Modelo de Petição Inicial de Divórcio Litigioso com Partilha de Bens, Pedido de Pensão Alimentícia e Permanência no Imóvel

Publicado em: 09/04/2025 CivelProcesso Civil Familia
Modelo de petição inicial de ação de divórcio litigioso, proposta por cônjuge separada de fato, com pedido de partilha de bens adquiridos na constância do casamento sob o regime de comunhão parcial, fixação de pensão alimentícia em favor de filha universitária, retomada do nome de solteira e concessão de direito de uso exclusivo do imóvel até a alienação. A ação é fundamentada na Constituição Federal, Código Civil e Código de Processo Civil, e inclui jurisprudência atualizada do TJSP.

PETIÇÃO INICIAL DE AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO COM PARTILHA DE BENS E PEDIDO DE ALIMENTOS

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara da Família e Sucessões da Comarca de Botucatu/SP

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

M. F. de S. L., brasileira, separada de fato, do lar, portadora do RG nº XXX e CPF nº XXX, residente e domiciliada na Rua XXX, nº XXX, Bairro XXX, Botucatu/SP, CEP XXXXX-XXX, endereço eletrônico: [email protected], por seu advogado infra-assinado (instrumento de mandato anexo), com escritório profissional situado na Rua XXX, nº XXX, Bairro XXX, Botucatu/SP, endereço eletrônico: [email protected], vem, respeitosamente, propor a presente

AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO C/C PARTILHA DE BENS E PEDIDO DE ALIMENTOS

com fulcro na CF/88, art. 226, § 6º, CCB/2002, art. 1.571, CCB/2002, art. 1.572, CCB/2002, art. 1.694 e seguintes, bem como no CPC/2015, art. 319 e seguintes, em face de C. E. da S., brasileiro, engenheiro, portador do RG nº XXX e CPF nº XXX, atualmente residente na cidade de Agudos/SP, com endereço profissional na empresa DEXCO, situada na Rodovia Marechal Rondon, km XX, Agudos/SP, endereço eletrônico desconhecido, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.

3. DOS FATOS

A autora e o requerido se conhecem desde os 14 anos de idade, tendo iniciado a convivência conjugal há mais de 20 anos, desde o nascimento do primeiro filho. Posteriormente, nasceu a segunda filha. A união foi formalizada em casamento civil no ano de 2010, sob o regime da comunhão parcial de bens.

Em 2018, a autora descobriu uma traição do requerido, fato que abalou profundamente o relacionamento. No ano seguinte, em 2019, o requerido foi transferido pela empresa DEXCO para a cidade de Itapetininga/SP, afastando-se do lar conjugal. Atualmente, encontra-se lotado na unidade da empresa em Agudos/SP. Desde então, o casal está separado de fato há mais de 6 anos.

Durante todo esse período, o requerido jamais prestou pensão alimentícia regular à filha mais nova, atualmente com 19 anos, que cursa o segundo ano da faculdade de Psicologia em Bauru/SP, arcando com mensalidade de R$ 1.201,39, além de gastos com transporte e alimentação. A jovem reside com a autora em Botucatu/SP e não possui condições de trabalhar, dada a carga horária do curso e a distância percorrida diariamente.

A autora permanece residindo no imóvel do casal, juntamente com os filhos. Contudo, o requerido, mesmo ausente há anos, insiste em realizar visitas intempestivas, causando constrangimento e tortura psicológica à autora, com agressões verbais e ameaças, exigindo permanecer no imóvel, o que torna insustentável a convivência.

Diante da situação, a autora busca a decretação do divórcio, a partilha dos bens adquiridos na constância do casamento (imóvel avaliado em R$ 550.000,00, uma caminhonete Hilux avaliada em R$ 106.648,00 e uma motocicleta Honda CBR 1000 RR avaliada em R$ 42.595,00), bem como autorização para venda dos bens e permanência no imóvel até sua alienação, além da fixação de pensão alimentícia em favor da filha no valor de 30% dos rendimentos líquidos do requerido.

4. DO DIREITO

A CF/88, art. 226, § 6º, estabelece que o casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio, sem necessidade de prévia separação judicial ou de fato. Assim, preenchidos os requisitos legais, é direito subjetivo da parte requerente a obtenção do divórcio.

