Modelo de Pedido de Habeas Corpus para Revogação de Prisão Preventiva com Base em Falta de Fundamentação e Inexistência de Requisitos do Artigo 312 do CPP

Publicado em: 04/02/2025 Advogado Direito Penal Processo Penal
Petição de Habeas Corpus impetrada em favor de paciente preso preventivamente acusado de desobediência a medida protetiva e crime de estupro, com fundamento na ausência de materialidade do delito e na insuficiência de fundamentação da decisão que indeferiu o pedido de revogação da prisão. O documento argumenta que não há elementos concretos que justifiquem a prisão cautelar, destacando o princípio constitucional da presunção de inocência, a possibilidade de aplicação de medidas alternativas à prisão e a violação ao artigo 93, IX, da Constituição Federal. A petição está amparada em doutrina, jurisprudência e requer liminar para soltura imediata do paciente.

HABEAS CORPUS

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE [INSERIR ESTADO]

Impetrante: [Nome completo do advogado, OAB/UF, endereço eletrônico]

Paciente: [Nome do paciente, CPF, estado civil, profissão, endereço completo]

Autoridade Coatora: [Juízo ou autoridade responsável pela decisão atacada]

PREÂMBULO

O advogado que esta subscreve, com fundamento no artigo 5º, inciso LXVIII, da Constituição Federal de 1988 (CF/88), bem como nos artigos 647 e 648 do Código de Processo Penal (CPP), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, impetrar o presente HABEAS CORPUS, com pedido liminar, em favor de [Nome do Paciente], atualmente preso preventivamente, apontando como autoridade coatora o [Juízo ou Autoridade], pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.

DOS FATOS

O paciente, réu primário e possuidor de bons antecedentes, foi preso preventivamente sob a acusação de suposta desobediência a medida protetiva e do cometimento do crime de estupro, previsto no artigo 213 do Código Penal (CP). Contudo, os laudos médicos e periciais apresentados no curso do processo são negativos, não corroborando a materialidade do delito.

Apesar disso, o pedido de revogação da prisão preventiva foi indeferido com base em decisões genéricas e desprovidas de fundamentação adequada, limitando-se a mencionar a gravidade abstrata do crime e o suposto perigo da liberdade do paciente. Tal decisão afronta os princípios constitucionais da presunção de inocência e da necessidade de fundamentação das decisões judiciais (CF/88, art. 93, IX).

DO DIREITO

A prisão preventiva é medida excepcional, devendo ser decretada apenas quando presentes os requisitos do artigo 312 do CPP, quais sejam: garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal. No caso em tela, não há elementos concretos que justifiquem a manutenção da custódia cautelar do paciente.

O artigo 93, inciso IX, da CF/88, exige que todas as decisões judiciais sejam devidamente fundamentadas, o que não ocorreu no presente caso. A decisão que indeferiu a revogação da prisão preventiva é genérica e baseada em argumentos abstratos, sem demonstrar a necessidade concreta da medida.

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Cuida-se de Habeas Corpus impetrado em favor do paciente [Nome do Paciente], atualmente preso preventivamente, sob alegação de que a custódia cautelar não encontra respaldo nos requisitos legais exigidos pelo artigo 312 do Código de Processo Penal (CPP), tampouco em decisão devidamente fundamentada, conforme preconizado pelo artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal de 1988 (CF/88).

Os autos relatam que o paciente, réu primário e possuidor de bons antecedentes, foi acusado de desobediência a medida protetiva e do delito previsto no artigo 213 do Código Penal (CP). Contudo, os laudos médicos e periciais apresentados durante o processo não corroboram a materialidade do delito, e a decisão que manteve a prisão preventiva se baseou em argumentos genéricos e abstratos.

Fundamentação

Análise Hermenêutica

De acordo com o artigo 93, inciso IX, da CF/88, é imprescindível que toda decisão judicial seja devidamente fundamentada. No caso em tela, verifico que a decisão que manteve a prisão preventiva do paciente não apresentou elementos concretos que justificassem a medida, limitando-se a invocar a gravidade abstrata do delito e o suposto perigo da liberdade do paciente.

É princípio basilar do Estado Democrático de Direito a presunção de inocência, consagrada no artigo 5º, inciso LVII, da CF/88. A prisão preventiva, por sua natureza excepcional, deve ser aplicada somente quando presentes os pressupostos do artigo 312 do CPP, o que, na presente hipótese, não foi demonstrado.

Fatos e Direito

Os fatos narrados indicam que o paciente é primário, possui bons antecedentes, residência fixa e profissão definida. Tais elementos demonstram a possibilidade concreta de aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, nos termos do artigo 319 do CPP. Ademais, a ausência de fundamentação adequada na decisão que manteve a prisão preventiva viola os princípios constitucionais da ampla defesa e do devido processo legal.

Conforme destacado pela doutrina, a prisão preventiva deve ser empregada apenas em casos excepcionais, sendo vedada sua decretação com base em considerações genéricas ou abstratas. A jurisprudência pátria, como se observa nos precedentes apresentados, tem reiteradamente reconhecido a nulidade de decisões que não atendam ao requisito constitucional de fundamentação adequada.

Precedentes

Destaco os seguintes precedentes em casos análogos:

  • TJSP (13ª Câmara de Direito Criminal) - Habeas Corpus Criminal Acórdão/TJSP - Campinas: Concessão de ordem para revogar a prisão preventiva de paciente primário, com bons antecedentes, em razão da ausência de fundamentação concreta da decisão.
  • TJSP (16ª Câmara de Direito Criminal) - Habeas Corpus Criminal Acórdão/TJSP - Ribeirão Preto: Reconhecimento da nulidade de decisão genérica que não observou o direito à defesa e o princípio da fundamentação adequada.

Voto

Ante o exposto, com fundamento nos artigos 5º, incisos LXVIII e LVII, e 93, inciso IX, da CF/88, bem como nos artigos 312 e 319 do CPP, voto pela concessão da ordem de Habeas Corpus para determinar a imediata revogação da prisão preventiva do paciente, aplicando-se, caso necessário, medidas cautelares diversas previstas no artigo 319 do CPP.

Determino, ainda, a comunicação imediata ao juízo de origem para cumprimento da presente decisão e a expedição de alvará de soltura em favor do paciente, caso esteja preso exclusivamente pelos fatos narrados nos autos.

Conclusão

É como voto.

[Local], [Data]

[Nome do Magistrado]

Cargo


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