Modelo de Pedido de Remoção de Servidor Público Estadual para Município da Residência da Esposa Grávida de Alto Risco com Tutela de Urgência

Publicado em: 31/01/2025 AdministrativoCivelProcesso Civil Servidor
Petição inicial de ação ordinária com pedido de tutela de urgência, em que um servidor público estadual pleiteia sua remoção para o município de residência de sua esposa, grávida de alto risco. Fundamenta-se nos princípios constitucionais da proteção à família e à dignidade da pessoa humana, bem como na aplicação analógica do art. 36, III, \"b\", da Lei 8.112/90. O pedido é justificado pela necessidade de assistência à gestante e ao nascituro, em face da recusa administrativa inicial. A peça inclui detalhada exposição dos fatos, fundamentos jurídicos, jurisprudências e a solicitação de tutela antecipada.

PETIÇÃO INICIAL

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE [CIDADE/ESTADO]

Nome completo do autor: [Nome do servidor público, abreviado conforme instruções], estado civil: [Estado civil], profissão: [Profissão], CPF: [Número do CPF], endereço eletrônico: [E-mail], domicílio e residência: [Endereço completo], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado (instrumento de mandato anexo), propor a presente

AÇÃO ORDINÁRIA COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA

em face de:

Réu: [Nome da autoridade administrativa responsável], CPF/CNPJ: [Número do CPF/CNPJ], endereço eletrônico: [E-mail], domicílio e residência: [Endereço completo], pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

O autor é servidor público estadual, atualmente lotado no município de [Município de lotação atual], exercendo suas funções no cargo de [Cargo ocupado]. Sua esposa, Sra. [Nome da esposa, abreviado conforme instruções], encontra-se grávida, sendo a gestação classificada como de alto risco, conforme atestam os laudos médicos anexos.

Em razão da condição de saúde de sua esposa, que reside no município de [Município de residência da esposa], torna-se imprescindível a presença do autor para prestar assistência e suporte durante o período gestacional, garantindo, assim, a proteção à saúde e à integridade física e emocional da gestante e do nascituro.

Diante disso, o autor requereu administrativamente sua remoção para o município de [Município de residência da esposa], com fundamento nos princípios da proteção à família (CF/88, art. 226) e da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III). Contudo, o pedido foi indeferido pela Administração Pública, sob o argumento de ausência de previsão legal específica para a situação.

DO DIREITO

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 226, estabelece que a família é a base da sociedade e deve receber especial proteção do Estado. Além disso, o art. 1º, III, da CF/88 consagra a dignidade da pessoa humana como fundamento da República Federativa do Brasil, devendo ser observada em todas as relações jurídicas.

No caso em tela, a remoção do autor para o município de residência de sua esposa é medida que se impõe, considerando a necessidade de proteção à saúde da gestante e do nascituro, bem como o direito à convivência familiar. O art. 36, III, "b", da Lei 8.112/90, aplicado analogicamente, prevê a possibilidade de remoção de servidor público para acompanhar cônjuge, ainda que este não seja servidor público, desde que comprovada a necessidade.

Ademais, os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, amplamente reconhecidos pela doutrina e jurisprudência, devem orientar a interpretação das normas administr"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de ação ordinária com pedido de tutela de urgência proposta por servidor público estadual, que busca sua remoção para o município de residência de sua esposa, devido à gravidez de alto risco desta. O pleito foi indeferido pela Administração Pública sob o argumento de ausência de previsão legal específica.

O autor fundamenta seu pedido nos princípios constitucionais da proteção à família (art. 226, CF/88) e da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, CF/88). Ademais, invoca a aplicação analógica do art. 36, III, \"b\", da Lei 8.112/90 e os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade.

Fundamentação

A presente controvérsia exige análise hermenêutica que compatibilize a realidade fática apresentada com os princípios e normas constitucionais e legais aplicáveis.

Inicialmente, cabe destacar que o art. 226 da Constituição Federal consagra a família como base da sociedade e objeto de especial proteção do Estado, enquanto o art. 1º, III, da CF/88 eleva a dignidade da pessoa humana à condição de fundamento da República. Esses dispositivos impõem à Administração Pública o dever de assegurar, sempre que possível, medidas que protejam a unidade familiar e os direitos fundamentais envolvidos.

No caso em tela, os laudos médicos anexados aos autos evidenciam a gravidez de alto risco da esposa do autor, situação que demanda suporte físico e emocional intensivo. A negativa da Administração Pública em conceder a remoção solicitada viola não apenas os princípios constitucionais mencionados, mas também o princípio da eficiência (art. 37, caput, CF/88), uma vez que a manutenção do autor em local distante compromete sua plena dedicação às funções públicas, em razão das preocupações com a saúde de sua família.

A jurisprudência pátria tem reconhecido situações excepcionais em que o direito à remoção deve prevalecer sobre normas administrativas rígidas, com fundamento nos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. Em casos semelhantes, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo tem reiteradamente decidido no sentido de garantir a remoção de servidores públicos para proteção da unidade familiar e da saúde de seus entes queridos.

A aplicação analógica do art. 36, III, \"b\", da Lei 8.112/90, que prevê a remoção de servidor para acompanhar cônjuge, é plenamente cabível no presente caso, uma vez que a norma consagra a proteção à unidade familiar como valor jurídico a ser observado pela Administração.

Por fim, a doutrina de renomados juristas defende que o interesse público deve ser interpretado de forma a compatibilizar-se com os direitos fundamentais, especialmente nos casos em que há risco à saúde e à dignidade da pessoa humana. Assim, deve-se assegurar a prevalência dos direitos fundamentais no caso concreto.

Dispositivo

Ante o exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal, voto por:

1. Conhecer do pedido, uma vez que estão presentes os requisitos de admissibilidade da ação ordinária e da tutela de urgência.

2. Julgar procedente o pedido formulado pelo autor, determinando:

  1. A concessão da tutela de urgência para que a Administração Pública proceda à imediata remoção do autor para o município de residência de sua esposa;
  2. A confirmação, em caráter definitivo, da remoção do autor após o julgamento final do mérito;
  3. A condenação da parte ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados nos termos da legislação aplicável.

É como voto.

Conclusão

Por todo o exposto, concluo que a remoção pleiteada pelo autor é medida necessária e adequada à garantia dos direitos fundamentais à saúde, à dignidade da pessoa humana e à proteção à família, sendo certo que a decisão aqui proferida encontra respaldo nos princípios constitucionais e legais aplicáveis.

Determino que as partes sejam intimadas da presente decisão, com urgência, considerando o caráter excepcional do caso.


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