Modelo de Reclamação Trabalhista com Pedido de Reintegração ao Emprego, Pagamento de Horas Extras e Indenização por Danos Morais

Publicado em: 09/02/2025 Trabalhista Processo do Trabalho
Petição inicial de reclamação trabalhista em que o Reclamante, ex-empregado da Reclamada, pleiteia reintegração ao emprego devido à ausência de exame médico demissional, pagamento de horas extras não quitadas, e indenização por danos morais em razão de violação de direitos fundamentais. O documento apresenta fundamentação baseada na CLT, Constituição Federal e jurisprudências do TST, além de requerer tutela antecipada e outros direitos trabalhistas.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DO TRABALHO DA ___ VARA DO TRABALHO DE [CIDADE/UF]

Reclamante: [Nome completo do Reclamante, qualificação completa, CPF, endereço eletrônico, domicílio e residência]

Reclamada: [Nome completo da Reclamada, qualificação completa, CNPJ, endereço eletrônico, sede]

PREÂMBULO

Por meio da presente, o Reclamante, M. F. de S. L., devidamente qualificado, vem, por intermédio de seu advogado infra-assinado, com endereço profissional indicado no rodapé desta petição, propor a presente RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, em face de [Nome da Reclamada], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Reclamante foi admitido em [data de admissão] pela Reclamada, exercendo a função de [cargo exercido], com jornada de trabalho que se estendia frequentemente até as 2 horas da manhã, sem o devido pagamento de horas extras, conforme determina a legislação trabalhista.

Em [data de demissão], o Reclamante foi dispensado sem justa causa, sem que fosse submetido ao exame médico demissional, em flagrante violação ao disposto no art. 168, II, da CLT. Ressalta-se que, desde 2014, o Reclamante faz uso de medicamentos controlados para tratamento de saúde, fato de conhecimento da Reclamada.

A ausência do exame médico demissional impossibilitou a avaliação do estado de saúde do Reclamante no momento da dispensa, configurando grave irregularidade e comprometendo a validade da rescisão contratual.

DO DIREITO

Nos termos do art. 168, II, da CLT, é obrigatória a realização de exame médico demissional para verificar as condições de saúde do empregado no momento da rescisão contratual. A ausência desse procedimento configura irregularidade que compromete a validade da dispensa.

Ademais, a Constituição Federal de 1988, em seu art. 7º, XIII e XVI, assegura aos trabalhadores a limitação da jornada de trabalho e o pagamento de horas extras, direitos que foram violados pela Reclamada ao exigir do Reclamante jornadas extenuantes sem a devida contraprestação.

O princípio da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e o direito à saúde (CF/88, art. 6º) também foram desrespeitados, considerando que o Reclamante, em tratamento médico, foi dispensado sem a devida cautela quanto ao seu estado de saúde.

Conforme a doutrina trabalhista, a ausência do exame médico demissional pode ensejar a nulidade da dispensa, com a consequente reintegração do trabalhador ao emprego, até que sejam regularizadas as pendências legais e contratuais.

JURISPRUDÊNCI"'>...


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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de reclamação trabalhista ajuizada por M. F. de S. L. em face da empresa Reclamada, cujo objeto é a reintegração do Reclamante ao emprego por ausência de exame médico demissional, pagamento de horas extras e indenização por danos morais, além de outros pedidos conexos.

Os fatos narrados pelo Reclamante apontam para a violação de direitos trabalhistas relacionados às jornadas extenuantes, ausência de exames médicos obrigatórios e, consequentemente, à dignidade do trabalhador. A Reclamada, devidamente citada, apresentou defesa alegando a inexistência de irregularidades.

Fundamentação

1. Dos Fatos e da Prova

O Reclamante demonstrou por meio de documentos e testemunhos que, ao longo do vínculo empregatício, exerceu jornadas de trabalho que ultrapassavam os limites legais, sem a correspondente contraprestação de horas extras.

Além disso, restou incontroverso que, no momento de sua dispensa sem justa causa, o Reclamante não foi submetido ao exame médico demissional, conforme determina o art. 168, II, da CLT, fato que compromete a validade da dispensa.

2. Do Direito Aplicável

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 7º, XIII e XVI, assegura aos trabalhadores o direito à limitação da jornada de trabalho e ao pagamento de horas extras. A ausência de pagamento caracteriza descumprimento de normas trabalhistas fundamentais.

O art. 1º, III, da CF/88, que consagra a dignidade da pessoa humana, aliado ao art. 6º, que trata do direito à saúde, confere ao trabalhador a proteção quanto à sua integridade física e mental, especialmente em situações de dispensa.

No âmbito infraconstitucional, o art. 168, II, da CLT impõe a obrigatoriedade de exame médico demissional, sendo a ausência desse procedimento passível de reconhecimento de nulidade da dispensa.

A jurisprudência consolidada do TST corrobora o entendimento de que a ausência do exame médico demissional pode ensejar a reintegração do trabalhador ao emprego, conforme precedentes destacados:

  • TST (3ª Turma) - RR 20-13.2019.5.12.0051: \"Reconhecida a nulidade da dispensa e não havendo demonstração de prejuízo, a concessão, de ofício, da antecipação dos efeitos da tutela (reintegração imediata) não resulta em julgamento extra petita.\"
  • TST (7ª Turma) - RR 681-05.2012.5.04.0101: \"A nulidade da dispensa sem a observância dos requisitos legais, como a realização de exame médico demissional, pode ser reconhecida, com a consequente reintegração do trabalhador ao emprego.\"

3. Da Conclusão

Com base nos fatos apresentados, na legislação aplicável e nos precedentes jurisprudenciais, entendo que a ausência do exame médico demissional comprometeu a validade da dispensa do Reclamante. Ademais, a comprovação da violação de direitos trabalhistas, como o não pagamento de horas extras, agrava a situação.

Dispositivo

Ante o exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal e no art. 168, II, da CLT, voto pela procedência parcial da reclamação trabalhista, para:

  1. Determinar a reintegração imediata do Reclamante ao emprego, com o pagamento dos salários e vantagens desde a data da dispensa, até a regularização das pendências legais;
  2. Condenar a Reclamada ao pagamento das horas extras devidas, acrescidas do adicional legal, com reflexos nas verbas trabalhistas;
  3. Determinar a realização do exame médico demissional, sob pena de nova nulidade;
  4. Condenar a Reclamada ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), considerando a gravidade da violação aos direitos fundamentais do Reclamante;
  5. Conceder os benefícios da justiça gratuita ao Reclamante, nos termos do art. 790, §3º, da CLT;
  6. Condenar a Reclamada ao pagamento de honorários advocatícios sucumbenciais, conforme art. 791-A da CLT.

Ficam rejeitados os pedidos que excedam os fundamentos aqui apresentados, por ausência de provas ou amparo legal.

É como voto.

Decisão Final

Com base no voto, julgo procedente em parte a reclamação trabalhista, nos termos do dispositivo acima.


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