Modelo de Ação de Cobrança de Aluguéis Relativos à Copropriedade de Imóvel com Base no Código Civil

Publicado em: 19/03/2024 Civel
Petição inicial de Ação de Cobrança de Aluguéis, proposta por coproprietária de imóvel, visando o recebimento de 30% dos valores relativos aos aluguéis do bem comum, locado sem sua anuência desde 2015. Fundamentada nos artigos 1.314, 1.319, 422 e 884 do Código Civil, a ação alega violação do princípio da boa-fé objetiva e enriquecimento sem causa por parte dos demais coproprietários. Inclui jurisprudências relevantes e requer citação dos réus, pagamento dos valores devidos acrescidos de correção monetária e juros de mora, além de custas processuais e honorários advocatícios.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________

Processo nº __________

PREÂMBULO

A. F. de S., brasileira, estado civil __________, profissão __________, portadora do CPF nº __________ e RG nº __________, residente e domiciliada na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, endereço eletrônico __________, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com escritório profissional localizado na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente:

AÇÃO DE COBRANÇA DE ALUGUÉIS

Em face de B. F. de S. e C. M. de S., brasileiros, estado civil __________, profissão __________, portadores do CPF nº __________ e RG nº __________, residentes e domiciliados na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, endereço eletrônico __________, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

A Autora adquiriu, em 2010, 30% de um imóvel localizado na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, em decorrência de execução de alimentos contra seu ex-marido. À época, o imóvel era ocupado pela irmã do ex-marido, S. F. de S., pessoa com deficiência, que residia no local sem qualquer cobrança de aluguel pela Autora.

Em 2015, a referida irmã veio a falecer. Contudo, a Autora não foi comunicada sobre o ocorrido, e os demais coproprietários do imóvel, B. F. de S. e C. M. de S., passaram a alugar o imóvel a terceiros, apropriando-se integralmente dos valores recebidos, sem repassar à Autora sua parte de direito, correspondente a 30% do valor dos aluguéis.

Até a presente data, o inventário da falecida S. F. de S. não foi encerrado, mas tal fato não impede o exercício do direito da Autora de cobrar os valores devidos a título de aluguéis, considerando que o imóvel foi locado sem sua autorização e sem que ela recebesse qualquer contraprestação.

DO DIREITO

A Autora é coproprietária do imóvel em questão, com direito a 30% do bem, conforme disposto no CCB/2002, art. 1.314, que assegura a cada condômino o direito de fruir e dispor da coisa comum, bem como de exigir a sua parte nos frutos e rendimentos.

A locação do imóvel pelos demais coproprietários, sem a anuência da Autora, configura violação ao princípio da boa-fé objetiva, previsto no CCB/2002, art. 422. Ademais, a retenção integral dos valores recebidos a título de aluguel caracteriza enriquecimento sem causa, vedado pelo CCB/2002, art. 884.

O direito da Autora de cobrar os aluguéis devidos encontra respaldo no "'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Em análise aos autos do processo nº __________, foi proposta pela parte autora, A. F. de S., a presente Ação de Cobrança de Aluguéis, em face de B. F. de S. e C. M. de S., com base na alegação de que os réus, na condição de coproprietários de um imóvel, locaram o bem a terceiros, sem a devida anuência da autora, e se apropriaram integralmente dos aluguéis, deixando de repassar à autora sua parte de direito correspondente a 30% do valor arrecadado.

Dos Fatos

Consta nos autos que a autora adquiriu 30% do imóvel localizado na Rua __________, nº __________, em decorrência de execução de alimentos em 2010. Após o falecimento de S. F. de S. (ocupante do imóvel), os réus passaram a alugar o imóvel a terceiros, apropriando-se integralmente dos valores recebidos. Até o momento, os réus não repassaram à autora os valores correspondentes à sua cota-parte.

Da Fundamentação Jurídica

A análise dos autos revela que a autora é coproprietária do imóvel, com direito assegurado a 30% dos frutos e rendimentos do bem, como disposto no art. 1.314 do Código Civil. A locação do imóvel pelos réus, sem a anuência da autora, configura violação ao princípio da boa-fé objetiva, conforme o art. 422 do Código Civil, e caracteriza enriquecimento sem causa, vedado pelo art. 884 do Código Civil.

Ademais, o art. 1.319 do Código Civil assegura ao condômino o direito de exigir sua parte nos frutos e rendimentos da coisa comum. Sendo assim, a autora faz jus ao recebimento de 30% do valor total dos aluguéis desde 2015, acrescidos de correção monetária e juros de mora.

O entendimento jurisprudencial também ampara a pretensão da autora. Decisões como a proferida no âmbito do TJSP (Apelação Cível Acórdão/TJSP) reconhecem o direito do coproprietário de receber sua parte nos frutos do bem comum, mesmo quando explorado exclusivamente por outro condômino.

Conclusão

Diante do exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, que assegura a necessidade de motivação das decisões judiciais, julgo procedente o pedido da autora, para:

  1. Condenar os réus ao pagamento dos valores devidos à autora, correspondentes a 30% do total dos aluguéis recebidos desde 2015, acrescidos de correção monetária e juros de mora;
  2. Condenar os réus ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85 do CPC/2015.

Assim sendo, conheço do recurso interposto e dou-lhe provimento, para reformar a decisão de origem e acolher a pretensão autoral, determinando o cumprimento das obrigações acima descritas.

__________, ___ de __________ de 20___.

_______________________________________
Magistrado
Vara Cível da Comarca de __________


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