Modelo de Reclamação Trabalhista: Pedido de Condenação por Diferenças Salariais Decorrentes de Jornadas Excedentes e Fraude nos Registros de Ponto

Publicado em: 19/08/2024 Trabalhista
Ação reclamatória trabalhista apresentada por ex-empregado contra empregador, com fundamento nos artigos 840 e seguintes da CLT e artigos 319 e seguintes do CPC/2015. O Reclamante alega ter laborado em jornada superior à contratual, sem o devido registro ou pagamento, caracterizando fraude nos controles de ponto. Requer o pagamento de diferenças salariais, reflexos em verbas trabalhistas, retificação do TRCT e FGTS, justiça gratuita, honorários sucumbenciais, e a realização de perícia técnica para comprovação das irregularidades. Fundamentação baseada na Constituição Federal, CLT e jurisprudência do TST.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DO TRABALHO DA ___ª VARA DO TRABALHO DE [CIDADE/UF]

[Local], [Data]

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

Reclamante: [Nome do Reclamante, qualificação completa: estado civil, profissão, CPF, endereço eletrônico, domicílio e residência].
Reclamada: [Nome da Reclamada, qualificação completa: CNPJ, endereço eletrônico, sede/domicílio].

PREÂMBULO

O Reclamante, devidamente qualificado, por meio de seu advogado, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor a presente RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, com fundamento nos artigos 840 e seguintes da CLT, bem como nos artigos 319 e seguintes do CPC/2015, em face da Reclamada, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Reclamante foi contratado pela Reclamada para exercer a função de [função exercida], com jornada de trabalho contratual de 6 (seis) horas diárias. Contudo, desde o início da relação laboral, o Reclamante laborava, na prática, 8 (oito) horas diárias ou mais, sem que houvesse o devido registro no cartão de ponto.

O cartão de ponto era preenchido manualmente, sempre indicando o horário de entrada às 06h00 e saída às 12h00, mesmo que o Reclamante permanecesse em atividade após o horário registrado. Essa prática era de conhecimento e imposição da Reclamada, que se beneficiava do trabalho excedente sem a devida contraprestação salarial.

O Reclamante foi dispensado sem justa causa em [data da dispensa], sem que lhe fossem pagas as diferenças salariais decorrentes das horas efetivamente trabalhadas, em desrespeito ao princípio da irredutibilidade salarial (CF/88, art. 7º, VI) e à legislação trabalhista.

DO DIREITO

A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 7º, inciso XIII, estabelece que a duração normal do trabalho não pode exceder 8 (oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro) horas semanais, salvo acordo ou convenção coletiva. No caso em tela, o Reclamante foi contratado para jornada de 6 (seis) horas diárias, mas laborava, na prática, 8 (oito) horas ou mais, sem a devida contraprestação salarial.

A CLT, em seu artigo 74, §2º, determina que as empresas com mais de 10 (dez) empregados devem adotar controle de jornada. No presente caso, o controle de ponto era preenchido manualmente, de forma fraudulenta, indicando horários que não correspondiam à realidade, o que caracteriza violação ao princípio da boa-fé contratual (CCB/2002, art. 422).

Ademais, o artigo 818 da CLT, combinado com o artigo 373, inciso II, do CPC/2015, estabelece que o ônus da prova quanto à regularidade do pagamento das horas efetivamente trabalhadas recai sobre o empregador, especialmente quando há indícios de fraude nos registros de ponto.

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares
Aqui está a simulação do voto do magistrado, em formato HTML, com base no documento jurídico apresentado:

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de reclamação trabalhista ajuizada por [Nome do Reclamante] em face de [Nome da Reclamada], na qual se pleiteia o pagamento de diferenças salariais decorrentes de horas efetivamente trabalhadas e não registradas, além dos reflexos em verbas contratuais e rescisórias. O autor alega que laborava em jornada superior à registrada no ponto e que houve fraude nos registros, acarretando prejuízo financeiro e violação de seus direitos trabalhistas previstos na Constituição Federal e na CLT.

