Modelo de Ação de Cobrança de Aluguéis: Proposta por Coproprietária contra Herdeira por Enriquecimento Indevido e Violação de Direitos de Propriedade

Publicado em: 01/07/2024 Civel Sucessão
A presente ação de cobrança de aluguéis foi proposta por A. B. de C., coproprietária de um imóvel, em face de C. D. de E., herdeira, devido à locação não autorizada do bem comum e à apropriação indevida dos valores dos aluguéis sem o repasse proporcional à autora. A peça fundamenta-se na violação do art. 1.319, art. 884 e art. 582 do Código Civil, que garantem o direito aos frutos e rendimentos da coisa comum, e busca a reparação pelos valores devidos, acrescidos de correção monetária e juros, além de honorários advocatícios e outras medidas judiciais cabíveis. A ação destaca a omissão da requerida em prestar contas e o enriquecimento sem causa, configurando a prática ilícita.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________

Processo nº __________

PREÂMBULO

A. B. de C., brasileira, solteira, profissão, portadora do RG nº __________ e inscrita no CPF/MF sob o nº __________, residente e domiciliada na __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, por intermédio de seu advogado, conforme instrumento de mandato anexo, com escritório profissional situado na __________, onde recebe intimações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente

AÇÃO DE COBRANÇA DE ALUGUÉIS

em face de C. D. de E., brasileira, estado civil, profissão, portadora do RG nº __________ e inscrita no CPF/MF sob o nº __________, residente e domiciliada na __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

A autora é coproprietária de um imóvel localizado na __________, adquirido em conjunto com suas duas irmãs, E. F. de G. (já falecida) e H. I. de J.. Após o falecimento de E. F. de G., sua cota-parte foi herdada por H. I. de J. e seu irmão, K. L. de M..

A falecida E. F. de G. residia no imóvel com a permissão das demais coproprietárias, sem pagar aluguel, em razão de sua condição de saúde debilitada e incapacidade para o trabalho. Após o falecimento de E. F. de G., H. I. de J. e K. L. de M. alugaram o imóvel a terceiros, sem comunicar a autora e sem repassar a ela qualquer valor referente à sua cota-parte nos aluguéis recebidos.

Posteriormente, K. L. de M. também veio a falecer, e sua filha, C. D. de E., assumiu sua posição como herdeira. Contudo, a requerida continuou a locar o imóvel, sem prestar contas ou repassar à autora qualquer valor referente aos aluguéis.

Apenas com a conclusão do inventário, há quatro dias, a autora tomou ciência das irregularidades cometidas pelas rés, que, de forma fraudulenta, ocultaram informações e se apropriaram indevidamente dos valores devidos à autora. Diante disso, busca-se a reparação pelos danos sofridos e o pagamento dos valores devidos a título de aluguéis.

DO DIREITO

A conduta da requerida configura violação ao direito de copropriedade da autora, conforme disposto no CCB/2002, art. 1.319, que estabelece que cada condômino tem direito a receber os frutos e rendimentos da coisa comum, na proporção de sua parte.

Ademais, a omissão da requerida em prestar contas e repassar os valores devidos caracteriza enriquecimento sem causa, vedado pelo CCB/2002, art. 884. A autora tem direito a ser ressarcida pelos aluguéis recebidos pela requerida desde o início da locação do imóvel, conforme entendimento con"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de ação de cobrança de aluguéis proposta por A. B. de C. em face de C. D. de E., alegando que, enquanto coproprietária de imóvel alugado pela ré, não recebeu os valores devidos a título de aluguéis, conforme estipulado na legislação vigente. A autora aponta enriquecimento ilícito da ré, com base no Código Civil Brasileiro (CCB/2002) e requer a condenação ao pagamento dos valores, acrescidos de correção monetária e juros legais.

Fundamentação

Dos Fatos

Conforme os autos, a autora é coproprietária do imóvel objeto da presente demanda, adquirido em regime de condomínio juntamente com suas irmãs. Após o falecimento de uma das coproprietárias, e consequente transferência de sua cota-parte ao irmão da autora, este passou a alugar o imóvel, sem repassar à autora sua cota-parte dos aluguéis. Com o falecimento do irmão, a requerida, na qualidade de herdeira, continuou a locar o imóvel, sem prestar contas à autora ou repassar os valores devidos. Esses fatos são corroborados pelos documentos apresentados nos autos.

Do Direito

O direito da autora encontra amparo no art. 1.319 do Código Civil, que estabelece que os frutos e rendimentos da coisa comum devem ser repartidos entre os coproprietários, proporcionalmente às suas cotas. A omissão da ré em repassar os valores devidos configura enriquecimento sem causa, vedado pelo art. 884 do Código Civil.

A jurisprudência consolidada também reconhece o direito do coproprietário de ser ressarcido pelos frutos civis, incluindo aluguéis. Nesse sentido, destaca-se a aplicação do art. 582 do Código Civil, que assegura a divisão proporcional dos frutos civis entre os coproprietários. A retenção injustificada dos valores pela ré implica em ato ilícito, ensejando a reparação devida.

Jurisprudência

Destaco os seguintes precedentes jurisprudenciais:

  • “Ação de cobrança”: Reclamada exploração do imóvel comum. Exigido pagamento de parte dos aluguéis recebidos pelo condômino. Impossibilidade de enriquecimento sem causa. (TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP, Rel. Des. Donegá Morandini, J. em 17/07/2024).
  • “Posse - Comodato verbal - Esbulho - Aluguéis”: Autores que têm direito de receber os aluguéis mensais do imóvel, a partir da notificação extrajudicial - Inteligência do art. 582 do CC. (TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP, Rel. Des. João Antunes, J. em 10/10/2024).

Princípios Constitucionais

Nos termos do art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, a decisão judicial deve ser fundamentada. A presente demanda observa o princípio da vedação ao enriquecimento sem causa, além de assegurar o direito à propriedade e ao devido processo legal, consagrados na Constituição Federal.

Voto

Diante do exposto, considerando os fatos apresentados, os fundamentos legais e constitucionais, bem como a jurisprudência consolidada, voto pela procedência do pedido formulado pela autora para:

  1. Condenar a ré ao pagamento dos valores devidos a título de aluguéis, desde o início da locação, acrescidos de juros legais e correção monetária;
  2. Condenar a ré ao pagamento de honorários advocatícios, nos termos do art. 85 do CPC/2015;
  3. Determinar a produção de provas, caso necessário, para a apuração exata dos valores devidos.

Com base no princípio da celeridade e eficiência, entendo desnecessária a designação de audiência de conciliação, devendo o processo seguir para liquidação e execução do julgado, caso não haja recurso.

É como voto.

Conclusão

Assim, julgo procedente o pedido formulado pela autora, nos termos acima expostos.

__________, ___ de __________ de 20__.

___________________________________
Magistrado
Vara Cível da Comarca de __________


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