Modelo de Pedido de Relaxamento de Prisão Fundado em Ilegalidade da Prisão em Flagrante e Falta de Requisitos para Custódia Cautelar

Publicado em: 10/06/2023 Direito Penal
Petição direcionada ao Juiz de Direito da Vara Criminal competente, fundamentada nos artigos 5º, LXV, da Constituição Federal e 310, I, do Código de Processo Penal, requerendo o relaxamento de prisão por flagrante ilegalidade. O documento destaca a ausência de requisitos legais para manutenção da prisão, a inexistência de conversão em prisão preventiva ou fundamentação adequada, além de reforçar que a prisão cautelar deve ser medida excepcional. Apresenta jurisprudências relevantes e solicita, subsidiariamente, a concessão de liberdade provisória com medidas cautelares diversas.

PEDIDO DE RELAXAMENTO DE PRISÃO

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Criminal da Comarca de ____________.

Nome do Requerente: (qualificação completa: nome, estado civil, profissão, CPF, endereço eletrônico, domicílio e residência).

Nome do Advogado: (qualificação completa: nome, número da OAB, endereço profissional, endereço eletrônico).

Com fundamento no artigo 5º, LXV, da Constituição Federal de 1988 (CF/88) e no artigo 310, I, do Código de Processo Penal (CPP), vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência requerer o RELAXAMENTO DE PRISÃO, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O requerente foi preso em flagrante no dia ___/___/____, sob a acusação de ____________. A prisão foi realizada sob circunstâncias que, conforme se demonstrará, não atendem aos requisitos legais para sua manutenção, configurando flagrante ilegalidade.

Durante a audiência de custódia, realizada em ___/___/____, não foram analisados os pedidos defensivos ou a legalidade da prisão, conforme exige o devido processo legal. Ademais, a prisão em flagrante não foi convertida em prisão preventiva, tampouco foram apresentados fundamentos que justifiquem a manutenção da custódia cautelar.

Diante disso, torna-se imperativo o relaxamento da prisão, em respeito ao ordenamento jurídico e aos direitos fundamentais do requerente.

DO DIREITO

A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5º, inciso LXV, estabelece que "a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária". Tal dispositivo consagra o princípio da legalidade, que exige que toda e qualquer prisão seja devidamente fundamentada e amparada nos requisitos legais.

No mesmo sentido, o artigo 310, inciso I, do CPP, determina que, ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá relaxar a prisão se verificar sua ilegalidade. No presente caso, a ausência de análise da legalidade da prisão em flagrante e a inexistência de fundamentos para a conversão em prisão preventiva configuram flagrante ilegalidade, ensejando o relaxamento da prisão.

A doutrina é uníssona ao afirmar que a prisão cautelar deve ser medida excepcional, somente cabível quando presentes os requisitos do artigo 312 do CPP, quais sejam, o "fumus comissi delicti" e o "periculum libertatis". No caso em tela, tais requisitos não estão presentes, tornando a prisão ilegal.

Além disso, o sistema acusatório, consagrado no artigo 282, §§ 2º e 4º, e no artigo 311 do CPP, veda a decretação de prisão preventiva de ofício pelo juiz, reforçando a necessidade de equilíbrio entre as partes e a imparcialidade do magistrado. A manutenção da prisão do requerente, sem requerimento do Ministério Público ou representação da autoridade policial"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito

Resumo dos Fatos

O requerente foi preso em flagrante no dia ___/___/____, sob acusação de ____________. Durante a audiência de custódia, realizada em ___/___/____, não houve análise adequada da legalidade da prisão ou consideração dos pedidos da defesa, violando o devido processo legal. Além disso, a prisão em flagrante não foi convertida em prisão preventiva, e não foram apresentados fundamentos que justificassem a manutenção da custódia cautelar.

A ilegalidade da prisão é evidente, já que não houve observância aos requisitos legais para sua continuidade, como a ausência de análise de elementos que justifiquem o "fumus comissi delicti" e o "periculum libertatis". Assim, busca-se o relaxamento da prisão para garantir o respeito ao ordenamento jurídico e aos direitos fundamentais.

Fundamentos Legais

A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5º, inciso LXV, estabelece que "a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária". Este preceito consagra o princípio da legalidade, exigindo que toda prisão tenha fundamento nos requisitos legais.

De acordo com o artigo 310, inciso I, do Código de Processo Penal (CPP), ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deve relaxar a prisão caso identifique sua ilegalidade. No caso em questão, a audiência de custódia não analisou adequadamente a legalidade da prisão, tampouco houve conversão em prisão preventiva, o que configura flagrante ilegalidade.

O artigo 312 do CPP estabelece que a prisão cautelar deve ser excepcional, apenas cabível quando presentes o "fumus comissi delicti" (indícios suficientes de autoria e materialidade) e o "periculum libertatis" (perigo que a liberdade do agente representa). Nenhum desses elementos está presente no caso concreto, tornando a manutenção da custódia ilegal.

Ademais, o sistema acusatório consagrado no CPP impede que o juiz decrete prisão preventiva de ofício, conforme os artigos 282, §§ 2º e 4º, e 311 do CPP. A manutenção da prisão sem requerimento do Ministério Público ou representação da autoridade policial viola diretamente esse princípio.

Jurisprudências

A jurisprudência nacional reafirma a necessidade de respeito aos requisitos legais para manutenção de prisões cautelares:

  • TJSP (9ª Câmara de Direito Criminal) - HC Acórdão/TJSP - Campinas: "Não sendo possível inferir periculosidade do agente, não cabe outra decisão que não o relaxamento da prisão."
  • TJSP (13ª Câmara de Direito Criminal) - HC Acórdão/TJSP - Guarulhos: "Habeas corpus. Prisão preventiva decretada de ofício. Ausência de contemporaneidade da prisão cautelar. Constrangimento ilegal evidenciado. Ordem concedida."
  • TJSP (11ª Câmara de Direito Criminal) - HC Acórdão/TJSP - Itanhaém: "Concessão de liberdade provisória ao considerar a ausência de requisitos autorizadores da prisão preventiva."

Pedidos

Com base nos fatos e fundamentos apresentados, requer-se:

  1. O relaxamento da prisão, nos termos do artigo 5º, LXV, da Constituição Federal, e do artigo 310, I, do CPP;
  2. Subsidiariamente, a concessão de liberdade provisória mediante aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, conforme o artigo 319 do CPP;
  3. Intimação do Ministério Público para manifestação sobre o caso;
  4. Realização de audiência de custódia para análise da legalidade da prisão, caso ainda não tenha ocorrido;
  5. A juntada de documentos que comprovem a ausência de requisitos para a manutenção da prisão cautelar.

Conclusão

Diante da flagrante ilegalidade da prisão e da ausência de fundamentos para sua manutenção, é imperativo o relaxamento da prisão para garantir o respeito à Constituição Federal e ao Código de Processo Penal.


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