Modelo de Pedido de Levantamento de Valores Depositados em Juízo em Ação de Consignação de Pagamento

Publicado em: 28/05/2024 CivelConsumidor
Petição apresentada na Vara Cível requerendo o levantamento de valores depositados em juízo pelo autor em ação de consignação de pagamento, fundamentado no CPC/2015, art. 539, § 1º, e no art. 334 do CCB/2002. O pedido se justifica pela ausência de beneficiários identificados (Qualicorp e Unimed), evitando assim que os valores sejam considerados como coisa vaga. O documento discorre sobre os fatos do caso, fundamentos jurídicos pertinentes, jurisprudências aplicáveis, e finaliza com os pedidos de levantamento, expedição de alvará judicial e condenação das partes responsáveis pelas custas processuais.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE [LOCALIDADE]

Processo nº: [INSERIR NÚMERO DO PROCESSO]

[NOME COMPLETO DO AUTOR],

qualificado nos autos, vem, por meio de seu advogado infra-assinado, com endereço profissional indicado no rodapé desta petição, com fundamento no CPC/2015, art. 319 e demais dispositivos aplicáveis, respeitosamente à presença de Vossa Excelência apresentar:

PETIÇÃO DE LEVANTAMENTO DE VALORES

nos autos da ação de consignação de pagamento em epígrafe, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

PREÂMBULO

O presente pedido tem como objetivo requerer o levantamento dos valores depositados em juízo pelo Autor, tendo em vista que tanto a Qualicorp quanto a Unimed, partes envolvidas na ação, afirmaram que não são beneficiárias dos valores consignados. Dessa forma, busca-se evitar que os valores sejam considerados como coisa vaga, conforme será demonstrado a seguir.

DOS FATOS

O Autor possuía um plano de saúde administrado pela Qualicorp e pela Unimed, o qual foi unilateralmente cancelado pelas referidas empresas. Diante disso, o Autor ingressou com ação judicial para impedir o cancelamento do plano de saúde, e, enquanto a questão era discutida judicialmente, passou a realizar depósitos judiciais referentes às mensalidades do plano.

Ao término da ação, o juízo responsável solicitou os dados bancários do Autor para devolução dos valores depositados em juízo. Contudo, para garantir a segurança jurídica e evitar qualquer controvérsia, o Autor propôs nova ação de consignação de pagamento, depositando novamente os valores em juízo.

No curso da ação de consignação, tanto a Qualicorp quanto a Unimed afirmaram que não são beneficiárias dos valores depositados. Assim, não havendo qualquer outra parte que reivindique os valores, o Autor requer o levantamento dos mesmos, evitando que sejam declarados como coisa vaga.

DO DIREITO

A ação de consignação de pagamento tem como objetivo principal a liberação do devedor de sua obrigação, conforme disposto no CCB/2002, art. 334. Contudo, no presente caso, restou incontroverso que as partes inicialmente apontadas como possíveis credoras (Qualicorp e Unimed) não são beneficiárias dos valores depositados.

O CPC/2015, art. 539, § 1º, estabelece que, em caso de dúvida sobre quem é o legítimo credor, o devedor pode consignar o pagamento em juízo para evitar inadimplemento. No entanto, uma vez que nenhuma das partes indicadas se apresenta como credora, é legítimo que o Autor, responsável pelos depósitos, requeira o levantamento dos valores.

Ademais, o princípio da causalidade, amplamente aplicado no direito processual, determina que os ônus processuais devem ser atribuídos à parte que deu causa ao processo. Nesse sentido, considerando que o Autor agiu de boa-fé ao realizar os depósitos judiciais, não há qualquer impedimento para que os valores sejam restituíd"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Processo nº: [INSERIR NÚMERO DO PROCESSO]

Magistrado: [NOME DO MAGISTRADO]

Relatório

Trata-se de ação de consignação em pagamento promovida por [NOME COMPLETO DO AUTOR], com fundamento no Código de Processo Civil de 2015, art. 539, § 1º, buscando o levantamento de valores depositados judicialmente. A controvérsia recai sobre a ausência de definição de beneficiários legítimos para os valores consignados, haja vista que tanto a Qualicorp quanto a Unimed negaram serem credoras dos depósitos realizados.

Fundamentação

Nos termos do art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, é dever do magistrado fundamentar as decisões judiciais, de forma clara e objetiva, com base nos fatos e no direito aplicável.

Conforme os autos, o Autor realizou os depósitos judiciais de boa-fé, com o objetivo de cumprir sua obrigação enquanto a validade do cancelamento do plano de saúde era discutida judicialmente. Após a conclusão do processo, verificou-se que as empresas demandadas (Qualicorp e Unimed) não são credoras dos valores, o que foi confirmado por ambas em suas manifestações processuais.

O Código Civil de 2002, art. 334, e o Código de Processo Civil de 2015, art. 539, § 1º, permitem que o devedor deposite o valor devido em juízo para evitar o inadimplemento de sua obrigação. Contudo, uma vez que não há credor legítimo identificado e que os valores consignados não são reivindicados por terceiros, é legítimo que o Autor, responsável pelos depósitos, requeira seu levantamento.

Ademais, o princípio da causalidade, amplamente aplicado no direito processual, estabelece que as despesas processuais devem ser atribuídas à parte que deu causa à demanda. Neste caso, as partes Rés, ao cancelarem unilateralmente o plano de saúde do Autor, deram origem à controvérsia e à necessidade de realização dos depósitos judiciais, devendo, portanto, arcar com os ônus processuais.

Jurisprudência

O entendimento jurisprudencial confirma a possibilidade de levantamento dos valores por parte do Autor quando não há controvérsia sobre a inexistência de credor legítimo, conforme demonstram os seguintes precedentes:

  1. APELAÇÃO. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO. EXTINÇÃO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO.
    "Recurso interposto pelo réu, pleiteando o levantamento do valor depositado em juízo, bem como a condenação da autora ao pagamento de custas, despesas processuais e honorários de sucumbência. LEVANTAMENTO DO VALOR CONSIGNADO. Não cabimento. Diante da extinção do processo sem análise do mérito, o depósito efetuado não teve caráter liberatório da obrigação. Montante deve ser levantado pela autora. Precedentes."
    TJSP (31ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP - Rel.: Des. Rosangela Telles - J. em 27/01/2025
  2. CONTRATO BANCÁRIO.
    "Petição inicial preenche os requisitos do art. 319, 320, 330, §2º do CPC. Pedido que não se mostra genérico e decorre logicamente dos fatos aduzidos na inicial. Extinção afastada. Recurso provido."
    TJSP (13ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP - Rel.: Des. Francisco Giaquinto - J. em 17/01/2025

Conclusão

Diante do exposto, com base nos fundamentos fáticos e jurídicos apresentados, voto no sentido de:

  1. Julgar procedente o pedido do Autor, determinando o levantamento dos valores depositados em juízo;
  2. Determinar a expedição de alvará judicial em favor do Autor;
  3. Condenar as Rés ao pagamento das custas e despesas processuais, nos termos do princípio da causalidade;
  4. Determinar a intimação das partes para ciência desta decisão.

É como voto.

[LOCALIDADE], [DATA].

__________________________________________

[NOME DO MAGISTRADO]

Juiz(a) de Direito


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