Modelo de Ação Declaratória de Inexistência de Débito contra Plano de Saúde por Cobranças Indevidas e Restituição de Valores Pagos
Publicado em: 06/06/2024 ConsumidorEXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE [INSERIR COMARCA]
Distribuição por dependência
QUALIFICAÇÃO DAS PARTES
Requerente: [NOME COMPLETO DO REQUERENTE], [estado civil], [profissão], portador do CPF nº [número], RG nº [número], residente e domiciliado na [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail].
Requerido: UNIMED RIO COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO LTDA., inscrita no CNPJ sob o nº [número], com sede na [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail].
PREÂMBULO
O Requerente, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, conforme instrumento de mandato anexo, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor a presente:
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C RESTITUIÇÃO DE VALORES
em face de UNIMED RIO COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO LTDA., pelos fatos e fundamentos que passa a expor:
DOS FATOS
O Requerente é consumidor e contratante de plano de saúde fornecido pela Requerida, conforme contrato nº [número do contrato], firmado em [data]. Durante a vigência do contrato, o Requerente sempre cumpriu com suas obrigações, realizando o pagamento pontual das mensalidades.
Contudo, a Requerida, mesmo em situação de falência e sem prestar qualquer atendimento médico ou serviço de saúde, continuou emitindo boletos de cobrança das mensalidades. Tal prática configura evidente quebra contratual, uma vez que a Requerida deixou de cumprir sua obrigação principal, qual seja, a prestação de serviços médicos e hospitalares.
Diante da ausência de contraprestação por parte da Requerida, o Requerente foi compelido a buscar a tutela jurisdicional para ver reconhecida a inexistência dos débitos cobrados indevidamente, bem como para obter a restituição dos valores pagos durante o período em que não houve a prestação dos serviços contratados.
DO DIREITO
Inicialmente, cumpre destacar que o contrato firmado entre as partes é regido pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), conforme entendimento consolidado na Súmula 608 do STJ: "Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano de saúde, salvo os administrados por entidades de autogestão."
A conduta da Requerida viola os princípios da boa-fé objetiva e da função social do contrato, previstos no CCB/2002, art. 422. A continuidade da cobrança de mensalidades sem a correspondente prestação de serviços configura enriquecimento ilícito, vedado pelo CCB/2002, art. 884.
Ademais, a prática da Requerida fere o direito básico do consumidor à informação clara e adequada (CDC, art. 6º, III) e à proteção contra práticas abusivas (CDC, art. 6º, IV). A ausência de contraprestação por parte da Requerida caracteriza prática abusiva, nos termos do CDC, art. 39, V.
No que tange "'>...