Modelo de Ação de Indenização por Danos Materiais e Morais contra o DETRAN/RS por Leilão Indevido de Veículo Durante Processo Judicial

Publicado em: 10/12/2023 AdministrativoCivelProcesso Civil
Pedido judicial de indenização por danos materiais e morais contra o Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul (DETRAN/RS), em razão do leilão indevido de um veículo enquanto ainda pendia decisão judicial sobre sua transferência. A ação fundamenta-se na responsabilidade civil objetiva do Estado, conforme o art. 37, §6º, da Constituição Federal e os arts. 43 e 927 do Código Civil, e busca reparação por prejuízos financeiros e transtornos morais sofridos pelo autor. Inclui doutrina, jurisprudências e pedidos detalhados de citação, condenação em danos materiais e morais, custas processuais e audiência de conciliação.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE VACARIA/RS

Processo nº: (indicar número do processo, se aplicável)

Autor: (Nome completo do autor, qualificação completa conforme CPC/2015, art. 319, II)

Réu: Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul (DETRAN/RS)

PREÂMBULO

O Autor, M. F. de S., brasileiro, estado civil (indicar), profissão (indicar), portador do CPF nº (indicar), residente e domiciliado na cidade de Vacaria/RS, vem, por meio de seu advogado infra-assinado, com endereço eletrônico (indicar), com fundamento no art. 319 do CPC/2015, propor a presente:

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS

Em face do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul (DETRAN/RS), pessoa jurídica de direito público, com sede na (endereço completo), pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

DOS FATOS

No dia 25 de janeiro de 2021, o veículo do Autor, um VW/Gol 1.0, ano modelo 2001/2002, cor cinza, placa IKG-4389, chassi 9BWCA05X02T014164, registrado na cidade de Vacaria/RS, foi recolhido ao depósito do DETRAN/RS, localizado no concessionário ERB Serviços de Guinchos, situado na Av. Moreira Paz, nº 1384, na cidade de Vacaria/RS.

Após o pagamento das multas notificadas, o Autor buscou realizar a transferência do veículo para o seu nome (DUT). Contudo, o documento de transferência foi recusado sob a alegação de rasura no nome do destinatário. Tal situação foi agravada pelo falecimento do proprietário anterior, o que impossibilitou a obtenção de uma segunda via do documento, sendo necessário o ingresso de ação judicial para o reconhecimento do direito do Autor.

Enquanto o processo judicial ainda estava pendente de trânsito em julgado, o veículo foi leiloado pelo DETRAN/RS, em flagrante descumprimento ao disposto no art. 3º, inciso I, e parágrafo único, da Resolução 331/2009 do CONTRAN, configurando falha na prestação do serviço público.

O leilão indevido causou ao Autor prejuízos materiais, correspondentes ao valor do veículo, além de danos morais, em razão do abalo psicológico e transtornos gerados pela conduta negligente do DETRAN/RS.

DO DIREITO

A responsabilidade civil do Estado, incluindo suas autarquias, está prevista no art. 37, §6º, da CF/88, que estabelece a obrigação de reparar os danos causados por seus agentes a terceiros, independentemente de dolo ou culpa.

No caso em tela, o DETRAN/RS agiu de forma negligente ao leiloar o veículo do Autor enquanto ainda pendia decisão judicial sobre a transferência do bem. Tal conduta violou o art. 3º, inciso I, e parágrafo único, da Resolução 331/2009 do CONTRAN, que exige autorização judicial para o leilão de veículos em situações similares.

O Código Civil Brasileiro de 2002 (CCB/2002), em seus arts. 43 e 927, reforça a responsabilidade objetiva do Estado, impondo o dever de indenizar quando configurados o dano, a conduta lesiva e o nexo causal. No presente caso, todos esses elementos estão presentes, uma vez que o leilão indevido resultou em prejuízo financeiro e abalo moral ao Autor.

...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de Ação de Indenização por Danos Materiais e Morais ajuizada por M. F. de S. em face do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul (DETRAN/RS). O autor alega que, após o recolhimento de seu veículo ao depósito do DETRAN e o pagamento das multas devidas, o veículo foi leiloado de forma indevida, causando-lhe prejuízos materiais e morais. Invoca-se a responsabilidade objetiva do Estado, conforme art. 37, §6º, da Constituição Federal de 1988.

Fundamentação

Nos termos do art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, o presente voto será devidamente fundamentado, analisando os fatos e os fundamentos legais e constitucionais aplicáveis ao caso.

Dos Fatos

É incontroverso que o veículo do autor foi leiloado pelo DETRAN/RS enquanto ainda havia ação judicial pendente sobre a transferência do bem. Tal conduta configura falha na prestação do serviço público, já que o leilão foi realizado em desacordo com o disposto no art. 3º, inciso I, e parágrafo único, da Resolução 331/2009 do CONTRAN, que exige autorização judicial para a alienação de veículos em situações similares.

Do Direito

A responsabilidade civil do Estado está prevista no art. 37, §6º, da Constituição Federal, que estabelece o dever de indenizar pelos danos causados por seus agentes a terceiros, independentemente de dolo ou culpa. Além disso, os arts. 43 e 927 do Código Civil corroboram a responsabilidade objetiva do Estado, impondo o dever de reparar os danos causados aos administrados.

No presente caso, estão presentes os elementos configuradores da responsabilidade objetiva: a conduta lesiva (leilão indevido do veículo), o dano (prejuízo material e moral) e o nexo causal. O DETRAN/RS, ao proceder ao leilão, descumpriu norma expressa, violando o princípio da legalidade e causando prejuízo ao autor.

Ademais, o princípio da reparação integral determina que o dano causado deve ser plenamente ressarcido, abrangendo tanto os danos materiais quanto os morais, conforme amplamente reconhecido pela doutrina e jurisprudência pátria.

Doutrina e Jurisprudência

A doutrina de Maria Helena Diniz e Sérgio Cavalieri Filho reforça que a responsabilidade objetiva do Estado é um instrumento de proteção aos direitos dos cidadãos, garantindo a reparação integral dos danos causados por atos administrativos ilegais ou abusivos.

Jurisprudências recentes, como a Apelação Cível nº Acórdão/TJSP, do TJSP, e o Recurso Inominado Cível nº Acórdão/TJSP, confirmam o dever de indenizar do ente público em casos semelhantes, quando configurados o dano, a conduta lesiva e o nexo causal.

Conclusão e Voto

Ante o exposto, considerando os fatos apurados, os fundamentos constitucionais e legais aplicáveis, voto no sentido de dar procedência ao pedido formulado pelo autor, condenando o Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul (DETRAN/RS) a:

  1. Indenizar o autor pelos danos materiais sofridos, no valor correspondente ao veículo leiloado indevidamente;
  2. Indenizar o autor pelos danos morais, em valor a ser arbitrado pelo juízo, considerando o abalo psicológico e os transtornos causados;
  3. Arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, nos termos do art. 85 do CPC/2015.

Esse é o voto.

Termos Finais

Com base no disposto no art. 93, IX, da Constituição Federal, considero que a decisão ora proferida atende aos requisitos de fundamentação e análise hermenêutica, assegurando a aplicação do direito ao caso concreto.


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