Modelo de Agravo de Instrumento contra Decisão que Indeferiu Tutela de Urgência em Ação de Extinção de Condomínio

Publicado em: 07/04/2025 CivelProcesso Civil
Recurso de Agravo de Instrumento interposto por herdeiro coproprietário de imóvel, impugnando decisão interlocutória que indeferiu pedido de tutela de urgência para garantir o direito de copropriedade e acesso ao bem comum. A decisão agravada desconsiderou prova inequívoca do impedimento judicial, fundamentado na existência de medida protetiva, comprometendo o exercício de direitos constitucionais e legais previstos no CPC/2015 e no Código Civil. O recurso aborda aspectos do direito de propriedade, urgência da medida e princípios constitucionais.

AGRAVO DE INSTRUMENTO

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina.

J. G. C., brasileiro, solteiro, profissão não informada, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Rua XXX, nº XXX, Bairro XXX, Município de XXX, Estado de XXX, endereço eletrônico: [email protected], por seu advogado infra-assinado (instrumento de mandato anexo), com escritório profissional situado na Rua XXX, nº XXX, Bairro XXX, Município de XXX, Estado de XXX, endereço eletrônico: [email protected], vem, respeitosamente, interpor o presente

AGRAVO DE INSTRUMENTO

com fulcro no CPC/2015, art. 1.015, inciso I, contra a respeitável decisão interlocutória proferida nos autos da Ação de Extinção de Condomínio com Pedido de Tutela Provisória, processo nº 5001120-87.2025.8.24.0061, em trâmite perante o Juízo da Vara Cível da Comarca de São Francisco do Sul/SC, que indeferiu o pedido de tutela de urgência formulado pelo ora agravante, pelas razões de fato e de direito que passa a expor.

DOS FATOS

O agravante ajuizou Ação de Extinção de Condomínio com Pedido de Tutela Provisória, processo nº 5001120-87.2025.8.24.0061, em face de sua mãe, M. C., e de seu irmão, M. C. J., com o objetivo de promover a extinção do condomínio sobre o imóvel situado na Comarca de São Francisco do Sul/SC, herdado de seu pai, J. B. C. F..

No referido imóvel residem a meeira M. C. e o coproprietário M. C. J.. O agravante, também herdeiro, vem sendo impedido de exercer seu direito de copropriedade e de habitação no imóvel, inclusive tendo sido alvo de medida protetiva ajuizada por sua genitora, nos autos nº 5001773-26.2024.8.24.0061, chave 905810591824, que lhe impede de se aproximar da residência.

Diante disso, requereu tutela de urgência para garantir o exercício de seu direito de copropriedade e acesso ao imóvel, o que foi indeferido sob o argumento de ausência de prova do impedimento e da urgência da medida.

DO DIREITO

A decisão agravada incorre em equívoco ao afirmar que não há prova do impedimento do agravante de exercer seu direito de copropriedade e de habitação no imóvel. A existência da medida protetiva deferida em favor da meeira é prova cabal de que o agravante está legalmente impedido de se aproximar do bem comum, o que configura, por si só, o periculum in mora e a probabilidade do direito, nos termos do CPC/2015, art. 300.

O direito do agravante decorre da sua qualidade de herdeiro, reconhecida judicialmente no inventário de J. B. C. F., e da copropriedade do imóvel, cuja extinção é objeto da presente ação. O impedimento de acesso ao bem comum, por força de decisão judicial em processo de medida protetiva, configura violação ao direito de propriedade e à sua fruição, garantido pelo CCB/2002, art. 1.228.

A urgência da medida decorre do fato de que o agravante encontra-se impedido de exercer seu direito de "'>...

