que, à época, desistiram do negócio. Posteriormente, os compradores procuraram diretamente o Apelante, sem qualquer intermediação da corretora, e adquiriram o imóvel cerca de um ano após a desistência inicial.

Além disso, a corretora, ao ser questionada pelos compradores sobre a disponibilidade do imóvel, informou equivocadamente que este não estava mais disponível. Tal conduta demonstra ausência de diligência e de efetiva contribuição para a concretização do negócio.

Do Direito

O contrato de corretagem, conforme disposto no art. 725 do Código Civil Brasileiro, estabelece que a remuneração do corretor é devida somente quando este alcançar resultado útil, representado pela efetiva conclusão do negócio jurídico entre as partes.

No caso em análise, não há qualquer evidência de que a atuação da corretora tenha gerado um resultado útil, tendo em vista que o negócio foi concluído diretamente entre as partes, sem intermediação. A desistência inicial dos compradores e a posterior negociação direta reforçam a inexistência de efetiva contribuição da corretora.

Ademais, a conduta da corretora ao prestar informações equivocadas denota não apenas a ausência de diligência, mas também o descumprimento de suas obrigações contratuais, o que impede o reconhecimento do direito à comissão de corretagem.

Jurisprudência Aplicável

TJSP (29ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP - São Paulo

"O contrato de mediação e/ou corretagem é de resultado e não de meio. Destarte, a remuneração, consistente na comissão, só é devida quando o trabalho levado a efeito pelo corretor alcançar resultado útil, qual seja, a efetiva realização do contrato de compra e venda entre os interessados, o que não aconteceu in casu. (...) Ausência de resultado útil. Inteligência do art. 725, do CC."

TJSP (15ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP - São Paulo

"A remuneração do corretor somente é devida quando este alcança resultado útil, concretizando o negócio entre as partes. A ausência de resultado útil inviabiliza a cobrança de comissão de corretagem."

Fundamentação Constitucional

Nos termos do art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, a fundamentação das decisões judiciais é requisito essencial para a validade do ato jurisdicional. Nesse sentido, resta claro que a condenação imposta ao Apelante carece de base fática e jurídica suficiente, uma vez que não houve qualquer resultado útil decorrente da atuação da corretora.

Portanto, a análise dos fatos e do direito conduz à conclusão de que a sentença de primeiro grau deve ser reformada, garantindo-se a aplicação da justiça no caso concreto.

Dispositivo

Ante o exposto, voto no sentido de dar provimento ao recurso de apelação, para reformar a sentença recorrida e julgar improcedente o pedido de cobrança de comissão de corretagem, reconhecendo a ausência de resultado útil decorrente da atuação da corretora.

Condeno a parte Apelada ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, nos termos do art. 85 do CPC/2015.

É como voto.


solicite seu modelo personalizado

Solicite Seu Modelo de Peça Processual Personalizado!

Sabemos que cada processo é único e merece um modelo de peça processual que reflita suas especificidades. Por isso, oferecemos a criação de modelos de peças processuais personalizados, partindo de um modelo básico adaptável às suas exigências. Com nosso serviço, você tem a segurança de que sua documentação jurídica será profissional e ajustada ao seu caso concreto. Para solicitar seu modelo personalizado, basta clicar no link abaixo e nos contar sobre as particularidades do seu caso. Estamos comprometidos em fornecer a você uma peça processual que seja a base sólida para o seu sucesso jurídico. Solicite aqui

Outras peças semelhantes

Modelo de Contra-razões ao Recurso Inominado em Ação de Cobrança de Comissão de Corretagem: Contestação com Fundamentação Jurídica e Doutrinária

Modelo de Contra-razões ao Recurso Inominado em Ação de Cobrança de Comissão de Corretagem: Contestação com Fundamentação Jurídica e Doutrinária

Publicado em: 11/09/2023 Civel

O documento apresenta as contra-razões ao recurso inominado interposto pelo Recorrente em ação de cobrança de comissão de corretagem. O Recorrido argumenta que não houve comprovação da prestação efetiva do serviço de intermediação imobiliária pelo Recorrente, baseando-se nos requisitos do contrato de corretagem descritos no Código Civil e no ônus probatório do CPC. São apresentados fundamentos jurídicos, doutrina e jurisprudências que corroboram a improcedência do pedido do Recorrente. O pedido final é pela manutenção da sentença de primeiro grau, improcedência do recurso e condenação ao pagamento de custas e honorários.

