Modelo de Reclamação Trabalhista Proposta por Empregado Contra Empresa por Violações de Direitos Trabalhistas
Publicado em: 28/08/2024 Processo Civil Trabalhista Processo do TrabalhoEXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DO TRABALHO DA ___ª VARA DO TRABALHO DE [LOCALIDADE]
Distribuição por dependência, se aplicável
JOÃO DA SILVA, brasileiro, solteiro, contador, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, RG nº X.XXX.XXX-X, residente e domiciliado na Rua X, nº Y, Bairro Z, Cidade W, Estado V, CEP XXXXX-XXX, endereço eletrônico: joaodasilva@email.com, por seu advogado que esta subscreve, com escritório profissional localizado na Rua Y, nº Z, Bairro W, Cidade V, Estado U, CEP XXXXX-XXX, endereço eletrônico: advogado@email.com, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente:
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
em face de EMPRESA 171 LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº XX.XXX.XXX/XXXX-XX, com sede na Rua A, nº B, Bairro C, Cidade D, Estado E, CEP XXXXX-XXX, endereço eletrônico: empresa171@email.com, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:
PREÂMBULO
Trata-se de reclamação trabalhista ajuizada com fundamento nos artigos 7º, XXIX, da CF/88, e nos artigos 2º, 3º, 58, 59, 134, 137, 477 e 487 da CLT, além de outras normas aplicáveis, visando à reparação de direitos trabalhistas violados durante o pacto laboral mantido entre o Reclamante e a Reclamada.
DOS FATOS
O Reclamante foi contratado pela Reclamada em 01/04/2020, para exercer a função de contador, percebendo como última remuneração o valor de R$ 3.000,00 (três mil reais). Durante o contrato de trabalho, laborava de segunda a sábado, das 8h às 20h, com apenas uma hora de intervalo, totalizando 66 horas semanais, em evidente extrapolação da jornada legal de trabalho prevista na CLT, art. 58.
Não obstante a jornada extenuante, o Reclamante jamais recebeu qualquer pagamento de horas extras, tampouco gozou de férias ou recebeu gratificação natalina durante o pacto laboral. O repouso semanal remunerado era concedido aos domingos, e o Reclamante não laborava em feriados.
Em 01/05/2024, foi dispensado sem justa causa, sem que lhe fossem pagas as verbas rescisórias devidas, incluindo aviso prévio, férias vencidas e proporcionais, 13º salário proporcional, FGTS acrescido da multa de 40%, e demais direitos trabalhistas.
DO DIREITO
1. DA JORNADA DE TRABALHO E HORAS EXTRAS
A jornada de trabalho do Reclamante ultrapassava o limite legal de 44 horas semanais, conforme disposto no CLT, art. 58, sendo devidas as horas extras laboradas além desse limite, acrescidas do adicional de 50%, nos termos do CLT, art. 59, §1º.
O Reclamante laborava 66 horas semanais, configurando 22 horas extras por semana, que jamais foram pagas, o que enseja a condenação da Reclamada ao pagamento das horas extras devidas, acrescidas dos reflexos em férias, 13º salário, FGTS e repouso semanal remunerado.
2. DAS FÉRIAS NÃO GOZADAS
Durante todo o pacto laboral, o Reclamante não gozou de férias, em flagrante violação ao CLT, art. 134. Assim, faz jus ao pagamento em dobro das férias vencidas e proporcionais, acrescidas do terço constitucional, conforme CLT, art. 137.
Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Simulação de Voto
Relatório
Trata-se de reclamação trabalhista ajuizada por João da Silva em face da Empresa 171 Ltda., objetivando o reconhecimento de direitos trabalhistas não adimplidos durante o pacto laboral, bem como o pagamento de verbas rescisórias devidas após sua dispensa sem justa causa.
Fundamentos
O exame da questão posta sob apreciação leva em consideração os fatos narrados e os dispositivos legais aplicáveis. A Constituição Federal de 1988, em seu art. 93, IX, impõe que todas as decisões judiciais sejam devidamente fundamentadas, o que se passa a fazer.
1. Da Jornada de Trabalho e Horas Extras
O Reclamante declarou e comprovou que laborava em jornada superior ao limite legal de 44 horas semanais, conforme disposto no art. 58 da CLT, sem a devida contraprestação pelas horas extraordinárias. A Reclamada não apresentou elementos probatórios que descaracterizassem as alegações do Reclamante. Assim, é devida a condenação ao pagamento das horas extras acrescidas do adicional legal de 50%, com reflexos nas demais parcelas trabalhistas.
2. Das Férias Não Gozadas
Ficou comprovado que o Reclamante não usufruiu de férias durante o pacto laboral, em violação ao art. 134 da CLT. Assim, é devido o pagamento em dobro das férias vencidas e proporcionais, acrescidas do terço constitucional, conforme art. 137 da CLT.
3. Do 13º Salário
O direito ao 13º salário é garantido pelo art. 7º, VIII, da CF/88 e regulamentado pela Lei 4.090/1962. A ausência de pagamento dessa verba durante o contrato de trabalho enseja a condenação da Reclamada ao pagamento integral e proporcional do 13º salário devido.
4. Das Verbas Rescisórias
Comprovada a dispensa sem justa causa e a ausência de pagamento das verbas rescisórias, faz jus o Reclamante ao recebimento de aviso prévio, saldo de salário, férias proporcionais, 13º salário proporcional e FGTS acrescido da multa de 40%, conforme previsto nos arts. 477 e 487 da CLT.
5. Dos Honorários Advocatícios
Nos termos do art. 85 do CPC/2015 e da Súmula 219 do TST, é cabível a condenação da Reclamada ao pagamento de honorários advocatícios sucumbenciais, considerando a procedência parcial dos pedidos.
Decisão
Ante o exposto, com fundamento na Constituição Federal de 1988, art. 93, IX, e na Consolidação das Leis do Trabalho, julgo procedente em parte a reclamação trabalhista ajuizada por João da Silva em face da Empresa 171 Ltda., para condenar a Reclamada ao pagamento das seguintes verbas:
- Horas extras laboradas, acrescidas do adicional de 50%, com reflexos em férias, 13º salário, FGTS e repouso semanal remunerado;
- Pagamento em dobro das férias vencidas e proporcionais, acrescidas do terço constitucional;
- Pagamento do 13º salário integral e proporcional;
- Pagamento das verbas rescisórias, incluindo aviso prévio, saldo de salário, férias proporcionais, 13º salário proporcional e FGTS acrescido da multa de 40%;
- Honorários advocatícios sucumbenciais no percentual de 10% sobre o valor da condenação, nos termos do art. 791-A da CLT;
- Concessão dos benefícios da justiça gratuita ao Reclamante, nos termos do art. 790, §3º, da CLT.
Determino que os valores sejam apurados em liquidação de sentença, observando-se os critérios legais de correção monetária e juros de mora.
Conclusão
Por todo o exposto, julgo procedente em parte o pedido inicial, condenando a Reclamada ao pagamento das verbas acima delineadas.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
[Localidade], [Data].
______________________________
Juiz(a) do Trabalho

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