Modelo de Pedido à Ouvidoria do STJ para Análise e Providências sobre Litígio de Longa Duração com Decisões Conflitantes

Publicado em: 26/02/2025 AdministrativoCivelProcesso Civil
Requerimento formal apresentado à Ouvidoria do Superior Tribunal de Justiça (STJ) solicitando análise e providências em relação a um litígio que perdura por mais de 50 anos, envolvendo 74 alqueires de terra e mais de 120 processos judiciais, com decisões conflitantes de usucapião e reintegração de posse. O documento destaca a necessidade de uniformização da jurisprudência, celeridade processual e aplicação dos princípios constitucionais da segurança jurídica e da duração razoável do processo, conforme o art. 5º, incisos XXXV e LXXVIII, da Constituição Federal de 1988. Inclui também jurisprudências relevantes do STJ e solicita ações para resolver definitivamente o conflito e garantir a previsibilidade das decisões judiciais.

EXCELENTÍSSIMA OUVIDORIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Assunto: Pedido de análise e providências quanto à existência de decisões conflitantes e litígios de longa duração.

PREÂMBULO

A., brasileiro, estado civil, profissão, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Rua X, nº Y, Bairro Z, Cidade W, Estado V, CEP XXXXX-XXX, endereço eletrônico: [email protected], vem, respeitosamente, à presença desta Ouvidoria, expor e requerer o que segue.

DOS FATOS

Trata-se de um litígio que perdura por mais de 50 (cinquenta) anos, envolvendo uma área de 74 alqueires, dentro da qual a parte adversa alega possuir 25 alqueires. Durante esse período, foram manejados mais de 120 (cento e vinte) processos judiciais, sem que houvesse uma solução definitiva para o conflito.

No decorrer dos anos, foram proferidas decisões pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), incluindo uma decisão de usucapião no ano de 1975 e outra de reintegração de posse em 1997. Além disso, outras duas decisões de reintegração de posse determinaram que o litígio fosse resolvido pelas vias ordinárias, sem que houvesse avanço significativo na resolução do caso.

Recentemente, a parte adversa tenta obter os 25 alqueires por meio de retificação de área, utilizando-se da matrícula nº 161.590. Tal situação demonstra a perpetuação do conflito, sem que se alcance uma solução definitiva, o que gera insegurança jurídica e desgaste para as partes envolvidas.

DO DIREITO

O presente caso envolve a aplicação de princípios fundamentais do ordenamento jurídico brasileiro, como o princípio da segurança jurídica e o princípio da duração razoável do processo, consagrados no art. 5º, incisos XXXV e LXXVIII, da Constituição Federal de 1988 (CF/88).

A perpetuação de litígios por mais de 50 anos, com a existência de decisões conflitantes, viola o direito das partes à solução definitiva do conflito e compromete a credibilidade do Poder Judiciário. O Código de Processo Civil de 2015 (CPC/2015) estabelece, em seu art. 926, que os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la estável, íntegra e coerente, o que não se verifica no presente caso.

Ademais, o art. 4º da Lei 9.784/1999 impõe à Administração Pública o dever de atuar com eficiência e celeridade, o que também deve ser observado pelo Poder Judiciário na condução de processos judiciais.

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de litígio que perdura por mais de 50 anos, envolvendo uma área de 74 alqueires, com alegação da parte adversa de posse de 25 alqueires. No decorrer dos anos, mais de 120 processos judiciais foram manejados, sem solução definitiva, incluindo decisões do STJ sobre usucapião (1975) e reintegração de posse (1997), além de recentes tentativas de retificação de área com base na matrícula nº 161.590.

O presente caso suscita a aplicação de princípios constitucionais, como segurança jurídica e duração razoável do processo, previstos na Constituição Federal de 1988 (CF/88), art. 5º, incisos XXXV e LXXVIII, além da necessidade de uniformização da jurisprudência conforme art. 926 do Código de Processo Civil de 2015 (CPC/2015).

Voto

Em análise aos fatos e fundamentos apresentados, é evidente que a perpetuação do litígio por mais de 50 anos, com decisões conflitantes e ausência de solução definitiva, viola os princípios constitucionais da segurança jurídica e da duração razoável do processo (CF/88, art. 5º, incisos XXXV e LXXVIII).

O Código de Processo Civil de 2015, em seu art. 926, impõe aos tribunais o dever de manter sua jurisprudência estável, íntegra e coerente, com o objetivo de evitar a perpetuação de conflitos e garantir previsibilidade às partes. Ademais, o art. 4º da Lei 9.784/1999 determina à Administração Pública — e, por analogia, ao Poder Judiciário — a obrigação de atuar com eficiência e celeridade na resolução de disputas.

A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) corrobora essa interpretação, ao enfatizar que a uniformização é essencial para garantir segurança jurídica e previsibilidade, conforme destacado nos precedentes analisados, tais como o REsp Acórdão/STJ, o REsp Acórdão/STJ e o REsp Acórdão/STJ, todos demonstrando a necessidade de uma atuação mais célere e eficaz na condução de casos complexos e de longa duração.

Conclusão

Diante do exposto, voto pelo conhecimento do pedido e pela procedência do pleito, determinando:

  1. A análise e uniformização das decisões conflitantes proferidas pelo STJ nos processos relacionados ao litígio, com base no art. 926 do CPC/2015.
  2. A aplicação dos princípios constitucionais da segurança jurídica e da duração razoável do processo, conforme previsto no art. 5º, incisos XXXV e LXXVIII, da CF/88.
  3. A adoção de medidas para garantir a celeridade processual, promovendo a resolução definitiva do conflito e evitando a perpetuação da disputa.
  4. A comunicação às partes interessadas acerca das providências adotadas, garantindo transparência e previsibilidade.

Por todo o exposto, voto pela procedência do pedido, determinando a adoção das providências cabíveis para a solução definitiva do litígio, em conformidade com os princípios constitucionais e legais aplicáveis.

Sala de Sessões, data
___________________________
Magistrado (Assinatura)


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