Modelo de Petição: Reclamação Trabalhista por Dispensa em Virtude de Aposentadoria Compulsória de Empregado Celetista

Publicado em: 22/03/2024 Trabalhista
Este documento oferece um modelo de petição para reclamação trabalhista, contestando a dispensa de um empregado celetista por aposentadoria compulsória aos 70 anos, após 13 anos de serviço. O modelo aborda os direitos às verbas rescisórias como em uma dispensa sem justa causa, excluindo o FGTS e a multa de 40%, com base no direito trabalhista brasileiro.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA ___ VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE [INSERIR LOCALIDADE]

Qualificação

[FULANO DE TAL], [nacionalidade], [estado civil], [profissão], portador da CTPS nº [número da CTPS] Série [número da série], PIS nº [número do PIS], residente e domiciliado à [endereço completo], por seu advogado que esta subscreve (procuração anexa - Doc. 01), com escritório profissional situado à [endereço do escritório], onde recebe notificações e intimações, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, propor

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

em face de [NOME DA EMPRESA], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [número], com sede à [endereço completo], pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.

Dos Fatos

O Reclamante foi admitido pela empresa Reclamada em [data de admissão], exercendo a função de [inserir função], até sua dispensa em [data da dispensa], quando contava com 70 anos de idade, após 13 anos de dedicação exclusiva à empresa.

A dispensa ocorreu sob a justificativa de aposentadoria compulsória, sendo o Reclamante desligado sem o pagamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e da multa rescisória de 40%, contrariamente ao previsto para dispensas sem justa causa.

Do Direito

A Constituição Federal, em seu artigo 7º, inciso III, assegura o direito ao FGTS como direito dos trabalhadores urbanos e rurais. Ademais, a Lei nº 8.036/90, que dispõe sobre o FGTS, não prevê a exclusão do pagamento do FGTS e da multa de 40% em casos de dispensa por aposentadoria compulsória.

Além disso, a súmula 363 do Tribunal Superior do Trabalho (TST) estabelece que o empregado admitido antes da Constituição Federal de 1988, dispensado por aposentadoria compulsória, tem direito às verbas rescisórias típicas de uma dispensa sem justa causa, incluindo o FGTS e a respectiva multa.

Da Argumentação Jurídica e Defesas

A dispensa do Reclamante, sob a alegação de aposentadoria compulsória, sem o devido pagamento do FGTS e da multa de 40%, constitui uma violação aos seus direitos trabalhistas. Destaca-se que a aposentadoria compulsória não pode ser utilizada como justificativa para a negação de direitos trabalhistas claramente estabelecidos tanto pela legislação quanto pela jurisprudência.

Narrativa de Fato e Direito

A prática adotada pela Reclamada contraria os princ&iacu"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito: Dispensa por Aposentadoria Compulsória e Direitos Trabalhistas

Contexto Fático

Um empregado celetista, após dedicar 13 anos de trabalho a uma empresa, é dispensado ao atingir 70 anos de idade, sob a alegação de aposentadoria compulsória. A despeito da dispensa, não recebeu o pagamento do FGTS nem a multa de 40% sobre este, verbas rescisórias típicas de uma dispensa sem justa causa, gerando uma situação de desamparo e questionamento sobre seus direitos trabalhistas.

Base Jurídica

A dispensa de empregado celetista por aposentadoria compulsória, sem a observância dos direitos à verba rescisória, desafia princípios do direito do trabalho e disposições legais aplicáveis. O artigo 7º da Constituição Federal de 1988, combinado com a Lei nº 8.036/90, que regula o FGTS, e a jurisprudência consolidada do Tribunal Superior do Trabalho (TST), notadamente a súmula 363, estabelece que o empregado demitido nessas condições deve receber as verbas rescisórias como se fosse uma dispensa sem justa causa.

Conceitos e Definições

  • Aposentadoria Compulsória: Retirada obrigatória do empregado de suas funções trabalhistas ao atingir uma idade limite, determinada por lei ou normas internas da empresa, independentemente do desejo do empregado de continuar trabalhando.
  • FGTS: Direito do trabalhador que serve como uma poupança forçada, onde o empregador deposita, em conta vinculada ao empregado, um percentual do salário mensal, destinado a oferecer suporte financeiro em caso de demissão sem justa causa, entre outras situações previstas em lei.
  • Multa de 40% do FGTS: Penalidade aplicada sobre o montante acumulado no FGTS, paga pelo empregador ao empregado em casos de dispensa sem justa causa, como forma de compensação pela perda do emprego.

Considerações Finais e Citações de Doutrinas

A análise do tema exige uma reflexão sobre a dignidade da pessoa humana e a função social do trabalho, pilares do direito trabalhista. A doutrina moderna, representada por figuras como Maurício Godinho Delgado e Américo Plá Rodriguez, enfatiza a importância de interpretar as normas trabalhistas de maneira a proteger o trabalhador, parte mais vulnerável da relação empregatícia.

Delgado, em sua obra "Curso de Direito do Trabalho", argumenta que a proteção ao trabalho é essencial para assegurar a dignidade do trabalhador, devendo as verbas rescisórias ser garantidas independentemente da modalidade de dispensa, como um direito fundamental. Rodriguez, por sua vez, em "Princípios de Direito do Trabalho", destaca que o princípio da continuidade da relação de emprego deve ser ponderado com a realidade das partes, buscando sempre a proteção do trabalhador.

Diante disso, conclui-se que a dispensa por aposentadoria compulsória, sem o devido pagamento das verbas rescisórias correspondentes à dispensa sem justa causa, constitui uma violação aos direitos trabalhistas do empregado, demandando a devida reparação judicial para restabelecer os direitos e a dignidade do trabalhador afetado.


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