Modelo de Pedido Judicial de Revisão de Benefício Previdenciário com Base na "Revisão da Vida Toda" contra o INSS

Publicado em: 30/05/2023 Direito Previdenciário
Ação revisional de benefício previdenciário proposta por segurado do RGPS em face do INSS, fundamentada no art. 29, I e II, da Lei 8.213/1991. O autor pleiteia a aplicação da "revisão da vida toda", com o recálculo da Renda Mensal Inicial (RMI) considerando salários-de-contribuição anteriores a julho de 1994 e requer a condenação do INSS ao pagamento das diferenças devidas, corrigidas monetariamente e acrescidas de juros, além de honorários advocatícios. A demanda também destaca o princípio da norma mais benéfica e jurisprudências relevantes, como o Tema 1.102/STF, para embasar o pedido.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DA ___ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE [LOCALIDADE]

[Localidade], [data completa]

PREÂMBULO

[Nome completo do Autor], [estado civil], [profissão], portador do CPF nº [número], RG nº [número], residente e domiciliado em [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], por intermédio de seu advogado, com endereço profissional em [endereço completo do advogado], vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fulcro no art. 319 do CPC/2015, propor a presente:

AÇÃO REVISIONAL DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO

Em face do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, autarquia federal, com sede na [endereço completo], pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos.

DOS FATOS

O Autor é segurado do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e recebe o benefício previdenciário de [especificar o benefício, ex.: aposentadoria por invalidez], concedido em [data da concessão]. Contudo, ao analisar os valores percebidos, constatou-se que o cálculo da renda mensal inicial (RMI) foi realizado de forma equivocada, desconsiderando contribuições realizadas em períodos anteriores a julho de 1994.

Tal situação prejudica o Autor, pois impede que ele receba o valor correto do benefício, considerando todo o histórico contributivo. O Autor pleiteia a aplicação da chamada "revisão da vida toda", com base na regra definitiva do art. 29, I e II, da Lei 8.213/1991, que permite a inclusão de salários-de-contribuição anteriores a julho de 1994, caso seja mais vantajoso.

O requerimento administrativo para revisão foi indeferido pelo INSS, sob a justificativa de que a regra de transição da Lei 9.876/1999 deveria ser aplicada. Diante disso, não restou alternativa ao Autor senão buscar a tutela jurisdicional para garantir o direito ao recálculo do benefício.

DO DIREITO

A presente demanda fundamenta-se no direito do segurado de optar pela regra mais benéfica para o cálculo do benefício previdenciário, conforme preceitua o art. 29, I e II, da Lei 8.213/1991. A regra definitiva permite a inclusão de salários-de-contribuição de todo o período contributivo, enquanto a regra de transição da Lei 9.876/1999 limita o cálculo aos salários posteriores a julho de 1994.

A Constituição Federal, em seu art. 201, §1º, assegura que os benefícios previdenciários devem ser calculados de forma a preservar o valor real, garantindo a dignidade do segurado. Além disso, o princípio da norma mais favorável, ampla"'>...

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Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito

1. Introdução

O presente caso trata de uma Ação Revisional de Benefício Previdenciário movida em face do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O Autor, segurado do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), busca a revisão do cálculo da Renda Mensal Inicial (RMI) de seu benefício previdenciário, apontando erros na exclusão de salários-de-contribuição anteriores a julho de 1994.

2. Fatos

O Autor recebe o benefício previdenciário de [tipo de benefício, ex.: aposentadoria por invalidez], concedido em [data da concessão]. No entanto, ao verificar os valores recebidos, constatou-se que o INSS realizou o cálculo do benefício aplicando a regra de transição prevista na Lei 9.876/1999, limitando os salários-de-contribuição considerados ao período posterior a julho de 1994.

Tal limitação desconsidera períodos contributivos anteriores, o que prejudica o Autor ao reduzir o valor de seu benefício. Em razão disso, ele pleiteia a aplicação da regra definitiva prevista no art. 29, I e II, da Lei 8.213/1991, que assegura a inclusão de toda a vida contributiva no cálculo, caso seja mais vantajosa. O requerimento administrativo para revisão foi indeferido pelo INSS, levando o Autor a buscar a tutela judicial.

3. Fundamentos Jurídicos

O Autor fundamenta seu pedido no direito de optar pela regra mais benéfica para o cálculo do benefício previdenciário, conforme o art. 29, I e II, da Lei 8.213/1991. Enquanto a regra de transição da Lei 9.876/1999 restringe o cálculo aos salários-de-contribuição após julho de 1994, a regra definitiva permite a consideração de todo o período contributivo.

A Constituição Federal, no art. 201, §1º, determina que os benefícios previdenciários devem preservar o valor real, garantindo os direitos fundamentais dos segurados. Ademais, o princípio da norma mais favorável, amplamente reconhecido no direito previdenciário, reforça que o Autor tem o direito de optar pela regra mais vantajosa.

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) consolidou o direito à chamada "revisão da vida toda" no Tema 1.102, reafirmando que o segurado que implementou as condições para o benefício após a vigência da Lei 9.876/1999 pode optar pela regra definitiva, caso seja mais benéfica. Assim, o INSS deve revisar o cálculo do benefício do Autor, considerando todo o período contributivo.

4. Jurisprudência

A jurisprudência reforça o direito do Autor à revisão do benefício com base na regra definitiva, destacando-se os seguintes precedentes:

  • STF - Tema 1.102: Reconhece o direito à aplicação da regra definitiva da Lei 8.213/1991, caso seja mais vantajosa.
  • TJSP: Decisões que privilegiam a aplicação da regra mais favorável para garantir a dignidade do segurado.
  • STJ - Tema 1.124: Define os efeitos financeiros das revisões judiciais de benefícios previdenciários.

5. Conclusão

Em síntese, o Autor busca o reconhecimento judicial de seu direito à aplicação da regra definitiva do art. 29, I e II, da Lei 8.213/1991, com o recálculo do benefício previdenciário considerando todo o período contributivo. A revisão é necessária para assegurar o recebimento do valor correto, em conformidade com a legislação previdenciária e os princípios constitucionais.


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