Modelo de Pedido de Revogação de Prisão Preventiva com Fundamentação no CPP e Violações ao Princípio da Presunção de Inocência

Publicado em: 04/01/2025 Direito Penal Processo Penal
Petição apresentada ao Juízo da Vara Criminal da Comarca de Patos – Paraíba, pleiteando a revogação da prisão preventiva de Requerente, preso em 23 de outubro de 2024, argumentando a ausência de fundamentação idônea e a violação ao princípio constitucional da presunção de inocência (CF/88, art. 5º, LVII). Fundamenta-se no CPP, art. 312 e art. 319, destacando a possibilidade de aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, bem como jurisprudências e doutrina que consolidam a necessidade de contemporaneidade e fatos concretos para manutenção da custódia cautelar.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE PATOS – PARAÍBA

Requerente: [Nome do Requerente, qualificação completa, CPF, endereço eletrônico e endereço residencial]
Advogado: [Nome do Advogado, OAB/UF, endereço eletrônico e endereço profissional]

PREÂMBULO

[Nome do Requerente], já qualificado nos autos, por meio de seu advogado que esta subscreve, com fundamento no CPP, art. 316, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência requerer a REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Requerente foi preso pela Polícia Civil da cidade de Patos, no estado da Paraíba, em 23 de outubro de 2024, às 7h50 da manhã. No dia seguinte, durante a audiência de custódia, sua prisão foi convertida em preventiva.

Contudo, a manutenção da prisão preventiva há mais de dois meses carece de fundamentação idônea, uma vez que não foram demonstrados elementos concretos e atuais que justifiquem a necessidade da segregação cautelar. Além disso, não houve exame criminológico que avaliasse as características pessoais do Requerente, o que compromete a individualização da pena e a correta aplicação da justiça.

DO DIREITO

A prisão preventiva é medida excepcional, devendo ser aplicada apenas quando presentes os requisitos do CPP, art. 312, quais sejam: garantia da ordem pública, da ordem econômica, conveniência da instrução criminal ou garantia da aplicação da lei penal. No caso em análise, não há demonstração concreta de qualquer desses requisitos.

Ademais, o princípio da presunção de inocência, consagrado no CF/88, art. 5º, LVII, determina que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. A manutenção da prisão preventiva sem fundamentação adequada viola esse princípio constitucional.

O CPP, art. 319, prevê medidas cautelares diversas da prisão, que devem ser consideradas antes da imposição da medida extrema. No presente caso, a prisão domiciliar com monitoramento eletrônico seria suficiente para garantir os fins do processo, caso Vossa Excelência entenda necessária alguma medida cautelar.

Por fim, a ausência de contemporaneidade entre os fatos e a necessidade da prisão preventi"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de pedido de Revogação da Prisão Preventiva formulado por [Nome do Requerente], com fundamento no art. 316 do Código de Processo Penal, buscando a liberdade provisória ou, subsidiariamente, a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, conforme previsto no art. 319 do CPP.

O requerente alega que a prisão preventiva foi decretada sem a devida fundamentação e que inexiste contemporaneidade dos fatos que justifiquem sua manutenção. Argumenta, ainda, que a segregação cautelar viola o princípio constitucional da presunção de inocência, previsto no art. 5º, LVII, da Constituição Federal de 1988.

Voto

De acordo com o art. 93, IX, da Constituição Federal, todas as decisões judiciais devem ser devidamente fundamentadas, sob pena de nulidade. Assim, passa-se à análise dos fatos e fundamentos jurídicos.

Dos Fatos

O requerente foi preso em flagrante no dia 23 de outubro de 2024, e sua prisão foi convertida em preventiva durante audiência de custódia. Contudo, passados mais de dois meses, não se verifica nos autos a demonstração concreta e atual dos motivos que justifiquem a manutenção da prisão preventiva.

Do Direito

A prisão preventiva, como medida extrema e excepcional, somente pode ser decretada se presentes os requisitos do art. 312 do Código de Processo Penal, quais sejam: a garantia da ordem pública, da ordem econômica, a conveniência da instrução criminal ou a garantia da aplicação da lei penal. Entretanto, no caso em análise, não há elementos concretos que demonstrem a necessidade de tal medida.

Ademais, o princípio da presunção de inocência, consagrado no art. 5º, LVII, da Constituição Federal, impõe que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. A manutenção de uma prisão cautelar sem a devida fundamentação viola frontalmente tal princípio.

O art. 319 do CPP prevê a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, as quais devem ser priorizadas antes da decretação ou manutenção de uma prisão preventiva. Considerando as circunstâncias do caso concreto, a aplicação de medidas como monitoramento eletrônico ou prisão domiciliar seria suficiente para garantir os fins do processo.

Por fim, a ausência de contemporaneidade entre os fatos e a necessidade de prisão preventiva compromete a legalidade da medida. Conforme pacificado pelos tribunais superiores, a contemporaneidade é requisito essencial para a manutenção da custódia cautelar.

Jurisprudência

O entendimento jurisprudencial reforça a necessidade de fundamentação idônea para a decretação e manutenção da prisão preventiva. Destaco:

  • TJSP (7ª Câmara de Direito Criminal) - Habeas Corpus Criminal Acórdão/TJSP: "A manutenção da prisão preventiva exige a demonstração de fatos concretos e atuais que justifiquem a medida, sendo insuficiente a mera presunção de periculosidade do acusado. A ausência de contemporaneidade implica na necessidade de revogação da prisão preventiva."
  • STF - Habeas Corpus: "A prisão preventiva não pode ser utilizada como forma de antecipação de pena. Sua manutenção depende de elementos concretos que justifiquem a necessidade da medida, sob pena de configurar constrangimento ilegal."

Fundamentos Constitucionais

A decisão deve resguardar os princípios constitucionais da presunção de inocência (art. 5º, LVII, CF/88) e da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, CF/88). Além disso, é dever do magistrado observar o devido processo legal (art. 5º, LIV, CF/88) e garantir que as medidas cautelares sejam aplicadas de forma proporcional e necessária.

Conclusão

Diante do exposto, voto pela procedência do pedido, determinando:

  • A revogação da prisão preventiva do requerente, com a consequente expedição de alvará de soltura;
  • Subsidiariamente, a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, nos termos do art. 319 do CPP;
  • A comunicação ao Ministério Público para ciência e eventuais providências cabíveis.

É como voto.

[Local], ___ de __________ de 2024.

___________________________
[Nome do Magistrado]
Juiz(a) de Direito


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