O CCB/2002, art. 1.571, dispõe que o casamento se dissolve pelo divórcio, sendo desnecessária a demonstração de culpa. O CCB/2002, art. 1.572 reforça que o divórcio pode ser requerido por um dos cônjuges, independentemente da anuência do outro.

Quanto à partilha de bens, o regime adotado foi o da comunhão parcial de bens, conforme CCB/2002, art. 1.658, sendo comunicáveis os bens adquiridos onerosamente na constância do casamento. Assim, o imóvel, o veículo Hilux e a motocicleta devem ser partilhados em partes iguais.

A autora requer, ainda, a fixação de alime"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de ação de divórcio litigioso cumulada com partilha de bens e pedido de alimentos, proposta por M. F. de S. L. em face de C. E. da S.. A autora requer a decretação do divórcio, a partilha dos bens adquiridos na constância do casamento, a fixação de pensão alimentícia em favor da filha de 19 anos e a concessão de uso exclusivo do imóvel até a alienação.

O requerido foi devidamente citado, porém não apresentou contestação, estando ausente nos autos, configurando-se sua revelia.

Fundamentação

A análise da presente demanda deve observar os princípios e normas constitucionais, bem como as disposições infraconstitucionais pertinentes.

Nos termos da CF/88, art. 226, § 6º, o casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio, dispensando a comprovação de separação prévia. O CCB/2002, art. 1.571 e CCB/2002, art. 1.572, reforça a possibilidade de dissolução do vínculo conjugal por simples manifestação de vontade de uma das partes, independentemente de culpa ou anuência do outro cônjuge.

Quanto à partilha dos bens, observa-se que o regime adotado foi o da comunhão parcial de bens, conforme o CCB/2002, art. 1.658, sendo comunicáveis os bens adquiridos onerosamente na constância do casamento. Dessa forma, o imóvel residencial, o veículo Toyota Hilux e a motocicleta Honda CBR 1000 RR devem ser partilhados em partes iguais entre os cônjuges.

No que diz respeito à fixação de alimentos, o CCB/2002, art. 1.694 prevê o dever de prestar alimentos entre os membros da família, incluindo filhos maiores que demonstrem necessidade, como no caso da filha de 19 anos, que cursa faculdade e não possui condições de se manter financeiramente. A fixação de alimentos no percentual de 30% dos rendimentos líquidos do requerido é razoável e proporcional, considerando o trinômio necessidade, possibilidade e proporcionalidade.

A concessão do uso exclusivo do imóvel à autora até a efetiva alienação encontra respaldo no princípio da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e na proteção à moradia, considerando as circunstâncias de constrangimento e tortura psicológica descritas nos autos.

Por fim, quanto ao pedido de retorno ao nome de solteira, o mesmo encontra amparo no CCB/2002, art. 1.571, § 2º, não havendo óbice ao seu deferimento.

Dispositivo

Diante do exposto, com fundamento na CF/88, art. 93, IX, JULGO PROCEDENTE a presente ação para:

  1. Decretar o divórcio do casal, determinando a averbação no registro civil;
  2. Determinar a partilha dos bens adquiridos na constância do casamento, na proporção de 50% para cada parte, quais sejam:
    • Imóvel residencial avaliado em R$ 550.000,00;
    • Veículo Toyota Hilux, avaliado em R$ 106.648,00;
    • Motocicleta Honda CBR 1000 RR, avaliada em R$ 42.595,00.
  3. Autorizar a venda dos bens acima mencionados, dividindo-se o produto da venda de forma igualitária entre as partes;
  4. Conceder à autora o direito de uso exclusivo do imóvel até a efetiva alienação do bem;
  5. Fixar pensão alimentícia em favor da filha de 19 anos no valor correspondente a 30% dos rendimentos líquidos do requerido, até a conclusão do curso de Psicologia;
  6. Determinar a retomada do nome de solteira da autora, qual seja, M. F. de S. L.;
  7. Condenar o requerido ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da causa, nos termos do CPC/2015, art. 85, § 2º.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Botucatu/SP, ___ de ____________ de 2024.

___________________________________________
Nome do Magistrado
Juiz de Direito


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