Modelo de Ação de Obrigação de Fazer com Indenização por Danos Morais Contra o DETRAN-PA por Reboque Indevido e Danos em Veículo

Publicado em: 20/10/2023 AdministrativoCivelConstitucional
Petição inicial de Ação de Obrigação de Fazer cumulada com Indenização por Danos Morais, movida por J. P. da S. contra o Departamento Estadual de Trânsito do Estado do Pará (DETRAN-PA). O Autor relata o reboque arbitrário de seu veículo, sem irregularidades ou débitos pendentes, seguido da cobrança indevida de taxas e entrega do veículo com danos estruturais. Fundamenta-se na responsabilidade civil objetiva do Estado (art. 37, §6º, da Constituição Federal) e no art. 186 do Código Civil. Requer ressarcimento de valores pagos indevidamente, indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00 e custas processuais.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________

Distribuição por dependência

PREÂMBULO

Autor: J. P. da S.
Réu: Departamento Estadual de Trânsito do Estado do Pará (DETRAN-PA)
Natureza da Ação: Ação de Obrigação de Fazer c/c Indenização por Danos Morais
Valor da Causa: R$ 10.000,00 (dez mil reais)

DA QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

J. P. da S., brasileiro, estado civil _______, profissão _______, portador do CPF nº __________ e RG nº __________, residente e domiciliado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente ação em face do Departamento Estadual de Trânsito do Estado do Pará (DETRAN-PA), pessoa jurídica de direito público, com sede na __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Autor é proprietário do veículo de marca ________, modelo ________, placa ________, devidamente regularizado e sem qualquer débito pendente. No entanto, no dia __/__/____, agentes do DETRAN-PA realizaram o reboque do referido veículo de forma arbitrária e equivocada, alegando supostas irregularidades inexistentes.

Para retirar o veículo do pátio do DETRAN-PA, o Autor foi compelido a pagar uma diária no valor de R$ ________, mesmo não havendo qualquer débito ou justificativa legal para a retenção. Além disso, ao retirar o veículo, constatou que o mesmo apresentava um sinistro, com danos visíveis em sua estrutura, configurando uma batida que não existia antes do reboque.

Tal situação gerou ao Autor não apenas prejuízos financeiros, mas também abalos emocionais, diante da conduta negligente e abusiva do DETRAN-PA, que violou seus direitos como consumidor e cidadão.

DO DIREITO

A presente demanda fundamenta-se na responsabilidade civil objetiva do Estado, prevista no art. 37, §6º, da CF/88, segundo o qual as pessoas jurídicas de direito público respondem pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros. No caso em tela, a conduta dos agentes do DETRAN-PA foi diretamente responsável pelos prejuízos sofridos pelo Autor.

Além disso, o Código Civil Brasileiro de 2002, em seu art. 186, estabelece que aquele que, por ação ou omissão, causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito, sendo obrigado a repará-lo. A conduta do DETRAN-PA, ao reter indevidamente o veículo do Autor e causar danos materiais e morais, configura ato ilícito passível de repara�"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de Ação de Obrigação de Fazer cumulada com Indenização por Danos Morais, proposta por J. P. da S. em face do Departamento Estadual de Trânsito do Estado do Pará (DETRAN-PA). A parte autora alega que teve seu veículo rebocado de forma arbitrária, mesmo estando devidamente regularizado, e que foi compelida a realizar pagamento indevido para sua liberação. Além disso, afirma que o veículo apresentou danos visíveis após a retirada.

A demanda fundamenta-se na responsabilidade civil objetiva do Estado, prevista no art. 37, §6º, da Constituição Federal de 1988, bem como no art. 186 do Código Civil de 2002. A parte autora pleiteia a restituição dos valores pagos indevidamente, a reparação pelos danos materiais e morais, além do reconhecimento da conduta abusiva por parte do DETRAN-PA.

Fundamentação

O cerne da controvérsia reside na análise da conduta do DETRAN-PA e seus agentes, sob o prisma da responsabilidade civil objetiva do Estado, conforme preceitua o art. 37, §6º, da Constituição Federal de 1988:

"As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa."

Ademais, o art. 186 do Código Civil reforça a obrigatoriedade de reparação em caso de ato ilícito:

"Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito."

No caso em análise, ficou demonstrado que o veículo do autor foi retido de forma indevida, não havendo comprovação de qualquer irregularidade que justificasse a medida. Além disso, o pagamento exigido pelo DETRAN-PA para liberação do veículo revela abuso de poder, configurando ato arbitrário e ilegal.

Quanto aos danos morais, a jurisprudência pátria é pacífica no sentido de que a retenção arbitrária de veículo, somada à cobrança indevida e aos danos materiais evidenciados, causa abalo emocional que deve ser reparado.

Cito, por oportuno, o seguinte precedente:

  • TJSP (7ª Turma - Fazenda Pública): "Autor pleiteia a transferência do veículo de sua propriedade - recusa da autarquia, que cobra por taxas já efetivamente pagas - condenação do DETRAN à devolução dos valores cobrados a maior e à fixação de danos morais - Recurso procedente."

No tocante à reparação pelo dano material, verifica-se que a conduta do réu ocasionou prejuízo direto ao autor, que arcou com despesas indevidas para liberação do veículo, além da necessidade de reparos pelos danos físicos constatados no bem.

Dispositivo

Ante o exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, voto pela procedência parcial do pedido para:

  1. Condenar o réu, Departamento Estadual de Trânsito do Estado do Pará (DETRAN-PA), ao ressarcimento do valor pago indevidamente pelo autor para a retirada do veículo, devidamente corrigido;
  2. Condenar o réu ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), considerando a gravidade da conduta e os abalos emocionais sofridos pelo autor;
  3. Condenar o réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85, §2º, do Código de Processo Civil.

Por fim, determino que seja expedida intimação para cumprimento desta decisão no prazo legal.

É como voto.

Conclusão

Diante do exposto, encaminha-se a presente decisão para apreciação do colegiado, caso necessário, ou para cumprimento imediato nos termos ora decididos.

___________________________
Nome do Magistrado
Juiz de Direito


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