Modelo de Pedido de Revogação de Medidas Protetivas Fundamentado na Lei Maria da Penha e Princípios Constitucionais

Publicado em: 03/12/2024 Direito Penal Processo Penal
Requerimento apresentado por M. A. C., dirigido à Vara Criminal, para a revogação de medidas protetivas impostas com base na Lei Maria da Penha. O pedido fundamenta-se na ausência de elementos concretos que justifiquem a manutenção das restrições, destacando o princípio do contraditório e a proporcionalidade. A peça jurídica apresenta análise doutrinária, jurisprudências relevantes e solicita a produção de provas e audiência de conciliação, caso necessário.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE [LOCALIDADE]

Processo nº [INSERIR NÚMERO]

PREÂMBULO

M. A. C., brasileiro, solteiro, profissão [INSERIR], portador do CPF nº [INSERIR], residente e domiciliado na Rua [INSERIR], nº [INSERIR], Bairro [INSERIR], Cidade [INSERIR], Estado [INSERIR], vem, por meio de seu advogado, com endereço eletrônico [INSERIR], respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 13 da Lei nº 13.340/2006, requerer a REVOGAÇÃO DAS MEDIDAS PROTETIVAS impostas em seu desfavor, conforme os fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Requerente foi surpreendido pela imposição de medidas protetivas de urgência, conforme Boletim de Ocorrência nº 24E164001172, registrado em 29/11/2024. A medida foi fundamentada na alegação de que o Requerente estaria difamando sua ex-companheira, afirmando que a mesma estaria convivendo com diversos homens.

No entanto, o Requerente nega veementemente as acusações e destaca que não há elementos concretos que justifiquem a manutenção das medidas protetivas, uma vez que não há situação de risco atual ou iminente que sustente a restrição imposta.

DO DIREITO

As medidas protetivas de urgência previstas na Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) possuem natureza jurídica inibitória, conforme entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Sua aplicação está condicionada à existência de situação de perigo atual ou iminente, conforme disposto no art. 19 da referida lei.

A Lei 13.340/2006, art. 13, prevê a possibilidade de revisão ou revogação das medidas protetivas, desde que haja alteração no contexto fático que justifique tal decisão. Ademais, o princípio do contraditório, consagrado no art. 5º, LV, da CF/88, exige que as partes sejam ouvidas antes de qualquer decisão que modifique ou revogue as medidas impostas.

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Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito

Resumo dos Fatos

M. A. C., ao longo de seu processo judicial, foi surpreendido com a imposição de medidas protetivas de urgência, baseadas em um Boletim de Ocorrência registrado em 29/11/2024. A ex-companheira de Miguel alegou que ele teria cometido difamação ao afirmar que ela estaria convivendo com diversos homens.

O Requerente, entretanto, nega as acusações e argumenta que não há elementos concretos que sustentem a manutenção das medidas protetivas, uma vez que não existe uma situação de perigo atual ou iminente à integridade da suposta vítima.

Fundamentos Jurídicos

As medidas protetivas de urgência possuem caráter inibitório e devem ser aplicadas apenas em situações onde há risco atual ou iminente, conforme determina o art. 19 da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006). Além disso, a Lei nº 13.340/2006, em seu art. 13, prevê a possibilidade de revisão ou revogação dessas medidas quando houver alteração no contexto fático.

No caso concreto, o Requerente argumenta que a ausência de elementos que indiquem a continuidade de uma situação de risco torna a manutenção das medidas desproporcional e irrazoável, violando, inclusive, o princípio do contraditório (art. 5º, LV, da Constituição Federal de 1988).

Jurisprudência Aplicável

A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reforça a necessidade de base fática concreta para a imposição ou manutenção de medidas protetivas. Em decisões como o Recurso Especial nº Acórdão/STJ, a Ministra Laurita Vaz destacou que "as medidas protetivas têm validade enquanto perdurar a situação de perigo". O STJ também registrou, no Agravo Regimental no Recurso Especial nº Acórdão/STJ, a importância de ouvir a vítima antes de decidir pela revogação ou manutenção das medidas.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), por sua vez, no Agravo de Instrumento nº 2027291-04.2024.8.26.0000, decidiu que a validade das medidas protetivas está condicionada à demonstração de risco atual ou iminente, critério que, segundo o Requerente, não se aplica ao caso em análise.

Pedidos Formulados

Diante do exposto, o Requerente solicita:

  • A revogação das medidas protetivas impostas, em razão da inexistência de elementos concretos que justifiquem sua manutenção;
  • A intimação da suposta vítima para que se manifeste sobre a cessação da situação de risco, em respeito ao princípio do contraditório;
  • A produção de provas documentais e testemunhais que demonstrem a inexistência de risco atual ou iminente;
  • A realização de audiência de conciliação/mediação, caso o Juízo entenda necessário.

O valor atribuído à causa é de R$ 1.000,00, conforme estipulado no pedido inicial.

Conclusão

Em síntese, Miguel Alves Cordeiro busca, com base na ausência de risco atual ou iminente, a revogação das medidas protetivas de urgência, sustentando que sua manutenção seria desproporcional e violaria direitos fundamentais, como o contraditório e a ampla defesa.


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