Modelo de Pedido de Revogação de Medidas Protetivas - Retomada de Relacionamento pela Vítima

Publicado em: 18/10/2024 Direito Penal Processo Penal
Modelo de pedido de revogação de medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha, fundamentado na retomada do relacionamento de forma voluntária pela vítima, com base no princípio da autonomia da vontade.
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da ___ Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Comarca de ___

Processo nº: [número do processo]

Requerente: Luan [Sobrenome], estado civil, profissão, inscrito no CPF sob o nº [número], residente e domiciliado na Rua [nome da rua], nº [número], Bairro [nome do bairro], na Cidade de [nome da cidade]/[UF], CEP [CEP], e-mail [endereço eletrônico].

Requerida: [Nome da Vítima], estado civil, inscrita no CPF sob o nº [número], residente e domiciliada na Rua [nome da rua], nº [número], Bairro [nome do bairro], na Cidade de [nome da cidade]/[UF], CEP [CEP], e-mail [endereço eletrônico].

———————————————————————

[NOME DO REQUERENTE], devidamente qualificado, por meio de seu(sua) advogado(a) que esta subscreve, conforme instrumento de procuração em anexo, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência requerer a REVOGAÇÃO DAS MEDIDAS PROTETIVAS determinadas nos autos do processo em epígrafe, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:

1. Dos Fatos

Em janeiro de 2024, foram deferidas medidas protetivas em favor da Requerida, determinando o afastamento do Requerente, em conformidade com a Lei 11.340/2006, art. 22 (Lei Maria da Penha). No entanto, em março de 2024, a Requerida procurou o Requerente, manifestando o desejo de retomar a relação. Desde então, as partes mantêm uma convivência pacífica e voluntária, restabelecendo a "'>...

Para ter acesso a íntegra dessa peça processual Adquira um dos planos de acesso do site, ou caso você já esteja cadastrado ou já adquiriu seu plano clique em entrar no topo da pagina:


Copyright LEGJUR
Todos os modelos de documentos do site Legjur são de uso exclusivo do assinante. É expressamente proibida a reprodução, distribuição ou comercialização destes modelos sem a autorização prévia e por escrito da Legjur.
Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito, Conceitos e Defesas Oponíveis

No presente caso, o Requerente solicita a revogação das medidas protetivas concedidas em favor da Requerida, fundamentando-se na retomada voluntária do relacionamento por ambas as partes, desde março de 2024. A Requerida procurou o Requerente, manifestando o desejo de restabelecer a relação e, desde então, ambos mantêm uma convivência pacífica.

Conceitos e Definições:

  • Medidas Protetivas: Instrumentos previstos na Lei Maria da Penha para garantir a proteção à mulher em situação de violência doméstica, podendo ser modificadas ou revogadas, conforme as circunstâncias do caso (Lei 11.340/2006, art. 22).

  • Autonomia da Vontade: Princípio que garante às pessoas a liberdade de decidir sobre os aspectos que envolvem suas vidas, desde que não haja prejuízo a terceiros ou ofensa à ordem pública.

Defesas que Podem Ser Opostas: A parte contrária pode argumentar que a revogação das medidas protetivas colocaria a Requerida em risco, ou que, apesar da retomada do relacionamento, ainda existem situações que justificam a manutenção das medidas. Também pode alegar que a convivência não garante a ausência de riscos futuros, sendo prudente a manutenção das medidas protetivas.

Considerações Finais: A revogação das medidas protetivas é medida justa, considerando a manifestação da Requerida de restabelecer a relação e a convivência pacífica entre as partes. O princípio da autonomia da vontade deve ser respeitado, desde que não haja risco à integridade da Requerida, garantido por meio da intimação para confirmação do pedido.



