Modelo de Pedido de Tutela de Urgência para Reativação de Plano de Saúde Cancelado Indevidamente por Falha na Prestação de Serviço

Publicado em: 30/11/2024 CivelProcesso CivilConsumidor
Ação judicial movida por idoso de 75 anos contra a operadora de plano de saúde MedSenior, visando à reativação do contrato de plano de saúde cancelado indevidamente por falhas administrativas. O documento aborda o descumprimento do princípio da boa-fé objetiva, a violação de direitos assegurados pelo Código de Defesa do Consumidor e pela Constituição Federal, além de fundamentar a concessão de tutela de urgência com base no risco à saúde do requerente. Inclui jurisprudências relevantes e requer a emissão de boletos para regularização das mensalidades, sem multas ou juros.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________

Distribuição com pedido de tutela de urgência

PREÂMBULO

Requerente: A. J. dos S., brasileiro, idoso, 75 anos, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________.

Requerido: MEDSENIOR - PLANO DE SAÚDE, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº XX.XXX.XXX/XXXX-XX, com sede na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________.

DOS FATOS

O Requerente, idoso de 75 anos, contratou os serviços do plano de saúde MEDSENIOR, mantendo-se adimplente com suas obrigações contratuais até o momento em que, por falhas atribuíveis exclusivamente à Requerida, deixou de receber os boletos para pagamento das mensalidades.

Todas as tentativas do Requerente para regularizar a situação foram infrutíferas. Os canais de atendimento disponibilizados pela Requerida, incluindo telefone, WhatsApp e atendimento presencial, mostraram-se ineficazes, impossibilitando qualquer solução administrativa.

Em razão disso, o contrato foi indevidamente cancelado, colocando em risco a saúde e a dignidade do Requerente, que, em razão de sua idade avançada, depende do plano de saúde para a manutenção de sua qualidade de vida.

DO DIREITO

A conduta da Requerida viola frontalmente o princípio da boa-fé objetiva, previsto no CCB/2002, art. 422, que exige das partes contratantes lealdade e cooperação mútua. A ausência de envio dos boletos e a falha nos canais de atendimento configuram descumprimento contratual, imputável exclusivamente à Requerida.

Além disso, a Constituição Federal de 1988, em seu art. 230, estabelece o dever de proteção à pessoa idosa, garantindo-lhes o direito à saúde e à dignidade. A conduta da Requerida afronta diretamente esses preceitos constitucionais, ao privar o Requerente de acesso ao plano de saúde em razão de falhas administrativas.

O Código de Defesa do Consumidor (CDC), aplicável à relação contratual em questão, conforme entendimento consolidado pelo STJ, protege o consumidor contra práticas abusivas e impõe ao fornecedor o dever de garantir a continuidade dos serviços essenciais, como o plano de saúde (CDC, art. 6º, incisos I e IV).

A tutela de urgência, prevista no CPC/2015, art. 300, é cabível no presente caso, pois estão presentes os requisitos da probabilidade do direito e do perigo de dano. A probabilidade do direito decorre da evidente falha na prestação de serviço"'>...

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Informações complementares

Fatos

O Requerente, A. J. dos S., idoso de 75 anos, contratou os serviços do plano de saúde ofertados pela empresa MEDSENIOR, mantendo-se adimplente com suas obrigações contratuais. Contudo, por falhas atribuídas exclusivamente à Requerida, deixou de receber os boletos necessários para o pagamento das mensalidades do plano.

Apesar de diversas tentativas do Requerente para regularizar a situação, os canais de atendimento disponibilizados pela Requerida (telefone, WhatsApp e atendimento presencial) mostraram-se ineficazes, impedindo a solução do problema de forma administrativa. Em razão disso, o contrato foi injustamente cancelado, comprometendo a saúde e a dignidade do Requerente, que, devido à sua idade avançada, depende do plano de saúde para a manutenção de sua qualidade de vida.

Fundamentos Legais

A conduta da Requerida viola o princípio da boa-fé objetiva, previsto no artigo 422 do Código Civil, que exige lealdade e cooperação mútua entre as partes contratantes. A ausência de envio dos boletos e a falha nos canais de atendimento representam descumprimento contratual por parte da Requerida.

Além disso, o artigo 230 da Constituição Federal de 1988 garante proteção especial à pessoa idosa, assegurando-lhes o direito à saúde e à dignidade. Ao cancelar o contrato de forma indevida, a Requerida afronta diretamente esses preceitos constitucionais.

A relação contratual também está amparada pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), que protege o consumidor contra práticas abusivas e impõe ao fornecedor o dever de garantir a continuidade de serviços essenciais, como planos de saúde (CDC, art. 6º, incisos I e IV).

Por fim, o Código de Processo Civil (CPC), em seu artigo 300, prevê a concessão de tutela de urgência quando presentes a probabilidade do direito e o perigo de dano. No caso, a probabilidade do direito está evidenciada pela falha nos serviços da Requerida, enquanto o perigo de dano decorre do risco à saúde do Requerente, pessoa idosa e dependente do plano de saúde.

Jurisprudência

Tribunais têm reconhecido a abusividade de cancelamentos de contratos de plano de saúde em situações semelhantes. Exemplos incluem:

  • TJSP (4ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível 1106503-82.2024.8.26.0100: Determinou a manutenção do plano de saúde de beneficiário idoso, com base no princípio da função social do contrato e da boa-fé objetiva.
  • TJSP (8ª Câmara de Direito Privado) - Tutela Antecipada Antecedente 2245006-75.2024.8.26.0000: Determinou a emissão de boletos para pagamento de mensalidades, sob pena de multa diária, devido à falha na prestação de serviços.
  • TJSP (10ª Câmara de Direito Privado) - Agravo de Instrumento 2003336-41.2024.8.26.0000: Ordenou a manutenção do contrato de plano de saúde e a disponibilização de boletos para pagamento, com sanções pelo descumprimento.

Conclusão

A análise dos fatos e do direito evidencia a falha da Requerida em garantir a continuidade do serviço essencial contratado pelo Requerente, além de uma afronta aos princípios constitucionais de proteção à pessoa idosa e às normas do Código de Defesa do Consumidor. A concessão de tutela de urgência é necessária para reestabelecer o plano de saúde do Requerente e garantir sua dignidade e saúde.


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