Modelo de Pedido de Medidas Protetivas de Urgência em Caso de Violência Doméstica com Base na Lei Maria da Penha

Publicado em: 20/02/2024 Familia
Petição inicial apresentada à Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, pleiteando medidas protetivas de urgência em favor da Requerente, vítima de agressão física cometida pelo cônjuge. Fundamentada na Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006), a peça solicita o afastamento do agressor do lar conjugal, a proibição de contato por qualquer meio e a fixação de distância mínima entre as partes, visando resguardar a integridade física e psicológica da vítima. A petição também destaca a proteção aos direitos fundamentais previstos na Constituição Federal e a aplicação de jurisprudências pertinentes ao caso.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER DA COMARCA DE __________

PREÂMBULO

Requerente: M. F. de S.
Requerido: A. J. dos S.
Objeto: Medida Cautelar de Urgência com base na Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha).

DOS FATOS

A Requerente, Sra. M. F. de S., foi vítima de agressão física perpetrada por seu esposo, Sr. A. J. dos S., em incidente ocorrido na recepção do prédio onde residem. Após um período de afastamento de aproximadamente um mês, durante o qual a Requerente esteve fora do lar conjugal, ao retornar ao apartamento, foi impedida de subir. O Requerido desceu até a recepção e, em ato de violência, agrediu fisicamente a Requerente. Tal conduta demonstra a necessidade de medidas protetivas urgentes para resguardar a integridade física e psicológica da Requerente.

DO DIREITO

A Lei 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha, foi instituída para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, garantindo proteção imediata às vítimas. Nos termos do art. 22 da referida lei, é possível a aplicação de medidas protetivas de urgência, como o afastamento do agressor do lar e a proibição de contato com a vítima.

A Constituição Federal de 1988 (CF/88, art. 5º, X) assegura a inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas, sendo dever do Estado proteger a mulher contra qualquer forma de violência. Ademais, o Código de Processo Penal (CPP, art. 12) prevê a adoção de medidas cautelares para garantir a segurança da vítima e a ordem pública.

No caso em tela, a agressão física sofrida pela Requerente configura grave violação de seus direitos fundamentais, justificando a aplicação de medidas protetivas de urgência para evitar a repetição de atos de violência e assegurar sua integridade física e emocional.

JURISPRUDÊNCIAS

1. TJSP (9ª Câmara de Direito Criminal) - Mandado de Segurança Criminal 2184282-08.2024.8.26.0000 - Praia Grande:
"Destaque-se que as medidas protetivas de urgência previstas na Lei 11.340/2006 visam oferecer proteção acauteladora imediata à vítima das agressões, bem como de ameaças. Devem ser estabelecidas consoante a gravidade e a necessidade do caso. Em casos de "'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares
Segue a simulação de um voto fundamentado com base no documento jurídico apresentado, utilizando linguagem HTML para organização:

Simulação de Voto

I - RELATÓRIO

Trata-se de pedido de medida cautelar de urgência formulado por M. F. de S. em face de A. J. dos S., com fundamento na Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha). A Requerente narra ter sido vítima de agressão física perpetrada pelo Requerido, em incidente ocorrido na recepção do prédio onde residem. Em decorrência da gravidade dos fatos, requer a concessão de medidas protetivas de urgência, conforme previsto na legislação aplicável.

II - FUNDAMENTAÇÃO

A) Dos Fatos e do Direito

A Constituição Federal de 1988 (CF/88), em seu art. 5º, X, assegura a inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas, sendo dever do Estado adotar medidas para proteger a mulher contra qualquer forma de violência. A Lei 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha, reforça esse compromisso, prevendo a possibilidade de aplicação de medidas protetivas de urgência para resguardar a integridade física e emocional da vítima.

O art. 22 da Lei 11.340/2006 dispõe sobre as medidas protetivas, entre as quais se destacam o afastamento do agressor do lar e a proibição de contato com a vítima. No presente caso, a agressão física sofrida pela Requerente é configuradora de grave violação aos seus direitos fundamentais, justificando a adoção das medidas requeridas.

B) Da Jurisprudência

O entendimento jurisprudencial é sólido quanto à concessão de medidas protetivas de urgência nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher. Cito, a título exemplificativo:

  • TJSP (9ª Câmara de Direito Criminal): "As medidas protetivas de urgência previstas na Lei Maria da Penha visam oferecer proteção imediata à vítima, sendo indispensáveis diante da vulnerabilidade da mulher em situação de risco." (Mandado de Segurança Criminal Acórdão/TJSP - Praia Grande)
  • STJ (3ª Seção): "As MPUs têm natureza jurídica de tutela inibitória e sua vigência vincula-se à persistência da situação de risco à mulher." (REsp 2.070.717 - MG)

C) Da Necessidade de Proteção

A análise dos autos revela que a Requerente se encontra em situação de vulnerabilidade, sendo imprescindível a aplicação de medidas protetivas para evitar a reiteração de atos de violência. A urgência do caso é evidente, considerando-se que a Requerente foi impedida de acessar sua residência e sofreu agressões físicas em local público, o que reforça a necessidade de resguardar sua integridade física e emocional.

III - DISPOSITIVO

Ante o exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal, que exige a devida fundamentação das decisões judiciais, e no art. 22 da Lei 11.340/2006, voto no sentido de dar procedência ao pedido, concedendo as seguintes medidas protetivas de urgência:

  1. Afastamento do Requerido do lar conjugal;
  2. Proibição de contato do Requerido com a Requerente por qualquer meio de comunicação;
  3. Fixação de distância mínima de 300 metros entre o Requerido e a Requerente.

Determino, ainda:

  1. A intimação do Requerido para cumprimento imediato das medidas protetivas;
  2. A comunicação à autoridade policial para acompanhamento e fiscalização do cumprimento das medidas.

Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.

IV - CONCLUSÃO

Assim, conheço do pedido e julgo procedente a demanda, concedendo as medidas protetivas requeridas, nos termos da fundamentação. A persistência do risco à Requerente justifica a manutenção das medidas enquanto perdurar a situação de vulnerabilidade.

É como voto.

___________________________________
Nome do Magistrado
Juiz(a) de Direito

Esse HTML apresenta a simulação de voto de forma estruturada e fundamentada, baseando-se nos fatos, fundamentos legais e constitucionais apresentados no documento jurídico.

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