Modelo de Pedido de Habeas Corpus para Revogação de Medidas Protetivas de Urgência com Salvo-Conduto
Publicado em: 13/12/2024 Direito Penal Processo PenalEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE __________
Processo nº __________
PREÂMBULO
A. J. dos S., brasileiro, solteiro, profissão __________, portador do RG nº __________ e CPF nº __________, residente e domiciliado na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, endereço eletrônico __________, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 5º, inciso LXVIII, da Constituição Federal de 1988, e nos arts. 647 e 648 do Código de Processo Penal, impetrar o presente
HABEAS CORPUS
em favor de si próprio, contra ato da autoridade judicial que determinou a imposição de medidas protetivas de urgência, conforme Boletim de Ocorrência nº 24E164001172, registrado em 29/11/2024, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
DOS FATOS
O Requerente foi surpreendido pela imposição de medidas protetivas de urgência, fundamentadas na alegação de que estaria difamando sua ex-companheira, M. F. de S. L., ao afirmar que a mesma estaria convivendo com diversos homens.
Contudo, a suposta vítima tem se aproximado reiteradamente do Requerente, com o intuito de provocar um flagrante de descumprimento das medidas judiciais, conforme previsto no CP, art. 24-A. Ressalte-se que ambos residem em uma cidade de pequeno porte, com cerca de 30 mil habitantes, onde é comum que frequentem os mesmos locais e eventualmente se encontrem, o que torna o Requerente vulnerável a acusações infundadas.
Diante disso, o Requerente busca a revogação das medidas protetivas impostas e a concessão de salvo-conduto para que possa exercer sua liberdade de locomoção sem o risco de ser preso injustamente.
DO DIREITO
O presente Habeas Corpus encontra fundamento no art. 5º, inciso LXVIII, da CF/88, que assegura a proteção da liberdade de locomoção contra ilegalidade ou abuso de poder. No caso em tela, as medidas protetivas impostas ao Requerente configuram constrangimento ilegal, uma vez que não há elementos concretos que justifiquem sua manutenção.
O CPP, art. 319, prevê a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, desde que sejam adequadas e proporcionais ao caso concreto. No entanto, a imposição de medidas protetivas deve ser analisada com cautela, especialmente quando há indícios de que a suposta vítima está utilizando tais medidas de forma abusiva, como no caso em questão.
Ademais, a Lei 11.340/2006, art. 19, §6º, estabelece que as medidas protetivas de urgência devem vigorar enquanto persistir o risco à integridad"'>...