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Informações complementares

Aqui está a simulação do voto do magistrado, redigida em formato HTML, com base no documento jurídico fornecido:

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Excelentíssimo Senhor Presidente, eminentes colegas, trata-se de Agravo de Instrumento interposto por J. G. C. contra a decisão interlocutória proferida nos autos da Ação de Extinção de Condomínio com Pedido de Tutela Provisória (processo nº 5001120-87.2025.8.24.0061), que indeferiu a tutela de urgência pleiteada pelo agravante.

Dos Fatos

O agravante, coproprietário do imóvel situado na Comarca de São Francisco do Sul/SC, vem sendo impedido de exercer seu direito de copropriedade e de habitação no imóvel, em razão de medida protetiva ajuizada por sua genitora, M. C.. A tutela de urgência foi requerida para garantir o exercício deste direito, sendo indeferida na origem sob o fundamento de ausência de prova do impedimento e da urgência da medida.

Da Fundamentação Jurídica

A CF/88, art. 93, inciso IX, estabelece que todas as decisões judiciais devem ser fundamentadas, sob pena de nulidade. Neste sentido, passo a analisar os fatos e o direito aplicável ao presente caso.

O direito à propriedade está consagrado na CF/88, art. 5º, inciso XXII e encontra proteção no CCB/2002, art. 1.228, que garante ao proprietário o pleno exercício de seus direitos sobre o bem. No caso em análise, a existência de medida protetiva que impede o agravante de acessar o imóvel comum configura violação ao direito de propriedade e à sua fruição.

Para concessão da tutela de urgência, conforme disposto no CPC/2015, art. 300, é necessário que estejam presentes os requisitos da probabilidade do direito e do periculum in mora. A probabilidade do direito do agravante está evidenciada pela sua condição de coproprietário do imóvel, enquanto o risco de dano irreparável ou de difícil reparação decorre do impedimento de acesso ao bem comum, que compromete o resultado útil do processo.

Ademais, deve-se observar o princípio da proporcionalidade, previsto na CF/88, art. 1º, inciso III, que assegura a dignidade da pessoa humana. Negar ao agravante o exercício de seu direito de copropriedade, mesmo diante de prova inequívoca do impedimento, viola este princípio constitucional.

Da Jurisprudência

A jurisprudência pátria tem reconhecido a relevância da proteção ao direito de copropriedade, especialmente em situações que envolvam risco de dano irreparável. Cito como exemplo:

  • TJRJ - AGRAVO DE INSTRUMENTO 0056341-41.2023.8.19.0000: \"...o direito em conflito deve ser sopesado... Recurso parcialmente provido.\"
  • TJSP - AGRAVO DE INSTRUMENTO Acórdão/TJSP: \"...o perigo de dano é evidenciado... Recurso provido.\"

A análise conjunta das decisões mencionadas reforça o entendimento de que o direito de propriedade deve ser garantido sempre que comprovados os requisitos legais para sua tutela.

Da Decisão

Diante do exposto, voto no sentido de dar provimento ao Agravo de Instrumento interposto por J. G. C., reformando a decisão agravada para deferir a tutela de urgência pleiteada na origem, nos seguintes termos:

  1. Garantir ao agravante o exercício de seu direito de copropriedade e acesso ao imóvel, ou, subsidiariamente, suspender os efeitos da medida protetiva no que tange ao imóvel comum até decisão final.
  2. Determinar o retorno dos autos à origem para prosseguimento regular da Ação de Extinção de Condomínio.

Ressalto que a presente decisão visa assegurar o pleno exercício do direito de propriedade, sem prejuízo de posterior análise do mérito da ação principal.

Conclusão

Assim, conheço do recurso e voto pelo seu provimento, determinando a reforma da decisão agravada para garantir a tutela de urgência requerida.

É como voto.

Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina, ___ de ___________ de 2025.

_______________________________________
Desembargador Relator

Essa simulação de voto foi elaborada com base nos elementos do documento jurídico fornecido, seguindo a estrutura de um voto fundamentado, com análise dos fatos, direito aplicável, jurisprudência relevante e decisão final.


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