Modelo de Petição Inicial de Ação Declaratória Cumulada com Obrigação de Fazer e Pedido de Tutela Antecipada contra Restrição de Transporte Público Noturno
Publicado em: 07/03/2025 AdministrativoConsumidorPETIÇÃO INICIAL
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE MUNICÍPIO A.A
Nome da Reclamante: [Nome completo da passageira, qualificação completa, CPF, endereço eletrônico, domicílio e residência].
Réus: PREFEITO FULANO DE TAL e EMPRESA DE ÔNIBUS XX, ambos devidamente qualificados, com endereço eletrônico e sede no Município A.a.
PREÂMBULO
A Reclamante, devidamente qualificada, vem, por meio de sua representante legal, com fundamento no art. 5º, incisos XXXV e XV da Constituição Federal de 1988, bem como nas disposições do Código de Processo Civil de 2015, art. 319, propor a presente:
AÇÃO DECLARATÓRIA CUMULADA COM OBRIGAÇÃO DE FAZER E PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA
Em face de PREFEITO FULANO DE TAL e EMPRESA DE ÔNIBUS XX, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
No Município A.a, a Empresa de Ônibus XX, em conjunto com o Prefeito Fulano de Tal, decidiu restringir o horário noturno de transporte público exclusivamente para estudantes, retirando o acesso dos trabalhadores que utilizavam a linha. Tal decisão afeta diretamente a Reclamante e outros trabalhadores, que dependem do transporte público para se deslocarem ao trabalho.
Embora o número de passageiros noturnos seja reduzido, com apenas seis trabalhadores utilizando a linha, a empresa disponibiliza apenas quatro lugares, inviabilizando o transporte de todos. A justificativa apresentada é a baixa demanda, mas, mesmo com assentos vagos, a empresa se recusa a atender os trabalhadores.
Essa medida viola o direito fundamental de ir e vir dos trabalhadores, garantido pela Constituição Federal, art. 5º, XV, além de comprometer a dignidade dessas pessoas, que dependem do trabalho para sua subsistência. A Reclamante e outros trabalhadores não possuem alternativas viáveis, como transporte próprio, para suprir essa necessidade.
DO DIREITO
A Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, XV, assegura a todos o direito de ir e vir, o que inclui o acesso ao transporte público como meio essencial para o exercício desse direito. A decisão da Empresa de Ônibus XX, respaldada pelo Prefeito Fulano de Tal, viola diretamente esse princípio constitucional.
Ademais, o art. 6º da CF/88 estabelece o transporte como direito social, reforçando a obrigação do poder público e das concessionárias de garantir o acesso ao transporte público de forma ampla e irrestrita.
O Código de Defesa do Consumidor (CDC), art. 22, também impõe às concessionárias de serviços públicos o dever de prestar serviços adequados, eficientes e contínuos. A restrição imposta pela empresa configura descumprimento dessa obrigação, prejudicando os trabalhadores que dependem do transporte público.
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