TÍTULO:
PEDIDO DE REVOGAÇÃO DE MEDIDAS PROTETIVAS PREVISTAS NA LEI MARIA DA PENHA



1. Introdução

A presente petição tem por objetivo pleitear a revogação das medidas protetivas impostas com fundamento na Lei Maria da Penha, tendo em vista a retomada do relacionamento de forma voluntária pela vítima. O pedido é sustentado no princípio da autonomia da vontade, um dos fundamentos da dignidade da pessoa humana, reconhecido no ordenamento jurídico brasileiro, sendo respeitado o direito de escolha e autodeterminação da vítima, que opta por reatar o convívio com o suposto agressor.

O cenário é de convivência pacífica entre as partes, não havendo mais razão para a continuidade das medidas, uma vez que a imposição das mesmas sem o consentimento da vítima pode ser interpretada como uma interferência no âmbito da autonomia privada. Assim, a revogação das medidas protetivas visa restabelecer o equilíbrio nas relações entre as partes, respeitando a decisão voluntária da vítima.

Legislação:

CF/88, art. 5º, II. Princípio da legalidade, que garante que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude de lei.

Lei 11.340/2006, art. 19 (Lei Maria da Penha). Dispõe sobre as medidas protetivas de urgência.

Jurisprudência:

Revogação de Medidas Protetivas

Autonomia da Vontade

Retomada de Relacionamento


2. Revogação de Medidas Protetivas

A revogação das medidas protetivas é um ato processual fundamentado na alteração fática das condições que levaram à sua concessão. No caso, a vítima, de forma voluntária, retomou o relacionamento com o requerido, demonstrando a inexistência de qualquer situação de risco ou ameaça que justifique a manutenção das medidas. A jurisprudência brasileira reconhece que, em situações como esta, a vontade da vítima deve ser respeitada, exceto em casos de coação ou manipulação comprovada.

A manutenção das medidas sem o consentimento da vítima pode ser entendida como um desrespeito ao princípio da autonomia da vontade, um dos alicerces do direito privado. O pedido de revogação deve ser acolhido quando for constatada a pacífica convivência entre as partes, como no presente caso.

Legislação:

Lei 11.340/2006, art. 19. Regula a imposição e a duração das medidas protetivas de urgência.

CPC/2015, art. 485. Extinção do processo sem resolução de mérito quando não subsistirem razões para a demanda.

Jurisprudência:

Revogação de Medidas Protetivas e Autonomia

Desistência de Medidas Protetivas

Revogação de Medidas em Relação Pacífica


3. Lei Maria da Penha

A Lei Maria da Penha foi instituída para proteger vítimas de violência doméstica e familiar, oferecendo mecanismos de proteção como as medidas protetivas de urgência. No entanto, o legislador não afastou a possibilidade de revogação dessas medidas, quando o motivo de sua imposição não mais subsiste. Quando a vítima decide, por vontade própria, retomar o relacionamento com o suposto agressor, e se esta convivência se demonstra pacífica, o pedido de revogação das medidas protetivas se mostra legítimo.

Vale ressaltar que o uso da autonomia da vontade para justificar o pedido não invalida os direitos previstos pela Lei Maria da Penha, mas reconhece que as relações familiares são dinâmicas e que as partes têm o direito de reatar seus laços afetivos, desde que em comum acordo e sem a presença de novas ameaças.

Legislação:

Lei 11.340/2006, art. 19. Determina as circunstâncias para a concessão e manutenção das medidas protetivas.

CF/88, art. 226. Estabelece a proteção especial à família.

Jurisprudência:

Lei Maria da Penha e Revogação de Medidas

Retomada de Relacionamento na Lei Maria da Penha

Medidas Protetivas e Retomada de Relação


4. Retomada de Relacionamento

A retomada de relacionamento entre as partes, de forma voluntária e consensual, é a base para o pedido de revogação das medidas protetivas. A jurisprudência brasileira já reconheceu que, quando a vítima declara, de forma inequívoca, que deseja reatar o vínculo afetivo com o suposto agressor, não havendo situação de risco, deve ser respeitada sua autonomia da vontade. Tal decisão é parte da liberdade individual garantida pela Constituição.

É importante observar que a revogação das medidas protetivas não impede que a vítima volte a solicitar medidas de proteção em caso de eventual reabertura de conflitos ou novos episódios de violência. O objetivo é assegurar que as medidas protetivas sejam utilizadas quando realmente necessárias, respeitando as mudanças naturais que podem ocorrer nas relações familiares.

