Modelo de Recurso Administrativo para Anulação de Multa por Cobrança Automática de Pedágio (Free Flow) com Fundamentação Jurídica e Pedidos de Defesa
Publicado em: 07/03/2025 AdministrativoProcesso Civil TrânsitoEXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE ____________
Processo nº ____________
PREÂMBULO
Requerente: [Nome completo do requerente, qualificação completa, CPF, endereço eletrônico, domicílio e residência]. Requerido: [Nome do órgão autuador, qualificação completa, CNPJ, endereço eletrônico, sede].
[Nome do requerente], já qualificado nos autos, por intermédio de seu advogado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 5º, incisos XXXIV e LV da Constituição Federal de 1988, bem como nos artigos 319 e seguintes do CPC/2015, interpor o presente:
RECURSO ADMINISTRATIVO
Em face de multa aplicada pelo sistema de cobrança automática de pedágio (free flow), conforme os fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
O requerente foi surpreendido com a notificação de aplicação de multa de trânsito, emitida pelo sistema de cobrança automática de pedágio (free flow), sob a alegação de que o veículo de sua propriedade transitou sem realizar o pagamento devido. Contudo, a multa aplicada é indevida, pois não foram observados os princípios da ampla defesa e do contraditório, além de haver irregularidades na notificação e na comprovação da infração.
O requerente não foi devidamente notificado da suposta infração, o que impossibilitou a indicação tempestiva do condutor responsável, conforme previsto no art. 257, §7º, do CTB. Ademais, não há comprovação idônea de que o veículo tenha efetivamente transitado sem o pagamento do pedágio, sendo a penalidade aplicada de forma arbitrária e sem respaldo legal.
DO DIREITO
A aplicação da multa em questão viola os princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório, previstos no art. 5º, inciso LV, da CF/88. A ausência de notificação válida impede que o proprietário do veículo exerça seu direito de defesa, configurando nulidade do auto de infração.
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB), em seu art. 257, §7º, estabelece que o proprietário do veículo poderá indicar o condutor responsável pela infração no prazo legal. Contudo, a ausência de notificação regular inviabilizou o exercício desse direito, ferindo o devido processo legal.
Além disso, a presunção de legitimidade dos atos administrativos não é absoluta, podendo ser afastada mediante a demonstração de irregularidades, como a ausência de comprovação da infração ou a falha na notificação. Nesse sentido, a jurisprudência tem reconhecido a necessidade de observância do devido processo legal e da comprovação inequívoca da infração para"'>...