Modelo de Petição Criminal para Trancamento de Ação Penal por Inépcia da Denúncia em Caso de Organização Criminosa
Publicado em: 08/03/2024 Direito PenalEXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ___
Processo nº: ____________
PREÂMBULO
A. B. de C., nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG nº __________ e CPF nº __________, residente e domiciliado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, endereço eletrônico __________, por meio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPP, art. 12, apresentar a presente PETIÇÃO CRIMINAL em face da denúncia apresentada pelo Ministério Público, que imputa ao Requerente a prática do crime de organização criminosa, previsto na Lei 12.850/2013, art. 2º, caput, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
O Requerente foi denunciado pelo Ministério Público sob a acusação de integrar organização criminosa, com base na Lei 12.850/2013, art. 2º, caput. Segundo a denúncia, o Requerente teria participado de atividades ilícitas estruturadas e ordenadas, com divisão de tarefas, visando à obtenção de vantagens ilícitas.
No entanto, a denúncia apresentada pelo Ministério Público carece de elementos mínimos que demonstrem, de forma clara e objetiva, a participação do Requerente na referida organização criminosa. Não foram descritas condutas específicas que evidenciem sua atuação no grupo ou vínculo com as atividades ilícitas apontadas.
DO DIREITO
A denúncia apresentada pelo Ministério Público não atende aos requisitos previstos no CPP, art. 41, que exige a descrição clara e precisa dos fatos criminosos imputados ao acusado, de modo a permitir o pleno exercício do contraditório e da ampla defesa, garantidos pela CF/88, art. 5º, LV.
A ausência de elementos mínimos que demonstrem a participação do Requerente na organização criminosa viola o princípio da individualização da conduta, previsto no CP, art. 18, I, e no CP, art. 19. A responsabilidade penal é subjetiva e exige prova inequívoca da atuação consciente e voluntária do agente na prática delitiva.
Ademais, conforme entendimento consolidado pelo STJ, nos casos de crimes de autoria coletiva, admite-se denúncia geral, desde que demonstre, ainda que de forma sut"'>...