Modelo de Reclamação Trabalhista com Pedido de Reintegração e Indenização por Dispensa Discriminatória durante Tratamento Médico

Publicado em: 28/11/2023 Trabalhista
Reclamação trabalhista apresentada por empregado dispensado sem justa causa durante tratamento médico, requerendo a reintegração ao emprego, pagamento de verbas trabalhistas retroativas, indenização por danos morais e declaração de nulidade da demissão, com base nos artigos 7º, XXII, da Constituição Federal, 118 da Lei nº 8.213/1991 e 483, "d", da CLT, além de jurisprudências do TST. A ação também solicita justiça gratuita e honorários advocatícios, fundamentando-se na proteção ao trabalhador e no princípio da dignidade da pessoa humana.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DA ___ VARA DO TRABALHO DE [CIDADE/UF]

[Local e data]

PREÂMBULO

Reclamante: [Nome do reclamante abreviado, conforme instruções], brasileiro(a), estado civil, profissão, portador(a) do CPF nº [número], residente e domiciliado(a) na [endereço completo], e-mail: [endereço eletrônico].

Reclamada: [Nome da reclamada abreviado, conforme instruções], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [número], com sede na [endereço completo], e-mail: [endereço eletrônico].

Por intermédio de seu advogado, conforme instrumento de procuração anexo, o(a) Reclamante vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

em face da Reclamada, pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor.

DOS FATOS

O(a) Reclamante foi admitido(a) pela Reclamada em [data de admissão], para exercer a função de [cargo], percebendo como última remuneração o valor de R$ [valor].

Durante a vigência do contrato de trabalho, o(a) Reclamante desenvolveu [descrever a doença ou condição médica], conforme comprovado pelo laudo médico anexo. Tal condição decorreu de [descrever as causas, se relacionadas ao trabalho, ou outras circunstâncias relevantes].

Em [data da demissão], mesmo ciente do estado de saúde do(a) Reclamante, a Reclamada procedeu à sua dispensa sem justa causa, violando os direitos trabalhistas e ignorando a estabilidade provisória garantida ao trabalhador em tratamento de saúde.

Ressalte-se que, no momento da dispensa, o(a) Reclamante encontrava-se inapto(a) para o trabalho, conforme atestado médico, o que torna a demissão nula de pleno direito.

DO DIREITO

A dispensa do(a) Reclamante, enquanto este(a) estava em tratamento médico, viola o princípio da proteção ao trabalhador, consagrado na Constituição Federal de 1988, art. 1º, III, e art. 7º, XXII, que asseguram a dignidade da pessoa humana e a redução dos riscos inerentes ao trabalho.

Ademais, o art. 118 da Lei nº 8.213/1991 garante estabilidade provisória ao empregado que sofreu acidente de trabalho ou doença ocupacional, assegurando sua manutenção no emprego por 12 meses após a cessação do benefício previdenciário.

A demissão do(a) Reclamante também afronta o disposto no art. 483, "d", da CLT, que v"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares
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Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de reclamação trabalhista ajuizada por [Nome do Reclamante] em face da [Nome da Reclamada], em que se alega dispensa sem justa causa durante período em que o(a) Reclamante encontrava-se inapto(a) para o trabalho, em decorrência de [descrever a condição médica].

O(a) Reclamante pleiteia, entre outros, a nulidade da dispensa, sua reintegração ao emprego e o pagamento de verbas trabalhistas, além de indenização por danos morais.

A reclamada, em contestação, aduz que a dispensa ocorreu de forma regular e que não há provas de que o estado de saúde do(a) Reclamante estaria diretamente relacionado ao trabalho exercido.

Fundamentação

A presente demanda exige a análise hermenêutica dos fatos e fundamentos jurídicos à luz da Constituição Federal de 1988, de modo a assegurar a efetivação dos direitos trabalhistas do(a) Reclamante.

Dos Fatos e Direitos Envolvidos

A dispensa do(a) Reclamante, ocorrida enquanto este(a) estava em tratamento médico, afronta garantias constitucionais, como o direito à dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e à redução dos riscos inerentes ao trabalho (CF/88, art. 7º, XXII).

Além disso, o art. 118 da Lei nº 8.213/1991 assegura estabilidade provisória ao trabalhador incapacitado por doença ocupacional, garantindo-lhe a manutenção do emprego por 12 meses após a cessação do benefício previdenciário. Tal norma visa proteger o trabalhador em situação de vulnerabilidade.

A jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho também é pacífica ao reconhecer a nulidade da dispensa de empregados em tratamento médico, conforme demonstrado nos precedentes:

  • TST (3ª Turma) - RR Acórdão/TJSP: "A estabilidade provisória visa garantir a proteção do trabalhador em situação de vulnerabilidade, assegurando-lhe o direito à manutenção do emprego e à percepção das verbas trabalhistas devidas."
  • TST (2ª Turma) - RR 10774-28.2013.5.15.0152: "A dispensa de empregado em tratamento médico caracteriza ato ilícito, ensejando a reintegração ao emprego e a reparação dos danos morais sofridos."

Diante das provas documentais apresentadas, notadamente o atestado médico que comprova a incapacidade do(a) Reclamante à época da dispensa, e considerando o princípio da continuidade da relação de emprego, conclui-se que a dispensa promovida pela Reclamada é nula de pleno direito.

Da Procedência do Pedido

Considerando a nulidade da dispensa, faz-se necessária a reintegração do(a) Reclamante ao emprego, com o pagamento das verbas trabalhistas devidas desde a data da dispensa até a efetiva reintegração, bem como a condenação da Reclamada ao pagamento de indenização por danos morais.

A fixação da indenização por danos morais deve observar os critérios de razoabilidade e proporcionalidade, considerando a gravidade da violação e as condições econômicas das partes.

Conclusão

Pelo exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, voto:

  1. Por conhecer do recurso interposto, por preencher os requisitos de admissibilidade;
  2. Por dar procedência ao pedido do(a) Reclamante, declarando a nulidade da dispensa e determinando sua imediata reintegração ao emprego;
  3. Por condenar a Reclamada ao pagamento de todas as verbas trabalhistas devidas desde a data da dispensa até a reintegração, acrescidas de correção monetária e juros;
  4. Por condenar a Reclamada ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ [valor a ser fixado], em razão da dispensa discriminatória e da violação à dignidade do(a) Reclamante;
  5. Por condenar a Reclamada ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios sucumbenciais.
___________________________
[Nome do Magistrado(a)]
Juiz(a) do Trabalho
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