Modelo de Ação de Reparação de Danos Morais e Materiais por Ato Ilícito de Servidor Público: Responsabilidade Objetiva do Município

Publicado em: 16/06/2023 AdministrativoCivelConstitucional
Petição inicial de ação de reparação de danos morais e materiais proposta por servidor público em face de município, fundamentada no art. 37, §6º, da Constituição Federal e nos arts. 186 e 927 do Código Civil. O autor alega prejuízo decorrente de ato ilícito praticado por servidor público, que resultou na suspensão indevida de seu salário e afastamento das funções. A peça aborda os princípios de responsabilidade objetiva da Administração Pública, segurança jurídica e confiança, além de apresentar pedidos de indenização pelos danos sofridos, custas processuais e audiência de conciliação.

PETIÇÃO INICIAL

AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANO MORAL E MATERIAL POR ATO ILÍCITO DE SERVIDOR PÚBLICO

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de _____________.

A. J. dos S., brasileiro, casado, advogado, inscrito no CPF sob o nº __________ e RG nº __________, residente e domiciliado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado infra-assinado, com fundamento no art. 37, §6º, da CF/88, bem como nos arts. 186 e 927 do CCB/2002, propor a presente:

AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANO MORAL E MATERIAL

em face de Município de __________, pessoa jurídica de direito público interno, inscrito no CNPJ sob o nº __________, com sede na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O autor, servidor público municipal, sofreu grave prejuízo moral e material em decorrência de ato ilícito praticado por servidor público vinculado ao réu. Em ___/___/____, o autor foi vítima de um erro administrativo que resultou na indevida suspensão de seu salário e no afastamento de suas funções, sob a alegação de irregularidade em sua nomeação para o cargo público que ocupa.

Após a apuração dos fatos, constatou-se que a suspensão foi indevida, tendo sido causada por negligência do servidor responsável pelo setor de recursos humanos do réu. Tal conduta resultou em danos materiais, decorrentes da ausência de remuneração durante o período de afastamento, e danos morais, em virtude do abalo psicológico e da humilhação sofrida pelo autor perante seus colegas e familiares.

DO DIREITO

A Constituição Federal, em seu art. 37, §6º, estabelece que as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros. Trata-se de responsabilidade objetiva, que independe da comprovação de culpa do agente público, bastando a demonstração do nexo causal entre o ato ilícito e o dano sofrido.

No caso em tela, a conduta negligente do servidor público vinculado ao réu causou prejuízos ao autor, configurando ato ilícito nos termos do art. 186 do CCB/2002. Ademais, o art. 927 do mesmo diploma legal reforça a obrigação de reparar o dano causado.

A doutrina é pacífica ao reconhecer que a Administração Pública deve observar os princípios da confiança e da segurança jurídica na prática de seus atos, sob pena de respons"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito

1. Introdução

Trata-se de uma ação de reparação de dano moral e material, proposta por A. J. dos S., servidor público municipal, em face do Município de __________. A demanda decorre de ato ilícito praticado por servidor público vinculado ao município, que resultou em prejuízos financeiros e psicológicos para o autor.

2. Dos Fatos

No dia ___/___/____, o autor foi surpreendido com a suspensão indevida de seu salário e o afastamento de suas funções no serviço público municipal. A justificativa apresentada pelo ente público foi a suposta irregularidade em sua nomeação para o cargo que ocupa.

Após apuração administrativa, ficou constatado que a suspensão foi motivada por erro administrativo, causado pela negligência do servidor responsável pelo setor de recursos humanos do município. Durante o período de afastamento, o autor enfrentou dificuldades financeiras devido à ausência de remuneração e sofreu abalo psicológico e humilhações perante colegas e familiares.

3. Dos Fundamentos Jurídicos

A Constituição Federal, em seu art. 37, §6º, estabelece a responsabilidade objetiva da Administração Pública pelos danos causados por seus agentes, independentemente de dolo ou culpa, bastando a comprovação do nexo causal entre o ato ilícito e o dano sofrido.

Na mesma linha, o Código Civil Brasileiro, em seus artigos 186 e 927, dispõe sobre a obrigação de reparar danos decorrentes de atos ilícitos. Nesse caso, a negligência do servidor público responsável configura ato ilícito, uma vez que violou os princípios da confiança e da segurança jurídica que regem a atuação administrativa.

A doutrina e a jurisprudência reforçam o entendimento de que a Administração Pública deve responder por atos de seus agentes quando estes causam prejuízo a terceiros. O autor, portanto, faz jus à reparação dos danos materiais e morais sofridos.

4. Precedentes Jurisprudenciais

A jurisprudência brasileira confirma a responsabilidade objetiva da Administração Pública em situações similares, como demonstram os seguintes julgados:

  • TJSP (3ª Câmara de Direito Público) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "Responsabilidade objetiva. Serviço público. Aplicação ao caso do art. 37, §6º, da CF/88. Contexto probatório do qual se confere a efetiva ocorrência dos alegados danos morais, cuja indenização foi fixada em montante adequado. Danos materiais igualmente comprovados."
  • TJSP (28ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "Dano moral. Ocorrência. Situação vivenciada pelo autor ultrapassa o simples aborrecimento, dissabor ou mero descumprimento contratual. Tal situação ofende os direitos da personalidade do autor, que tinha legítima expectativa de que a Administração Pública agiria com diligência e boa-fé."

5. Conclusão

Diante dos fatos apresentados e dos fundamentos jurídicos expostos, resta evidente o direito do autor à reparação pelos danos materiais e morais sofridos devido ao ato ilícito praticado por servidor público vinculado ao réu. O erro administrativo, fruto de negligência, causou prejuízos financeiros e psicológicos, configurando clara violação aos direitos do autor.


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