Modelo de Recurso Contra Arquivamento de Inquérito por Estelionato
Publicado em: 10/09/2024 Processo Civil Direito Penal Processo PenalEXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA [VARA COMPETENTE] COMARCA DE [CIDADE/UF]
Processo nº [número do inquérito]
Requerente: [Nome do Requerente]
Requerido: [Nome do Investigado]
Inquérito Policial nº [número do inquérito]
[Nome do Advogado], devidamente inscrito na OAB/___ sob o nº [número], com endereço profissional à [endereço completo], onde recebe notificações e intimações, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fundamento no CP, art. 28, interpor o presente
RECURSO CONTRA ARQUIVAMENTO DE INQUÉRITO POLICIAL
pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
I – DOS FATOS
O Requerente tomou conhecimento de que o inquérito policial nº [número do inquérito], instaurado para apurar suposta prática de estelionato (CP, art. 171) envolvendo simulação de compra e venda de imóvel entre familiares com o objetivo de fraudar a liberação do FGTS, foi arquivado pelo Ministério Público sob o fundamento de falta de provas suficientes para a continuidade das investigações.
A denúncia feita pelo Requerente relata que o investigado [Nome do Investigado] e seus familiares, de maneira consciente e articulada, simularam uma transação imobiliária, falseando documentos de compra e venda, com o objetivo de sacar indevidamente valores do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), causando prejuízos tanto ao sistema público quanto à boa-fé do mercado imobiliário.
Apesar da gravidade dos fatos, o Ministério Público optou pelo arquivamento do inquérito sem a devida análise profunda das provas colhidas e sem promover diligências imprescindíveis à elucidação dos fatos, como a oitiva de testemunhas e a análise da documentação imobiliária.
II – DO DIREITO
O crime de estelionato, previsto no CP, art. 171, caracteriza-se pela obtenção de vantagem ilícita em prejuízo alheio, mediante ardil, fraude ou outro meio enganoso. No presente caso, a simulação da compra e venda de imóvel entre familiares para a liberação indevida de valores do FGTS é um claro exemplo de conduta fraudulenta, violando o patrimônio público e a boa-fé objetiva.
Conforme dispõe o CPP, art. 28, caso o Ministério Público entenda pela promoção de arquivamento do inquérito policial e o juiz não concorde com essa posição, os autos devem ser remetidos ao Procurador-Geral de Justiça para que este analise a viabilidade da continuidade das investigações. Esse é o caminho processual correto a ser seguido quando houver dúvidas razoáveis acerca da completa apur"'>...