Modelo de Impugnação à Avaliação de Imóvel em Inventário com Pedido de Nova Perícia e Suspensão de Alienação

Publicado em: 18/12/2023 Processo Civil Sucessão
Petição intermediária apresentada em processo de inventário para impugnar avaliação desatualizada de imóvel pertencente ao espólio. Fundamentada no CPC/2015, art. 870, e na necessidade de garantir a justa partilha dos bens, a peça jurídica requer a realização de nova avaliação por perito judicial, suspensão da alienação do imóvel até a conclusão da perícia e condenação do espólio ao pagamento das custas, caso constatada a desatualização. Inclui jurisprudências relevantes e pedidos de produção de provas.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE __________

Processo nº: [Número do Processo]

Requerente: [Nome do Requerente]

Requerido: [Nome do Requerido]

Petição Intermediária

[Nome do Requerente], já qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado, com fundamento no CPC/2015, art. 870, apresentar a presente IMPUGNAÇÃO À AVALIAÇÃO DE IMÓVEL, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

Dos Fatos

O presente inventário encontra-se em andamento, sendo que, recentemente, foi realizada a avaliação de um imóvel pertencente ao espólio, com o objetivo de alienação. Contudo, o valor atribuído ao bem pelo Oficial de Justiça é exatamente o mesmo que havia sido fixado há quatro anos, quando da primeira avaliação.

O requerente, agora maior de idade, não concorda com o valor atribuído, pois entende que o mercado imobiliário sofreu alterações significativas nesse período, o que torna a avaliação desatualizada e incompatível com o valor real de mercado do bem.

Diante disso, busca-se a realização de nova avaliação do imóvel, de modo a garantir a justa partilha dos bens e a proteção dos interesses de todos os herdeiros.

Do Direito

O CPC/2015, art. 870, estabelece que a avaliação de bens deve ser realizada por perito nomeado pelo juízo, especialmente quando há necessidade de conhecimento técnico especializado. No caso em tela, a avaliação realizada há quatro anos não reflete o atual valor de mercado do imóvel, sendo imprescindível a realização de nova perícia.

Além disso, o princípio da isonomia e o direito à justa partilha dos bens do espólio exigem que os valores atribuídos aos bens sejam condizentes com a realidade, evitando prejuízos a qualquer uma das partes envolvidas no inventário.

Conforme a doutrina, a avaliação de bens em processos de inventário deve ser atualizada sempre que houve"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de impugnação apresentada pelo requerente à avaliação de imóvel pertencente ao espólio no processo de inventário em curso. Alega o impugnante que a avaliação realizada há quatro anos se encontra desatualizada, não refletindo o atual valor de mercado do bem. Requer, portanto, a realização de nova avaliação pericial.

Fundamentação

Nos termos do artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal de 1988, é dever do magistrado fundamentar todas as suas decisões. Neste caso, a análise recai sobre a necessidade de realização de nova avaliação de imóvel no curso de inventário, conforme pleiteado pelo requerente.

Dos Fatos

O imóvel avaliado integra o espólio objeto do presente inventário. A avaliação realizada há quatro anos atribuiu valor fixado pelo Oficial de Justiça, o qual, segundo o requerente, não corresponde à realidade do mercado atual em razão de mudanças significativas nos preços do setor imobiliário.

Com base nisso, sustenta-se que a manutenção da avaliação anterior pode causar prejuízos à justa partilha do patrimônio entre os herdeiros.

Do Direito

O Código de Processo Civil de 2015, em seu artigo 870, prevê a possibilidade de realização de avaliação pericial em casos que demandem conhecimento técnico especializado. Quando constatada a desatualização do valor atribuído, é dever do juízo determinar nova avaliação, como medida de garantia à equidade no processo de partilha.

Além disso, o princípio da isonomia, consagrado pelo artigo 5º da Constituição Federal, exige que todos os herdeiros tenham seus direitos resguardados, o que inclui a justa partilha dos bens do espólio com base em valores atualizados e condizentes com o mercado.

A jurisprudência dos tribunais superiores reforça esse entendimento, determinando que a avaliação de bens desatualizados seja revista para evitar prejuízos às partes. Exemplos disso são os seguintes precedentes:

  • TJSP (4ª Câmara de Direito Privado) - Agravo de Instrumento Acórdão/TJSP: "A nova avaliação do imóvel é imprescindível para a correta partilha dos bens. O inventariante deve observar as orientações do Ministério Público quanto à divisão da cota parte do imóvel."
  • TJSP (15ª Câmara de Direito Privado) - Agravo de Instrumento Acórdão/TJSP: "A avaliação de imóveis penhorados, quando impugnada e diante da necessidade de conhecimento técnico especializado, deve ser realizada por perito nomeado pelo juízo, nos termos do art. 870, parágrafo único, do CPC."

Conclusão

Diante do exposto, verifica-se que a avaliação realizada há quatro anos encontra-se desatualizada em relação ao mercado imobiliário atual, o que pode comprometer a justa partilha dos bens do espólio. Assim, a realização de nova avaliação pericial é medida necessária para assegurar os princípios constitucionais da isonomia e da justiça.

Dispositivo

Com fundamento no artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal, julgo procedente o pedido de impugnação apresentado pelo requerente, determinando a realização de nova avaliação do imóvel por perito judicial, nos termos do artigo 870 do CPC/2015.

Determino, ainda, a suspensão de qualquer ato de alienação do imóvel até a conclusão da nova avaliação, garantindo a lisura do processo de partilha.

Condeno o espólio ao pagamento das custas da nova avaliação, caso seja constatada a desatualização do valor anteriormente atribuído.

Publique-se. Intimem-se.

[Local], [Data]

______________________________
[Nome do Magistrado]
Juiz de Direito


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