Modelo de Recurso Administrativo contra Multa de Trânsito com Alegação de Ausência de Autoria e Possível Clonagem de Veículo

Publicado em: 24/01/2025 Administrativo Trânsito
Recurso administrativo apresentado ao DETRAN para contestação de multa de trânsito, alegando ausência de autoria da infração, possível clonagem do veículo e violação ao princípio da ampla defesa e contraditório. Fundamentado no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), jurisprudências relevantes e princípios constitucionais, o documento solicita a anulação da penalidade, a suspensão de seus efeitos e a notificação formal do recorrente sobre a decisão administrativa.

RECURSO ADMINISTRATIVO

MULTA DE TRÂNSITO

PREÂMBULO

Ao Ilustríssimo Senhor Diretor do Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN) do Estado de [indicar o estado].

Nome: [Nome completo do recorrente, abreviado conforme instruções].
CPF: [CPF do recorrente].
Endereço: [Endereço completo do recorrente, incluindo CEP e e-mail].
Auto de Infração: [Número do auto de infração].
Placa do Veículo: [Placa do veículo].

O recorrente, devidamente qualificado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Senhoria, com fundamento no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), art. 281, parágrafo único, inciso II, e demais dispositivos legais aplicáveis, interpor o presente RECURSO ADMINISTRATIVO, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O recorrente foi surpreendido com a notificação de uma multa de trânsito, supostamente cometida no município de [nome da cidade onde ocorreu a infração], em data de [data da infração]. Contudo, o recorrente jamais esteve no referido local, seja na data mencionada ou em qualquer outro momento, e tampouco conduziu o veículo indicado na autuação.

A notificação foi enviada ao endereço do recorrente, mas não há qualquer comprovação de que este tenha sido o responsável pela infração. O recorrente destaca que o veículo em questão pode ter sido utilizado por terceiros ou mesmo clonado, o que reforça a necessidade de análise criteriosa do caso.

DO DIREITO

O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) estabelece, em seu art. 281, parágrafo único, inciso II, que o auto de infração deve ser arquivado se não houver elementos suficientes para a identificação do infrator. Ademais, o art. 257, §7º, do CTB, prevê que, na ausência de identificação do condutor, presume-se que o proprietário do veículo seja o responsável, salvo comprovação em contrário.

No presente caso, o recorrente não foi o responsável pela infraçã"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Trata-se de recurso administrativo interposto pelo recorrente, devidamente qualificado, contra a multa de trânsito aplicada, com fundamento no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), art. 281, parágrafo único, inciso II, e demais dispositivos legais aplicáveis. O recorrente alega, em síntese, que jamais esteve no local indicado na autuação e que não foi o responsável pela infração, pleiteando a anulação da penalidade imposta.

Dos Fatos

O recorrente foi notificado de uma infração de trânsito ocorrida no município de [nome da cidade], na data de [data da infração]. Contudo, sustenta que nunca esteve no local mencionado e que o veículo pode ter sido conduzido por terceiros ou clonado. Alega, ainda, ausência de elementos suficientes para identificar o real infrator.

Do Direito

A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5º, incisos LIV e LV, assegura o princípio do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório. No caso em apreço, verifica-se que a ausência de comprovação inequívoca da autoria da infração configura violação a tais preceitos constitucionais.

O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) também estabelece, no art. 281, parágrafo único, inciso II, que o auto de infração deve ser arquivado caso não haja elementos suficientes para a identificação do infrator. No mesmo sentido, o art. 257, §7º, do CTB, prevê que a responsabilidade do proprietário do veículo pode ser afastada mediante prova em contrário.

Ademais, a Súmula 312 do Superior Tribunal de Justiça (STJ) exige a dupla notificação do infrator para a validade do processo administrativo. No presente caso, não há comprovação de que as notificações foram entregues adequadamente ao recorrente.

Da Jurisprudência

A jurisprudência pátria reforça a necessidade de observância dos requisitos legais para a validade da autuação. Destacam-se, entre outros, os seguintes precedentes:

  • TJSP (4ª Turma - Fazenda Pública) - Recurso Inominado Cível Acórdão/TJSP: Exigência de comprovação de entrega das notificações ao endereço cadastrado, sob pena de nulidade do ato administrativo.
  • TJSP (5ª Turma Recursal de Fazenda Pública) - Recurso Inominado Cível Acórdão/TJSP: Validação da necessidade de dupla notificação do infrator, conforme Súmula 312/STJ.
  • TJSP (Turma Recursal Cível e Criminal) - Recurso Inominado Cível Acórdão/TJSP: Reconhecimento da possibilidade de o proprietário comprovar que não era o condutor à época da infração, anulando o auto de infração.

Conclusão do Voto

Em razão do exposto, à luz dos princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório (CF/88, art. 5º, incisos LIV e LV), bem como das disposições legais do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), reconheço a ausência de elementos suficientes para a identificação do infrator e, por conseguinte, a nulidade da penalidade aplicada.

Diante disso, conheço do recurso interposto e voto pela procedência do pedido, determinando a anulação da multa de trânsito e da pontuação aplicada à CNH do recorrente, bem como a suspensão dos efeitos da penalidade até a conclusão do presente processo administrativo.

[Localidade], [Data].

_______________________________________
Magistrado(a)


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