Legislação:

CF/88, art. 5º, X. Direito à inviolabilidade da intimidade e vida privada.

CCB/2002, art. 104. Requisitos de validade dos atos jurídicos, incluindo a manifestação da vontade.

Jurisprudência:

Retomada Voluntária de Relacionamento

Autonomia da Vontade e Revogação

Revogação de Medidas e Relacionamento


5. Princípio da Autonomia da Vontade

O princípio da autonomia da vontade é um dos pilares do direito civil brasileiro, e garante que cada pessoa possa dispor de seus direitos conforme seus interesses, desde que respeitados os limites impostos pela ordem pública e pela lei. Quando a vítima opta por reatar o relacionamento com o suposto agressor de forma livre e voluntária, essa manifestação de vontade deve ser respeitada, pois ela reflete o exercício de sua liberdade individual.

O Código Civil, bem como a Constituição Federal, garantem que a autonomia privada seja respeitada, salvo nos casos em que haja risco de coação ou violência. Portanto, o presente pedido é fundamentado na manifestação livre da vítima, que decidiu reatar o vínculo afetivo e deseja viver em convivência pacífica com o requerido.

Legislação:

CCB/2002, art. 104. Requisitos para a validade dos atos jurídicos, incluindo a manifestação de vontade.

CF/88, art. 1º, III. Princípio da dignidade da pessoa humana.

Jurisprudência:

Autonomia da Vontade na Retomada de Relacionamento

Manifestação Voluntária e Revogação de Medidas

Convivência Pacífica e Revogação de Medidas


6. Convivência Pacífica

A convivência pacífica entre as partes é um dos fatores essenciais para justificar a revogação das medidas protetivas. A situação atual demonstra que a relação foi reestabelecida de forma tranquila e harmoniosa, e que as razões que inicialmente motivaram a aplicação das medidas de proteção já não subsistem. A jurisprudência brasileira corrobora que, em casos onde há evidências de reconciliação e convivência pacífica, a manutenção das medidas protetivas pode ser considerada indevida.

As medidas protetivas de urgência são essenciais para garantir a segurança das vítimas de violência doméstica, mas devem ser flexibilizadas quando a situação de conflito é superada e ambas as partes optam pela retomada do relacionamento de forma pacífica.

Legislação:

Lei 11.340/2006, art. 22. Dispõe sobre as medidas protetivas de urgência.

CCB/2002, art. 421. Princípio da função social do contrato, aplicado às relações familiares.

Jurisprudência:

Convivência Pacífica e Revogação de Medidas

Medidas Protetivas em Relação Pacificada

Reconciliação e Revogação de Medidas


7. Considerações Finais

Diante da retomada pacífica do relacionamento e da livre manifestação da vítima para que as medidas protetivas sejam revogadas, com base na autonomia da vontade, requer-se a extinção das referidas medidas. A decisão é fundamentada no respeito aos direitos individuais, sem prejuízo de que novas medidas possam ser aplicadas em caso de eventual reincidência de conflito.

Por fim, é de extrema importância que o princípio da autonomia da vontade seja respeitado, garantindo à vítima a liberdade de escolha em relação ao seu convívio familiar, sem interferência excessiva do poder judiciário.


 


solicite seu modelo personalizado

Solicite Seu Modelo de Peça Processual Personalizado!

Sabemos que cada processo é único e merece um modelo de peça processual que reflita suas especificidades. Por isso, oferecemos a criação de modelos de peças processuais personalizados, partindo de um modelo básico adaptável às suas exigências. Com nosso serviço, você tem a segurança de que sua documentação jurídica será profissional e ajustada ao seu caso concreto. Para solicitar seu modelo personalizado, basta clicar no link abaixo e nos contar sobre as particularidades do seu caso. Estamos comprometidos em fornecer a você uma peça processual que seja a base sólida para o seu sucesso jurídico. Solicite aqui

Outras peças semelhantes

Modelo de Contestação de Inquérito Policial Sobre Medidas Protetivas no Crime de Ameaça

Modelo de Contestação de Inquérito Policial Sobre Medidas Protetivas no Crime de Ameaça

Publicado em: 17/07/2024 Direito Penal Processo Penal

Petição detalhada de contestação de inquérito policial sobre medidas protetivas no crime de ameaça, incluindo fundamentos legais e constitucionais. Inclui argumentação jurídica e defesas possíveis.