Fundamentação

Conforme dispõe o artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal de 1988, todas as decisões judiciais devem ser fundamentadas. Nesse sentido, passo à análise dos fatos e fundamentos do caso em tela.

De acordo com o artigo 7º, inciso XIII, da Constituição Federal, a duração normal do trabalho não pode ultrapassar 8 (oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro) horas semanais, salvo acordo ou convenção coletiva. No presente caso, restou demonstrado que o Reclamante, contratado para jornada de 6 horas diárias, laborava em jornada de 8 horas ou mais, sem a devida contraprestação salarial.

O artigo 74, §2º, da CLT determina que empregadores com mais de 10 empregados devem manter controle de jornada. A prática da Reclamada em adotar registros de ponto manuais e fraudulentos, conforme alegado e corroborado pelos indícios nos autos, caracteriza afronta ao princípio da boa-fé contratual, previsto no artigo 422 do Código Civil.

Ainda, o artigo 818 da CLT, combinado com o artigo 373, inciso II, do Código de Processo Civil, estabelece que o ônus de comprovar a regularidade dos pagamentos e registros de jornada recai sobre o empregador, especialmente quando há indícios de fraude.

Diante disso, verifica-se que o Reclamante faz jus ao pagamento das diferenças salariais decorrentes das horas efetivamente trabalhadas, com reflexos em férias acrescidas de 1/3, 13º salário, FGTS e verbas rescisórias, conforme preconiza a legislação trabalhista e a jurisprudência consolidada do Tribunal Superior do Trabalho (vide os precedentes apresentados no corpo da petição inicial).

Conclusão

À luz do exposto, reconheço a procedência do pedido inicial, condenando a Reclamada ao pagamento das diferenças salariais referentes às horas suplementares efetivamente trabalhadas pelo Reclamante, com reflexos em férias acrescidas de 1/3, 13º salário, FGTS e verbas rescisórias. Determino, ainda, a retificação do TRCT e do extrato do FGTS, bem como a concessão do benefício da justiça gratuita, nos termos do artigo 790, §§3º e 4º, da CLT.

Os valores devidos deverão ser apurados em liquidação de sentença, observando-se os parâmetros legais para a correção monetária e os juros de mora previstos na legislação.

Dispositivo

Ante o exposto, julgo PROCEDENTE a reclamação trabalhista ajuizada por [Nome do Reclamante] em face de [Nome da Reclamada], com fundamento no artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal de 1988, para:

  • Condenar a Reclamada ao pagamento das diferenças salariais pelas horas suplementares laboradas, com reflexos em férias acrescidas de 1/3, 13º salário, FGTS e verbas rescisórias;
  • Determinar a retificação do TRCT e do extrato do FGTS para inclusão das diferenças salariais apuradas;
  • Conceder ao Reclamante o benefício da justiça gratuita;
  • Condenar a Reclamada ao pagamento de honorários advocatícios sucumbenciais, conforme artigo 791-A da CLT.

Custas pela Reclamada, no importe de R$ [valor calculado], calculadas sobre o valor da condenação, ora arbitrado em R$ [valor estimado].

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

[Local], [Data].
____________________________ [Nome do Magistrado] Juiz(a) do Trabalho

### Explicação: 1. Estrutura do HTML**: O voto foi estruturado com títulos para cada seção (`

`) e parágrafos para texto explicativo (`

`), seguindo a ordem lógica de um voto judicial. 2. Relatório**: Resumo dos fatos e fundamentos apresentados pelas partes. 3. Fundamentação**: Análise hermenêutica dos fatos e do direito aplicável. 4. Conclusão**: Decisão interpretativa com base nos fundamentos constitucionais e legais. 5. Dispositivo**: Resumo da decisão com os pedidos acolhidos e determinações. Essa simulação reflete um voto judicial fundamentado, respeitando os princípios da legalidade e da hermenêutica jurídica.


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