Acessar

Modelo de Memoriais em Ação de Cobrança de Comissão de Corretagem com Fundamentação na Ausência de Resultado Útil

Modelo de Memoriais em Ação de Cobrança de Comissão de Corretagem com Fundamentação na Ausência de Resultado Útil

Publicado em: 10/06/2024 Civel

Documento jurídico com memoriais apresentados no contexto de uma ação de cobrança de comissão de corretagem. O Requerido, representado por seu advogado, argumenta pela improcedência do pedido da Requerente, corretora de imóveis, com base na ausência do resultado útil necessário para justificar a cobrança. O texto fundamenta-se nos artigos 725 e 722 do Código Civil de 2002, além de jurisprudências pertinentes, destacando que a aproximação inicial promovida pela corretora não resultou na concretização do negócio. O pedido final requer a improcedência da ação, com condenação da Requerente ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios.

Acessar

Modelo de Ação de Cobrança de Comissão de Corretagem por Contrato de Mediação Imobiliária com Base no Código Civil

Modelo de Ação de Cobrança de Comissão de Corretagem por Contrato de Mediação Imobiliária com Base no Código Civil

Publicado em: 18/07/2024 Civel

Proposta de ação de cobrança apresentada por corretor de imóveis contra comprador inadimplente que não realizou o pagamento de comissão de corretagem ajustada, no valor de R$ 110.000,00, referente à intermediação na venda de propriedade rural. Fundamentada nos artigos 722, 725 e 884 do Código Civil Brasileiro (CCB/2002), a petição destaca o direito do corretor à remuneração em razão da conclusão do negócio. Além disso, aborda o enriquecimento sem causa e solicita a citação do réu, condenação ao pagamento do valor devido com juros e atualização monetária, produção de provas, e designação de audiência de conciliação. A causa foi avaliada em R$ 110.000,00.

Acessar

Você está prestes a dar um passo crucial para aperfeiçoar a sua prática jurídica! Bem-vindo ao LegJur, seu recurso confiável para o universo do Direito.

Ao adquirir a assinatura do nosso site, você obtém acesso a um repositório completo de modelos de petição. Preparados por especialistas jurídicos com vasta experiência na área, nossos modelos abrangem uma ampla gama de situações legais, permitindo que você tenha uma base sólida para elaborar suas próprias petições, economizando tempo e garantindo a excelência técnica.

Mas a LegJur oferece muito mais do que isso! Com a sua assinatura, você também terá acesso a uma biblioteca abrangente de eBooks jurídicos, conteúdo atualizado de legislação, jurisprudência cuidadosamente selecionada, artigos jurídicos de alto nível e provas anteriores do Exame da Ordem. É tudo o que você precisa para se manter atualizado e preparado na sua carreira jurídica.

Na LegJur, temos o objetivo de fornecer as ferramentas essenciais para estudantes e profissionais do Direito. Quer você esteja se preparando para um processo, estudando para um concurso ou apenas buscando expandir seu conhecimento jurídico, a LegJur é a sua parceira confiável.

Investir na assinatura LegJur é investir na sua carreira, no seu futuro e no seu sucesso. Junte-se a nós e veja por que a LegJur é uma ferramenta indispensável no mundo jurídico.

Clique agora para fazer a sua assinatura e revolucione a maneira como você lida com o Direito. LegJur: seu parceiro para uma carreira jurídica brilhante.

Assine já e tenha acesso imediato a todo o conteúdo
Veja aqui o que o legjur pode lhe oferecer

Assinatura Mensal

Assine o LegJur e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos! Cancele a qualquer hora.

R$ 29,90

À vista

1 mês

Acesse o LegJur por 1 mês e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 39,90

Parcele em até 3x sem juros

3 meses

Equilave a R$ 39,96 por mês

Acesse o LegJur por 3 meses e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 119,90

Parcele em até 6x sem juros

6 meses

Equilave a R$ 32,48 por mês

Acesse o LegJur por 6 meses e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 194,90

Parcele em até 6x sem juros

12 meses + 2 meses de Brinde

Equilave a R$ 24,90 por mês

Acesse o LegJur por 1 ano e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 349,90

Parcele em até 10x sem juros

A cópia de conteúdo desta área está desabilitada, para copiar o conteúdo você deve ser assinante do site.