Modelo de Pedido de Restituição de Fiança em Processo Penal Arquivado por Prescrição
Publicado em: 18/12/2024 Direito Penal Processo PenalEXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ____________
Processo nº ____________
PREÂMBULO
REQUERENTE: A. J. dos S.
ADVOGADO: Dr. ____________, inscrito na OAB/___ sob o nº ____________, com escritório profissional situado à ____________, endereço eletrônico ____________.
REQUERIDO: Ministério Público do Estado de ____________.
A. J. dos S., já qualificado nos autos do processo em epígrafe, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPP, art. 120, §1º, requerer a RESTITUIÇÃO DE FIANÇA, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
O Requerente foi acusado de prática de crime previsto no Sistema Nacional de Armas, tendo sido arbitrada fiança para concessão de sua liberdade provisória. O processo foi arquivado definitivamente em 13 de setembro de 2022, em razão da extinção da punibilidade do acusado pela prescrição, conforme decisão transitada em julgado.
Decorridos mais de dois anos do arquivamento definitivo do processo, o valor da fiança permanece depositado judicialmente, sem que tenha sido solicitado ou restituído ao Requerente. Diante disso, busca-se, por meio da presente petição, a devolução do valor depositado a título de fiança.
DO DIREITO
A restituição da fiança encontra amparo no CPP, art. 120, §1º, que dispõe que, uma vez extinta a punibilidade, o valor depositado a título de fiança deve ser restituído ao acusado ou a quem de direito, salvo se houver determinação judicial em sentido contrário.
No caso em análise, a punibilidade foi extinta pela prescrição, conforme decisão judicial transitada em julgado. Não há qualquer determinação que impeça a restituição do valor da fiança, sendo, portanto, direito do Requerente reaver a quantia depositada.
Além disso, o princípio da proporcionalidade, previsto na CF/88, art. 5º, LIV, reforça que medidas cautelares, como a fiança, devem ser aplicadas de forma razoável e proporcional, não podendo subsistir após a extinção da punibilidade.
A doutrina também é pacífica ao afirmar que a fiança, enquanto medida cautelar, tem como finalidade garantir a presença do acusado nos atos pro"'>...