Modelo de Reclamação Trabalhista com Pedido de Reconhecimento e Pagamento de Adicional de Periculosidade e Respectivos Reflexos Trabalhistas

Publicado em: 08/01/2025 Trabalhista Processo do Trabalho
Ação trabalhista movida por motorista de caminhão em face de empregador pessoa jurídica, com pedido de reconhecimento do direito ao adicional de periculosidade devido ao transporte e guarda de numerários, conforme previsto no art. 193 da CLT e na Norma Regulamentadora nº 16 do Ministério do Trabalho. O documento detalha os fatos que fundamentam a exposição a riscos, os direitos jurídicos aplicáveis, doutrinas e jurisprudências pertinentes, e apresenta pedidos como o pagamento do adicional de periculosidade, reflexos em verbas trabalhistas, honorários advocatícios e justiça gratuita.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DA ___ª VARA DO TRABALHO DE [CIDADE/UF]

Reclamante: M. F. de S.
Reclamada: [Nome da Empresa]

PREÂMBULO

Nos termos do CPC/2015, art. 319, vem o Reclamante, M. F. de S., brasileiro, estado civil [informar], motorista de caminhão, portador do CPF nº [informar], residente e domiciliado na Rua [informar], nº [informar], Bairro [informar], Cidade [informar], Estado [informar], endereço eletrônico [informar], por meio de seu advogado infra-assinado, com endereço profissional na Rua [informar], nº [informar], Bairro [informar], Cidade [informar], Estado [informar], endereço eletrônico [informar], propor a presente:

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

Em face de [Nome da Empresa], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [informar], com sede na Rua [informar], nº [informar], Bairro [informar], Cidade [informar], Estado [informar], pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:

DOS FATOS

O Reclamante foi admitido pela Reclamada em 16/07/2018, exercendo a função de motorista de caminhão, com salário inicial de R$ 1.659,07. Durante toda a vigência do contrato de trabalho, que se encerrou em 03/09/2024, sem justa causa, o Reclamante desempenhou suas atividades de segunda a sexta-feira, das 07h às 17h, com intervalo de 1 hora para refeição e descanso, e aos sábados, das 07h às 11h, sem intervalo.

Além de suas funções como motorista, o Reclamante também era responsável pelo transporte e guarda de numerários recebidos dos clientes, atividade que o expunha a risco constante, sem que lhe fosse pago o adicional de periculosidade previsto em lei.

DO DIREITO

Nos termos do CLT, art. 193, §1º, é devido o adicional de periculosidade ao trabalhador que exerce atividades que o exponham a riscos acentuados, como o transporte e guarda de numerários. A Norma Regulamentadora nº 16 do Ministério do Trabalho e Emprego também reconhece a periculosidade em situações similares às enfrentadas pelo Reclamante.

O adicional de periculosidade deve ser calculado sobre o salário-base do trabalhador, conforme entendimento consolidado na Súmula 191/TST, I. Assim, é evidente o direito do Rec"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

I - Relatório

Trata-se de reclamação trabalhista em que o Reclamante, senhor M. F. de S., postula o pagamento do adicional de periculosidade, com reflexos nas demais verbas trabalhistas, sob o argumento de que desempenhava atividades que o expunham a risco acentuado, em especial o transporte e guarda de numerários, conforme previsto no art. 193 da CLT.

A Reclamada, em sua contestação, alega a inexistência de periculosidade nas atividades exercidas pelo Reclamante e a ausência de previsão contratual para o pagamento do referido adicional.

É o relatório, passo à fundamentação.

II - Fundamentação

A) Da Competência

Nos termos do art. 114 da Constituição Federal de 1988, esta Justiça do Trabalho é competente para apreciar e julgar controvérsias oriundas da relação de trabalho.

B) Dos Fatos e do Direito

O conjunto probatório demonstra que o Reclamante exercia a função de motorista de caminhão, acumulando a responsabilidade pelo transporte e guarda de numerários. Tal atividade, como bem disposto no art. 193, §1º, da CLT, caracteriza-se como perigosa, ensejando o pagamento do adicional de periculosidade no percentual de 30% sobre o salário-base.

Ademais, a Norma Regulamentadora nº 16 do Ministério do Trabalho e Emprego reforça o entendimento de que o transporte de valores enquadra-se como atividade perigosa, conforme reconhecido pela jurisprudência consolidada no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho.

C) Da Interpretação Constitucional e Legal

O art. 7º, inciso XXIII, da Constituição Federal assegura aos trabalhadores o direito ao adicional de remuneração para atividades penosas, insalubres ou perigosas, o que reforça a obrigatoriedade de pagamento do adicional de periculosidade ao Reclamante.

Por sua vez, o art. 93, IX, da CF/88, determina que todas as decisões judiciais sejam devidamente fundamentadas, o que faço ao reconhecer o direito do Reclamante com base nos dispositivos legais e constitucionais aplicáveis.

D) Das Consequências

O adicional de periculosidade deve ser calculado sobre o salário-base do Reclamante, conforme disposto no art. 193 da CLT e na Súmula 191 do TST. Além disso, devem ser observados os reflexos nas demais verbas trabalhistas, tais como férias + 1/3, 13º salário, FGTS e aviso prévio.

III - Dispositivo

Diante do exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, bem como no art. 193 da CLT, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado por M. F. de S., para condenar a Reclamada, [Nome da Empresa], ao pagamento das seguintes verbas:

  1. Adicional de periculosidade, no percentual de 30% sobre o salário-base, desde a admissão (16/07/2018) até a data da rescisão contratual (03/09/2024);
  2. Reflexos do adicional de periculosidade em férias + 1/3, 13º salário, FGTS e aviso prévio;
  3. Juros e correção monetária, nos termos da legislação vigente;
  4. Honorários advocatícios sucumbenciais, conforme previsto no art. 85 do CPC/2015.

Defiro, ainda, o pedido de justiça gratuita, nos termos do art. 790, §3º, da CLT.

Condeno a Reclamada ao pagamento das custas processuais, calculadas sobre o valor da causa, no montante de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).

Publique-se. Registre-se. Intimem-se as partes.

[Cidade/UF], [Data].

Juiz(a) do Trabalho: ____________________________


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