Modelo de Petição Inicial de Reconhecimento e Dissolução de União Estável com Pedido de Partilha de Bens

Publicado em: 08/08/2023 Familia
Petição inicial protocolada perante a Vara de Família, na qual a autora requer o reconhecimento e a dissolução de união estável, bem como a partilha de bens adquiridos durante a constância da relação. A peça fundamenta-se no art. 226, §3º da Constituição Federal, nos arts. 1.723 e seguintes do Código Civil de 2002 e no art. 319 do Código de Processo Civil de 2015, apresentando fatos que comprovam a relação pública, contínua e duradoura, além de especificar os bens a serem partilhados. O pedido ainda inclui a condenação do réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios.

PETIÇÃO INICIAL

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE ___

Nome da autora: M. F. de S., brasileira, solteira, profissão, portadora do RG nº ___ e CPF nº ___, residente e domiciliada na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade ___, Estado ___, e-mail ___.

Nome do réu: C. E. da S., brasileiro, solteiro, profissão, portador do RG nº ___ e CPF nº ___, residente e domiciliado na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade ___, Estado ___, e-mail ___.

Por intermédio de seu advogado, com endereço profissional na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade ___, Estado ___, e-mail ___, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente:

AÇÃO DE RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL C/C PARTILHA DE BENS

com fundamento no art. 226, §3º da CF/88, no CCB/2002, art. 1.723 e seguintes, e no CPC/2015, art. 319, em face de C. E. da S., pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

DOS FATOS

A autora e o réu iniciaram uma convivência pública, contínua e duradoura em ___ (mês/ano), com o objetivo de constituição de família, caracterizando, assim, uma união estável, conforme disposto no CCB/2002, art. 1.723.

Durante o período de convivência, o casal adquiriu bens móveis e imóveis, sendo eles: (i) um imóvel localizado na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade ___, adquirido em ___ (mês/ano); e (ii) um veículo da marca ___, modelo ___, ano ___, adquirido em ___ (mês/ano).

O relacionamento chegou ao fim em ___ (mês/ano), de forma definitiva, sem possibilidade de reconciliação. Contudo, o réu se recusa a reconhecer a união estável e a proceder à partilha dos bens adquiridos na constância da relação.

DO DIREITO

A Constituição Federal, em seu art. 226, §3º, reconhece a união estável como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento. O Código Civil, por sua vez, regula a união estável em seus arts. 1.723 a 1.727, dispondo sobre os direitos e deveres dos conviventes.

Nos termos do CCB/2002, art. 1.725, salvo contrato escrito entre os conviventes, aplica-se à união estável o regime da comunhão parcial de bens, o que implica a partilha igualitária dos bens adquiridos onerosamente durante a convivência.

No presente caso, os bens indicados foram adquiridos na constância da união estável, sendo evidente o direito da autora à partilha dos mesmos. Ademais, a recusa do réu em reconhecer a união estável e proceder à partilha dos bens viola os princípios da boa-fé e da solidariedade familiar.

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito

1. Introdução

Trata-se de uma ação de Reconhecimento e Dissolução de União Estável c/c Partilha de Bens, proposta por M. F. de S. em face de C. E. da S.. Na presente demanda, a autora busca o reconhecimento da união estável mantida com o réu, a dissolução dessa união e a partilha dos bens adquiridos durante o período de convivência. A ação tem como fundamento a Constituição Federal (art. 226, §3º), o Código Civil (arts. 1.723 a 1.727) e o Código de Processo Civil (art. 319).

2. Dos Fatos

A autora e o réu iniciaram uma convivência pública, contínua e duradoura em ___ (mês/ano), com o objetivo de constituição de família, caracterizando uma união estável, conforme o art. 1.723 do Código Civil. Durante o período de convivência, foram adquiridos os seguintes bens:

  • Imóvel localizado na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade ___, adquirido em ___;
  • Veículo da marca ___, modelo ___, ano ___, adquirido em ___.

Contudo, o relacionamento foi encerrado de forma definitiva em ___ (mês/ano), sem possibilidade de reconciliação. O réu, porém, recusa-se a reconhecer a união estável e a realizar a partilha dos bens adquiridos durante a convivência.

3. Do Direito

A Constituição Federal, em seu art. 226, §3º, reconhece a união estável como uma entidade familiar, e o Código Civil regula os direitos e deveres dos conviventes nos arts. 1.723 a 1.727.

Em conformidade com o art. 1.725 do Código Civil, na ausência de contrato escrito entre os conviventes, aplica-se o regime de comunhão parcial de bens, que determina a partilha igualitária dos bens adquiridos de forma onerosa durante a convivência. Os bens indicados pela autora foram adquiridos no período da união estável e, portanto, devem ser partilhados de forma igualitária.

A recusa do réu em reconhecer a união estável e realizar a partilha viola os princípios da boa-fé e da solidariedade familiar, que norteiam as relações no âmbito do direito de família.

4. Jurisprudências Relevantes

Diversas decisões judiciais corroboram o entendimento de que a união estável deve ser reconhecida e que os bens adquiridos durante sua vigência devem ser partilhados:

  • TJSP (Apelação Acórdão/TJSP): Reconheceu a união estável e determinou a partilha dos bens adquiridos durante o período de convivência.
  • TJSP (Apelação Acórdão/TJSP): Sentença que declarou a existência de união estável e determinou a partilha de bens, destacando que questões relacionadas à compensação de benfeitorias devem ser objeto de outra ação.
  • TJSP (Apelação Acórdão/TJSP): Limitou os termos inicial e final da união estável, excluindo bens adquiridos após o término da convivência.

5. Pedidos

Em razão dos fatos e fundamentos apresentados, a autora requer:

  • O reconhecimento da união estável entre as partes, pelo período de ___ (mês/ano) a ___ (mês/ano);
  • A dissolução da união estável;
  • A partilha igualitária dos bens adquiridos, a saber:
    • Imóvel localizado na Rua ___, nº ___;
    • Veículo da marca ___, modelo ___, ano ___.
  • A condenação do réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios;
  • A designação de audiência de conciliação/mediação, nos termos do art. 319, VII, do CPC.

6. Conclusão

A autora busca a tutela jurisdicional para assegurar seus direitos decorrentes da união estável mantida com o réu. A pretensão é amparada pela legislação vigente e pela jurisprudência consolidada, sendo evidente o direito à partilha dos bens adquiridos na constância da relação. Assim, requer-se o deferimento dos pedidos para assegurar a justiça no caso em questão.


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