Modelo de Reclamatória Trabalhista com Reconhecimento de Vínculo Empregatício, Assédio Sexual e Pleito de Indenização por Danos Morais

Publicado em: 09/04/2024 Trabalhista
Ação trabalhista proposta por empregado contra pessoa jurídica de direito privado, objetivando o reconhecimento de vínculo empregatício, a condenação por assédio sexual no ambiente de trabalho praticado por superior hierárquico, e o pagamento de indenização por danos morais, além de diferenças salariais, horas extras e demais verbas trabalhistas. O documento fundamenta-se em dispositivos constitucionais e infraconstitucionais (CF/88, CLT, CCB/2002), na Convenção 190 da OIT e no Protocolo do CNJ para Julgamento sob Perspectiva de Gênero, além de precedentes jurisprudenciais.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DA ___ VARA DO TRABALHO DE [CIDADE/UF]

[NOME COMPLETO DO RECLAMANTE], já qualificado nos autos, por seu advogado infra-assinado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente

RECLAMATÓRIA TRABALHISTA

em face de [NOME COMPLETO DO RECLAMADO], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [NÚMERO], com sede na [ENDEREÇO COMPLETO], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

PREÂMBULO

O presente feito versa sobre a prática de assédio sexual no ambiente de trabalho, perpetrado por superior hierárquico do Reclamante, bem como o reconhecimento de vínculo empregatício e diferenças salariais devidas. A conduta do Reclamado violou direitos fundamentais do Reclamante, ensejando a reparação pelos danos morais sofridos, além do pagamento das verbas trabalhistas devidas.

DOS FATOS

O Reclamante foi admitido pela Reclamada em [DATA], para exercer a função de [FUNÇÃO], sem, contudo, ter sua CTPS devidamente anotada, recebendo salário mensal de R$ [VALOR]. Durante o período em que laborou para a Reclamada, o Reclamante foi submetido a condutas de assédio sexual por parte de seu superior hierárquico, Sr. [NOME ABREVIADO], que frequentemente fazia comentários de cunho sexual, investidas físicas indesejadas e convites para encontros íntimos.

As condutas relatadas ocorreram de forma reiterada, causando profundo abalo psicológico ao Reclamante, que se viu em situação de extrema vulnerabilidade, temendo represálias e a perda de seu emprego. Ademais, a Reclamada não efetuou o pagamento correto das verbas trabalhistas, como horas extras, adicional de insalubridade e diferenças salariais, além de não reconhecer o vínculo empregatício.

DO DIREITO

O assédio sexual no ambiente de trabalho configura grave violação aos direitos da personalidade, como a honra, a dignidade e a intimidade, sendo vedado pelo CF/88, art. 5º, X. A conduta do superior hierárquico do Reclamante caracteriza ato ilícito, nos termos do CCB/2002, art. 186, ensejando o dever de reparação civil (CCB/2002, art. 927).

A Convenção 190 da OIT, ratificada pelo Brasil, estabelece a obrigação de proteção contra a violência e o assédio no mundo do trabalho, abrangendo condutas unissubsistentes ou reiteradas que causem danos físicos, psicológicos ou sexuais. Ademais, o Protocolo do CNJ para Julgamento sob Perspectiva de Gênero (2021) reforça a necessidade de sensibilidade na análise de casos de assédio sexual, considerando a clandestinidade e "'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares
Segue abaixo a simulação do voto do magistrado, estruturada em formato HTML:

Simulação de Voto

I - RELATÓRIO

Trata-se de Reclamatória Trabalhista ajuizada por [NOME COMPLETO DO RECLAMANTE], em face de [NOME COMPLETO DO RECLAMADO], na qual o Reclamante pleiteia, dentre outros pedidos, o reconhecimento de vínculo empregatício, o pagamento de verbas trabalhistas e indenização por danos morais em razão de assédio sexual sofrido no ambiente de trabalho.

A Reclamada apresentou contestação, negando os fatos e requerendo a improcedência dos pedidos, sob a alegação de inexistência de vínculo empregatício e de que não houve prática de assédio sexual por parte de seu preposto.

II - FUNDAMENTAÇÃO

A) DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO

O vínculo empregatício está claramente demonstrado nos autos, considerando-se os requisitos previstos no artigo 3º da CLT: subordinação, pessoalidade, habitualidade e onerosidade. Ademais, a ausência de anotação na CTPS do Reclamante configura fraude trabalhista, nos termos do artigo 9º da CLT, sendo imperativo o reconhecimento do vínculo de emprego.

B) DO ASSÉDIO SEXUAL

O conjunto probatório evidencia a prática de assédio sexual por parte do superior hierárquico da Reclamada, o que configura grave violação à dignidade do trabalhador, protegida pelo artigo 5º, X, da Constituição Federal de 1988. Nos termos do artigo 186 do Código Civil, tal conduta caracteriza ato ilícito, ensejando o dever de reparação por danos morais, conforme o artigo 927 do mesmo diploma legal.

A Convenção 190 da OIT e o Protocolo do CNJ para Julgamento sob Perspectiva de Gênero (2021) reforçam a necessidade de análise sensível em casos de assédio sexual, dado o contexto de vulnerabilidade das vítimas, e a responsabilidade do empregador por atos de seus prepostos.

C) DAS VERBAS TRABALHISTAS

Restou comprovado nos autos que o Reclamante não recebeu corretamente as parcelas de horas extras, adicional de insalubridade e diferenças salariais. Assim, a Reclamada deve ser condenada ao pagamento das referidas verbas, conforme apuração em liquidação de sentença.

D) DA INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

O assédio sexual sofrido pelo Reclamante ultrapassa os limites da razoabilidade, afetando sua honra e dignidade. Com base nos precedentes do TST e no artigo 5º, V e X, da Constituição Federal, arbitro a indenização por danos morais no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), considerando a gravidade dos fatos e o caráter pedagógico da condenação.

III - DISPOSITIVO

Ante o exposto, nos termos do artigo 93, IX, da Constituição Federal de 1988, julgo procedente a Reclamatória Trabalhista movida por [NOME COMPLETO DO RECLAMANTE] em face de [NOME COMPLETO DO RECLAMADO], para:

  1. Reconhecer o vínculo empregatício entre as partes, determinando a anotação na CTPS do Reclamante;
  2. Condenar a Reclamada ao pagamento das diferenças salariais, horas extras e demais verbas trabalhistas devidas, a serem apuradas em liquidação de sentença;
  3. Condenar a Reclamada ao pagamento de indenização por danos morais, no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais);
  4. Condenar a Reclamada ao pagamento de honorários advocatícios, nos termos do artigo 85 do CPC/2015;
  5. Determinar a realização de audiência de conciliação, caso haja interesse das partes.

Custas pela Reclamada, no importe de R$ [VALOR], calculadas sobre o valor da condenação, provisoriamente arbitrado em R$ [VALOR TOTAL].

IV - CONCLUSÃO

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

[CIDADE/UF], [DATA].
___________________________________
[NOME DO MAGISTRADO(A)]
Juiz(a) do Trabalho

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