Acessar

Modelo de Defesa Cautelar de Medidas Protetivas em Crime de Ameaça - Lei Maria da Penha

Modelo de Defesa Cautelar de Medidas Protetivas em Crime de Ameaça - Lei Maria da Penha

Publicado em: 16/07/2024 Direito Penal Processo Penal

Petição detalhada de defesa cautelar em face de medidas protetivas de urgência no âmbito da Lei Maria da Penha, com fundamentos legais e constitucionais. Inclui argumentação jurídica e defesas possíveis.

Acessar

Modelo de Pedido de Revogação de Prisão Preventiva por Descumprimento de Medidas Protetivas

Modelo de Pedido de Revogação de Prisão Preventiva por Descumprimento de Medidas Protetivas

Publicado em: 04/09/2024 Direito Penal Processo Penal

Modelo de petição para revogação de prisão preventiva de acusado denunciado por suposta violação de medidas protetivas de urgência previstas na Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006, art. 24-A). A peça processual aborda os fundamentos legais e constitucionais para a revogação da prisão, destacando a possibilidade de medidas cautelares menos gravosas.

Acessar

Você está prestes a dar um passo crucial para aperfeiçoar a sua prática jurídica! Bem-vindo ao LegJur, seu recurso confiável para o universo do Direito.

Ao adquirir a assinatura do nosso site, você obtém acesso a um repositório completo de modelos de petição. Preparados por especialistas jurídicos com vasta experiência na área, nossos modelos abrangem uma ampla gama de situações legais, permitindo que você tenha uma base sólida para elaborar suas próprias petições, economizando tempo e garantindo a excelência técnica.

Mas a LegJur oferece muito mais do que isso! Com a sua assinatura, você também terá acesso a uma biblioteca abrangente de eBooks jurídicos, conteúdo atualizado de legislação, jurisprudência cuidadosamente selecionada, artigos jurídicos de alto nível e provas anteriores do Exame da Ordem. É tudo o que você precisa para se manter atualizado e preparado na sua carreira jurídica.

Na LegJur, temos o objetivo de fornecer as ferramentas essenciais para estudantes e profissionais do Direito. Quer você esteja se preparando para um processo, estudando para um concurso ou apenas buscando expandir seu conhecimento jurídico, a LegJur é a sua parceira confiável.

Investir na assinatura LegJur é investir na sua carreira, no seu futuro e no seu sucesso. Junte-se a nós e veja por que a LegJur é uma ferramenta indispensável no mundo jurídico.

Clique agora para fazer a sua assinatura e revolucione a maneira como você lida com o Direito. LegJur: seu parceiro para uma carreira jurídica brilhante.

Assine já e tenha acesso imediato a todo o conteúdo
Veja aqui o que o legjur pode lhe oferecer

Assinatura Mensal

Assine o LegJur e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos! Cancele a qualquer hora.

R$ 19,90

À vista

1 mês

Acesse o LegJur por 1 mês e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 29,90

Parcele em até 3x sem juros

3 meses

Equilave a R$ 26,63 por mês

Acesse o LegJur por 3 meses e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 79,90

Parcele em até 6x sem juros

6 meses

Equilave a R$ 21,65 por mês

Acesse o LegJur por 6 meses e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 129,90

Parcele em até 6x sem juros

12 meses + 2 meses de Brinde

Equilave a R$ 15,70 por mês

Acesse o LegJur por 1 ano e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 219,90

Parcele em até 6x sem juros

A cópia de conteúdo desta área está desabilitada, para copiar o conteúdo você deve ser assinante do site.