Modelo de Recurso Administrativo para Anulação de Autuação de Infração de Trânsito por Suposta Falta de Exame Toxicológico Periódico

Publicado em: 30/07/2024 Administrativo Trânsito
Recurso administrativo apresentado ao Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN) solicitando a anulação de autuação e penalidades impostas ao condutor pelo não cumprimento do exame toxicológico periódico, com fundamento na inaplicabilidade da exigência ao Requerente, que não exerce atividade remunerada em categorias C, D ou E. O documento aborda a ilegalidade da autuação com base no Código de Trânsito Brasileiro (art. 165-B) e na violação de princípios constitucionais como a legalidade, devido processo legal e razoabilidade, além de apresentar jurisprudências relevantes para a causa.

RECURSO DE AUTUAÇÃO DE INFRAÇÃO DE TRÂNSITO

PREÂMBULO

Ilustríssimo Senhor Diretor do Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN) do Estado de [INSERIR ESTADO].

Requerente: [NOME COMPLETO DO REQUERENTE], [estado civil], [profissão], inscrito no CPF sob o nº [NÚMERO DO CPF], portador da CNH nº [NÚMERO DA CNH], residente e domiciliado à [ENDEREÇO COMPLETO], endereço eletrônico [E-MAIL].

Requerido: Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN) do Estado de [INSERIR ESTADO].

DOS FATOS

O Requerente foi autuado pela suposta infração de trânsito prevista no art. 165-B do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), sob a alegação de não realização do exame toxicológico periódico. Contudo, o Requerente não exerce atividade remunerada que exija tal exame, sendo, portanto, indevida a autuação.

A infração foi registrada em [DATA], por meio do Auto de Infração nº [NÚMERO DO AUTO DE INFRAÇÃO]. O Requerente foi surpreendido com a notificação, que lhe atribui penalidade de multa e pontos na CNH, sem que houvesse qualquer fundamento legal para tanto, uma vez que a exigência do exame toxicológico aplica-se exclusivamente aos condutores de categorias C, D e E que exerçam atividade remunerada, conforme disposto no CTB.

Diante disso, o Requerente apresenta o presente recurso, buscando a anulação da autuação e das penalidades impostas, por manifesta ilegalidade.

DO DIREITO

A autuação em questão baseia-se no art. 165-B do CTB, que prevê a infração pela não realização do exame toxicológico periódico. Contudo, o referido dispositivo aplica-se exclusivamente aos condutores de veículos das categorias C, D e E que exerçam atividade remunerada, conforme disposto no art. 148-A, §2º, do CTB.

O Requerente não exerce atividade remunerada, sendo, portanto, inaplicável a exigência do exame toxicológico periódico. A imposição da penalidade viola o princípio da legalidade, previsto no art. 5º, II, da Constituição Federal de 1988 (CF/88), que estabelece que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude de lei.

Ademais, a ausência de notificação adequada ao Requerente acerca da imposição da penalidade contraria o devido processo legal, garantido pelo art. 5º, LIV, da CF/88, e pela Súmula 312 do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que exige a dupla notificação para a validade do processo "'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares
Segue abaixo a simulação do voto do magistrado, em formato HTML, com base no caso apresentado:

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de recurso interposto por [NOME COMPLETO DO REQUERENTE], que busca a anulação de auto de infração de trânsito lavrado pelo Departamento Estadual de Trânsito do Estado de [INSERIR ESTADO], alegando manifesta ilegalidade na sua imposição.

O auto de infração foi motivado pela suposta inobservância ao disposto no art. 165-B do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que exige a realização de exame toxicológico periódico para condutores das categorias C, D e E que exerçam atividade remunerada.

Contudo, o Recorrente sustenta que não exerce tal atividade remunerada, sendo, portanto, inaplicável a referida obrigatoriedade. Invoca os princípios da legalidade, do devido processo legal e da razoabilidade.

Fundamentação

Nos termos do art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988 (CF/88), todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário devem ser fundamentados, sob pena de nulidade. Assim, passo à análise dos fatos e do direito aplicável.

Dos Fatos

O auto de infração foi lavrado com base no art. 165-B do CTB, que exige a realização do exame toxicológico periódico para condutores das categorias C, D e E que exerçam atividade remunerada. Todavia, o Recorrente demonstrou que não se enquadra nessa exigência, por não exercer atividade remunerada.

Observa-se, portanto, que a autuação não encontra suporte fático capaz de justificar a sua imposição, uma vez que inexiste prova de que o Recorrente exerça atividade remunerada com veículo automotor.

Do Direito

O princípio da legalidade, previsto no art. 5º, II, da CF/88, estabelece que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude de lei. No caso em exame, a imposição do exame toxicológico periódico está restrita aos condutores que exerçam atividade remunerada, conforme art. 148-A, §2º, do CTB.

Além disso, a ausência de notificação adequada ao Recorrente viola o devido processo legal, garantido pelo art. 5º, LIV, da CF/88, bem como pela Súmula 312 do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que exige a dupla notificação para a validade do processo administrativo de imposição de multa de trânsito.

Por fim, a autuação também afronta o princípio da razoabilidade, uma vez que penaliza o Recorrente por uma obrigação que não lhe é aplicável, causando-lhe prejuízo indevido.

Jurisprudência

A jurisprudência dos Tribunais pátrios reforça a necessidade de observância do devido processo legal e da notificação adequada no âmbito das autuações de trânsito. Destaco, nesse sentido:

  • TJSP: "A imposição de penalidade por infração de trânsito é nula se o condutor identificado como infrator não é notificado pessoalmente acerca da penalidade." (Recurso Inominado Cível Acórdão/TJSP)
  • TJSP: "Possibilidade de o proprietário comprovar posteriormente, ainda que em juízo, que não era o condutor-infrator à época da infração." (Recurso Inominado Cível Acórdão/TJSP)

Dispositivo

Diante do exposto, conheço do recurso interposto e, no mérito, dou-lhe provimento para:

  1. Anular o auto de infração nº [NÚMERO DO AUTO DE INFRAÇÃO];
  2. Determinar à autoridade de trânsito que proceda à exclusão dos pontos registrados na CNH do Recorrente;
  3. Garantir que o Recorrente seja notificado acerca da presente decisão.

É como voto.

Conclusão

Com esses fundamentos, julgo procedente o pedido do Requerente, nos termos da fundamentação acima.

[LOCAL], [DATA].

________________________________ [NOME DO MAGISTRADO] Juiz de Direito

### Observações: 1. Substitua os campos entre colchetes `[ ]` com as informações reais ou fictícias necessárias. 2. O formato HTML está estruturado com títulos e parágrafos (

,

,

    ,
      ) para facilitar a organização do conteúdo. 3. Este voto foi fundamentado com base na CF/88, no CTB e em jurisprudências, conforme solicitado.


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